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6 de jan. de 2017

Se tiver um novo amor...


Se tiver um novo amor
Lave melhor os cabelos
Escove melhor os dentes
Não digas tudo o que sentes
Pra não arrepender depois.
Dê presentes bem mais caros
E "pitis" muito mais raros
Saia do feijão-com-arroz!

Se tiver um novo amor
Sorria com mais candura
Mate baratas com mais bravura
Beije o dedão dos pés
Faça tudo mais certinho
Brigue até com mais carinho
E largue os amigos manés

Seja melhor dessa vez
E enfrente com altivez
As conversas de cobrança
Tenha cerveja gelada
Carne-seca apimentada
Faça as pazes com a balança

Que o retrovisor da vida
Não te atormente por nada
Pois pior do que a ferida
É repetir a mancada

Vê se acerta dessa vez!
Esqueça seu lerdo passado
Porque Deus está do lado
De quem recomeça do zero
Beije mais vezes de língua
E que a raiva morra à míngua
- Largue de ser tão severo!

No verão, dá-lhe refresco
No inverno, o bom calor
Vê se acerta dessa vez:
Roupa nova e altivez!
Se tiver um novo amor.

Cristina Faraon

2 de jan. de 2017

Revelação ou delírio?

Dia desses escrevi um novo texto no meu blog Diário de Mãe Morta.  Considerei o texto, ficticiamente, como uma carta que minha mãe teria me mandado lá do além. Alguém perguntou se eu achava que a "carta da mamãe" era delírio ou uma "revelação do além".  Respondi que quando convém são revelações e quando não convém são delírios.   O esquema da felicidade é fixar a mente no que faz bem e fazer vista grossa para o que faz mal.

O fato é que às vezes me delicio em imaginar que seria possível vez por outra "receber alguma coisa" emitida pela mamãe. Se eu sonho com minha mãe fantasio que Deus está rodando um DVD no meu cérebro durante a noite, só pra ser legal comigo.   Pense bem: se a Globo tem vídeos dos seus artistas  e dispõe dessas imagens, por que será que Deus não teria o mesmo direito sobre as nossas imagens?

Digo isso porque descreio do pensamento espírita. Mesmo assim sei que a vida é cheia de mistérios e que menos de 1% do que existe no universo é feito de matéria visível. Talvez não seja absurdo imaginar que as energias do pensamento viajam como ondas de rádio, que não se perdem.   Teríamos capacidade de captar acidentalmente ondas cerebrais "viajantes" espalhadas pelo universo?

Deveríamos usar tudo o que nos faz bem para, finalmente, viver bem. Desde que não descreiamos da Verdade. Porque há uma Verdade.

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