Estou assistindo um documentário sobre física quântica (seja lá o que
isso seja).
A coisa é tão delirante que fico o tempo todo desconfiada de que ainda
vai aparecer alguém na minha frente rindo e dizendo "Te peguei! Haháaa! Como você acreditou nisso, sua vaca
véia?!"
Agora estão expondo o beabá dos "universos paralelos". Estão
zoando com a minha cara. Não podem estar falando sério. Mas estão. Melhor eu
acreditar.
Fico olhando para a TV . Afirmativas 79% incompreensíveis são
apresentadas como se todo mundo estivesse acompanhando o raciocínio. Pesco uma
coisa aqui outra lá, muito humildemente. Acho que entendi o básico mas sinto-me
incapaz de explicar para o burro mais próximo.
Ciência se mistura com simples teoria, com delírio, no mesmo
liquidificador. Não sabemos separar direito o que é uma coisa e o que é
outra.

De repente lembro que a Bíblia afirma essas mesmas coisas o tempo todo,
só que com "linguagem medieval". Tudo que esses
luminares apresentam em documentários impressionantes já foi dito e crido no
passado. Estão redescobrindo a roda.
Somos como crianças: odiamos verduras. Como nossa mãe sabe disso, ela
disfarça: rala a cenoura, enrola a couve no bolinho de arroz, constroe
olhos de azeitona e bocas de tira de tomate em nosso prato ... e aí
engolimos tudo!
Falar em civilizações superiores
muitíssimo mais evoluídas é algo bem razoável - desde que não se chame isso de
"Céu". Falar que esses serem entraram em contato com os humanos vá
lá, desde que a isso não se chame "êxtase de profeta" ou
"visão" ou "aparição espiritual". Falar em seres
capazes de se locomover na velocidade da luz tudo bem, desde que seja dito por
um gringo de jaleco branco. Mas rotular os ETs de "anjos",
"demônios" ou simplesmente de "espíritos", aí já é
abusar!!!
Só pergunto uma coisa: qual a diferença?
Ô povo bobo!
Às vezes tenho a impressão de que se mudarmos a linguagem da Bíblia, até
os ateus vão carregá-la com orgulho debaixo do braço para lá e para cá. É só
trocarmos uns termos aqui outros ali e a Bíblia vai virar livro-base para
qualquer estudo científico. Claro: desde que a cenoura não apareça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário