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27 de dez. de 2011
Nos braços de Nina
Gostei de ver o trabalho da fotógrafa Nina Bruno. Ela teve a iniciativa de fotografar vários locais em São Paulo completamente vazios, sem viva alma. Deve ter sido complicado fazer isso. Valeu.
As fotos me encheram de impressões. A princípio fui tomada por uma sensação gostosa. Ao observá-las era como se alguém finalmente tivesse conseguido fazer São Paulo dormir depois de séculos de insônia. Algo como encontrar uma babá que conseguisse a façanha de ninar com sucesso uma criança que não quisesse dormir de jeito nenhum. Pois São Paulo caiu nos braços de Nina Bruno em sono profundo e reparador. Quase dá para "ouvir o silêncio" e o ressonar da cidade pacificada.
Observando esse trabalho é possível também oscilar entre essa sensação e uma outra, que lhe é oposta: a agonia. Agonia da solidão absoluta, da ausência de vida. O peso do silêncio, que é ouvido com o peito, não com os ouvidos. E se todos sumissem? Se tudo acabasse? Onde estão os camelôs, as crianças, as senhoras enrugadas? Onde está o barulho que eu odiava? As fotos têm um quê de fim de mundo que acaba impressionando.
Gostei.
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