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18 de fev. de 2012

A vantagem da invisibilidade

Tudo na vida tem um lado bom. Com exceção do bom-bom, que tem dois lados bons.

Esse preambulinho é para anunciar que vou aproveitar que meu blog não tem muita visibilidade para dizer mais uma coisa politicamente incorreta.

Esses dias uma amiga disse que discorda da nossa legislação, que classifica o grafitismo como crime ambiental.  Ela tem olhos tão bons mas tão bons que vê tudo como arte urbana. Disse que acha aqueles troços bonitos e até ofereceria de bom grado as suas paredes para serem grafitadas.

O certo é repetir o mesmo, uma vez que esse tipo de "arte" nasceu nas ruas, entre os desafortunados e desocupados e hoje ganhou um certo status. Nada mais correto do que "reconhecer" o valor daquelas coisas. Mas como não estou me candidatando a nenhum cargo público, digo que:

Acho aquelas pinturas "horroríveis". Elas têm um quê de deprê, de "pra baixo", um aspecto sujo e bandido que não me faz bem ao espírito.  O valor dessas pinturas, na minha impressão, é mostrar o tipo de estado de espírito que a inspirou. Então vale como estudo psicológico, sociológico, curiosidade, apoio a quem não sabe fazer nada melhor, denúnicia etc. Serve, vá lá. Melhor uma pintura dessas do que ... do que... sei lá, do que uma propaganda do PT.

Pra completar, frequentemente surge nessas pinturas um negrinho esfarrapado, antipático, com cara de mal elemento, cara de "vamos brigar" e com um dos olhos repulsivamente estourado, sugerindo que seja um personagem de gangue.

Dá pra simpatizar?

Tudo bem, entre ter um muro pixado pintado e ter uma casa assaltada, escolho a primeira opção. Mas que é feio, é feio.

Comecei falando que tudo na vida tem um lado bom. Levando isso para o grafite posso concluir que é positiva a circulação de dinheiro para se adquirir as tintas e é bom ocupar o "artista" com alguma coisa que não ofenda muito.

Mas que é feio, é feio.

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