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28 de set. de 2015

Você não pode ser mais feliz do que a sua esposa (!)

Chamou minha atenção  este artigo da Superinteressante  - "Se o marido for mais feliz do que a esposa, é divórcio quase certo" . Que estranha afirmativa!

Se você ler, acabará concluindo que o homem tem uma maior tendência a "empurrar os problemas com a barriga", enquanto a mulher tende a ser inconformada. Ou melhor: o inconformismo do homem o joga na estrada da traição, não na do debate.

Claro que toda regra tem exceção, mas...  faz sentido.

"Pesquisadores alemães chegaram à seguinte conclusão: se o homem da casa for o mais feliz da relação, é mais provável que o casamento termine em divórcio do que se a felizona do casal for a mulher..."

Acrescentando meus pitacos à pesquisa alheia, arrisco-me a afirmar que a questão não é simplesmente se ele é feliz ou infeliz: a questão é a mulher ACHAR que ele é mais feliz.

Homem quando está infeliz vai catar o que fazer: jogar futebol, arrumar outra mulher, atolar-se no trabalho ou inventar atividades (ou desculpas) que o mantenham longe da sua esposa.  Já a mulher, ao invés de se distrair para fugir do problema faz exatamente o contrário: remói o problema dia e noite. Fala, reclama, desabafa com todo mundo, chora... não pensa em outra coisa.  E quando dá de cara com o marido aparentemente lépido e faceiro, vem o ódio. Daí para a ruptura é só um pulo.

Você pode até discordar, mas tenho certeza que depois de ler o artigo você não vai resistir e vai prestar mais atenção à sua relação... e à dos outros!

21 de set. de 2015

Mulher fatal

Oh jovens impúberes, já está na hora de saberdes o que é uma mulher fatal. Guardai-vos dela.

Mulher fatal é aquela que o homem quer, mas teme. E todos os seus temores  tem razão de ser. 

Ela é bonita, mas não é bondosa. Talvez seja, lá bem no fundo do coração, mas no fundo mesmo, e raramente isso vem à tona. Ela não faz ninguém feliz porque ela mesma não é feliz, então sente um prazer mórbido em fazer sofrer para não se sentir sozinha. Mas não a questione. A mulher fatal não sabe explicar esses fenômenos da alma nem tem tem muita paciência para esse tipo de reflexão.

A mulher fatal é aquela que pode ser boa de cama, boa de festa, de fim de semana, mas é uma desgraça na vida a dois e uma negação como mãe e companheira. 

Por essas e por outras ela atrai e repele, conquista e repugna. Você não a conhece muito bem, mas intui coisas incríveis a seu respeito. Tudo sob o efeito daquela droga chamada "hormônio".   Ela  está pronta e acabada. Não está em formação. Não vai mudar NUNCA - tire o cavalinho da chuva. 

Se ela cometer a suprema maldade de se tornar sua esposa, você nunca saberá interpretar com exatidão os olhares dos outros homens sobre você: seria inveja ou pena?  Eles queriam estar no seu lugar ou dão graças a Deus por não terem sido tão otários?

Ela às vezes é "chave de cadeia"  e outras vezes é um passaporte para o alcoolismo ou depressão. Tem o dom de fazer o homem se sentir um garanhão num dia e um merda no outro. 


Jamais saberemos se ela é como é por ser má ou por ser burra e não entender a repercussão dos seus atos.

Não queira redimir uma mulher fatal. Ela é irredimível. Apenas mantenha distância. Conselho de mãe.

17 de set. de 2015

Discursozinho retrógrado


Às vezes me vem cada pensamento!  Hoje, por exemplo, estou tendente a acreditar que toda aquela organização social do passado, ultrapassada e desprezível, ela sim estava correta.

Aqueles tabus antigos talvez levassem em conta características imutáveis dos seres humanos. Talvez estivessem em maior harmonia com a realidade do que somos.  Você já parou pra pensar que tudo aquilo pode ter sido fruto de milênios de observação?  Sociedades remotíssimas já experimentaram tudo o que hoje chamamos de "questionamento revolucionário" - e se lascaram. Por isso mesmo é que sumiram e nunca mais ouvimos falar delas.

Civilizações perdidas... experiências perdidas... conhecimento perdido.

As mulheres ficavam presas e os homens soltos. Por quê? Porque não dá pra prender quem vai caçar. Também não dá pra prender quem vai à guerra. A questão não tinha nada a ver com superioridade ou inferioridade. Soltar a macharada para que lutassem, caçassem e morressem e por outro lado vigiar a mulher para que ela não aparecesse grávida sem um pai que sustentasse a criança, eram apenas medidas práticas. Aliás nessa partilha a mulher saía ganhando. O homem que tinha que se esfalfar e se arriscar e dar conta da proteção e sustento dela e da prole. Sim, eles saíam em aventuras porque eles não tinham peitos para dar de mamar aos bebês. Iam ficar na caverna fazendo o que? Enchendo o saco enquanto a mulher grávida saía pelo mundo sob o risco de abortar? Os homens eram os caçadores só por serem fisicamente mais fortes e não parirem.

Então porque não soltar os dois, já que somos todos iguais?  Primeiro porque não somos todos iguais. Temos todos o mesmo VALOR mas mulher e homem tem características bem distintas. Segundo: porque homem não volta grávido pra casa para dar despesa e trabalho para os parentes.

Acho que as sociedades do passado em algum momento da história perceberam que soltar mocinhas deliciosas e encharcadas de hormônios só dava dor de cabeça.  Como a despesa e trabalheira sempre sobrava pra família da mulher, nada mais esperto do que controlar. Era o mesmo que dizer: "Gostou da gata? Então vão se divertir e assumam o resultado. Vão morar juntos, criar, proteger, educar e sustentar quem nascer.  Ah não quer compromisso? Então não trepa. Como pais da moça nós não estamos dispostos a proporcionar diversão gratuita, ilimitada e sem riscos para os filhos dos outros. ".

É justo. "Se vocês se divertem mas quem paga sou eu, então é o seguinte: baixa o fogo e fica em casa." Discriminação? Não, proteção. Para a mulher,  para a criança e para a família.

Os homens saem por aí inseminando tudo e todas. Beleza. Só que pra eles sai barato mas pra família da mulher sai bem caro.  Hoje existe pensão alimentícia por lei, mas não há lei que impeça um desempregado ou um preguiçoso ou um inútil de comer a sua filha. Nem nada a impedirá de querer dar pra ele assim mesmo. Então sou  obrigada a considerar que o controle ainda seria interessante.

Tá, mas e a necessidade sexual das mulheres? Olha, enquanto não mexem "na caixinha"  a mulher aguenta muito bem, obrigada. O problema é depois: ninguém segura mais. Enquanto é virgem ela é senhora de si, tem mais poder de escolha e de determinação sobre o próprio corpo. Hoje desconfio de que a liberdade da mulher está em poder escolher, em não precisar. Ou precisar pouco, vagamente, como as virgens. Porque depois da primeira, muitas reféns.

A necessidade por sexo joga as pessoas em muitas ciladas.  "A fome é má conselheira". E a tesão é "tipo assim".  Por isso que pessoas de bem se dispõe a mentir e iludir grosseiramente só para conseguir uma "inseminada básica". Claro que eles também, por sexo, se enganam quanto ao caráter da mulher, só que pagam muito mais barato do que elas pelo erro.

 "Ah mas é injusto!"   Sim, mas e daí?  Também acho injusto rugas e gordura na cintura mas minha discordância não deterá esse processo. Também acho injusto coelhinhos serem tão barbaramente devorados por onças, mas meu protesto cai no vazio. Posso espernear à vontade mas coelho continua coelho e onça continua onça. E mais:  não é tentando imitar as onças que os coelhos vão se transformar numa delas.

As feministas me chamarão de machista mas não é justo fazê-lo. Ninguém há de discordar de que no tempo em que os pais controlavam os filhos não existia essa quantidade absurda de menores abandonados, marginalizados e miseráveis nem tantas mulheres usadas e amargas.

Muita coisa mudou... mas nem tudo foi pra melhor.  Não advogo uma volta ao passado. Estou apenas ajudando os nossos ancestrais a se fazerem entender.

13 de set. de 2015

O banquinho

Passei aqui só pra dizer que assisti novamente Forrest Gump. Chorei de novo.

Não tenho fama de sensível. Sou à prova de quase tudo. Aguento firme vários tipos de provocação emotiva mas sempre há uma parte do coração que escapa da armadura, se expõe e acaba levando uma flexada.

"Posso não ser inteligente, mas eu conheço o amor!"

O que é a nossa vida? Caminhamos inexoravelmente para aquilo a que fomos destinados? O que nos cabe é inegociável? Imutável? Ou a vida é como uma pluma solta, soprada por ventos caprichosos? Ela se vai sem rumo ou proveito. Seus movimentos, por mais que pareçam belos, são gratuitos. Queremos muito que suas evoluções no ar expressem arte, destreza ou qualquer coisa a ser compreendida,  mas não! Tudo é desconcertantemente aleatório. Aquele vagar bêbado é apenas confuso, sem significado algum.

Ou ... ou será que as duas coisas acontecem ao mesmo tempo?

É possível que tantas voltas nos levem a um lugar exato? Ou abraçamos a ideia de "destino" como quem abraça um ursinho de pelúcia? Temos mesmo uma necessidade imensa de viver com um propósito reconhecível, de ver sentido em tudo.

Talvez todas as nossas buscas nos levem àquele banquinho onde Forrest refletia sobre a vida. E ali, sentados, lembrando de tudo, é que começamos a perceber o sentido das coisas. Não há o que esperar. A vida não será, ela já foi.  Sente aqui e veja. Tudo foi mais suave e criativo do que poderíamos planejar.

Enquanto prosseguimos atarantados buscando algum motivo nobre pra existir, fazemos papel de bobos. Deus olha e ri, condescendente. Somos bem engraçados às vezes.  Ele deixa que continuemos a procurar o chocolate escondido pela casa e ri porque o colocou no nosso bolso. Estava o tempo todo lá e não percebemos. Mas a gente sempre descobre quando para, cansa e senta no banquinho.

Só podemos entender o passado. O presente, jamais.

A sua história também é fantástica. Como a minha. Como a de Forrest Gump.

9 de set. de 2015

Fugitivo


Daqui da janela do meu quarto vi uma dessas cenas comoventes que geralmente passam desapercebidas porque somos muito ocupados.

Refiro-me a um saco, um saco branco e livre  recém fugido da jaula do seu destino.  Ele ria e se aventurava ousado pelo mundo como qualquer criança que se solta das mãos dos pais e se percebe livre na praia. "Deixe ele correr solto um pouco! Não vamos interromper isso agora!"

Pois ele fazia evoluções como quem desafia algum amigo medroso que fica grudado no chão com os olhos arregalados. Enquanto gritava "iupiiii!" ele mantinha bravamente a altura - uma altura incomum para os da sua espécie. Há aquela lei - você deve lembrar - que diz que sacos plásticos não devem voar além de cinco metros do chão.  Mas quem se importa com isso?  Ele ignorou os conselhos das sacolas ecológicas e ousou. Teve então um desses ricos momentos que valem uma vida toda.

Custei a perceber que "aquilo" não passava de um reles saco plástico. Branquinho branquinho. Não, seu destino não era terminar os dias como vilão no estômago de alguma tartaruga em extinção. Talvez até seja... mas ele não sabia e não queria saber.  E é assim que deve ser. Está anotado aqui: Viver o momento e plainar, brincar no céu ainda que todos saibam, penalizados, que aquilo não vai durar muito tempo.

O paralelo é tão obvio que nem me dou ao trabalho de fazer suspense. Somos - tu e eu -  sacos comuns, com milhares de réplicas sem graça e terminaremos, quem sabe, na barriga da tartaruga. Mas podemos ter nossos minutos de glória e alegria esfuziante. Podemos viver eternidades que terminam em momentos. Claro, depois passaremos o resto da vida procurando  novamente aquele pé de vento que nos levantou, que se foi e nunca mais apareceu.  E envelheceremos descrevendo para os mais jovens a nossa ventura passada e ele se esforçarão em nos ouvir.

Queria terminar esse texto deixando sua mente impregnada com a mesma visão banal e magnífica que me tocou. Não sei se consegui. Pra te ajudar a visualizar vou acrescentar aqui que o céu estava muito azul e o mundo parecia calmo.

A respeito daquele vôo ilegal, nem posso dizer  pra vocês que "acabou! eu sabia que ia acabar" . Não vi acabar. Não assisti "a derrocada do saco plástico que achava que podia."   Isso porque ele passou faceiro e despreocupado por todo o ângulo da minha janela e foi-se embora sem que eu pudesse vê-lo sequer perder altura.  Caiu? Isso  pode ter acontecido ou não!

Pode ser que Deus tenha ficado tão comovido com aquela felicidade que deu o braço a torcer e o transformou em ave mais adiante, ali, depois daquela curva, atrás do prédio. Bem longe dos meus olhos pessimistas e agourentos.

Você sabe: Deus é Deus mas às vezes ele não se segura.

Gente, exatamente nesse momento aquele saco feliz pode estar no Céu!

7 de set. de 2015

Da paz

E eu aqui considerando com menus botões se é benção ou maldição sermos tão pacatos, pacíficos e com samba no pé.  

Seriamos mais felizes se nos impuséssemos com ferocidade? Seriamos mais respeitados? Teríamos mais direitos reconhecidos? Seriamos mais assistidos pela saúde, segurança, educação? É esse item - ferocidade - que separa os povos bem sucedidos daqueles que nunca tiram o pé do barro? Não sei... Quem Sabe?  

Queria que houvesse uma reviravolta do bem no Brasil. Uma mudança pacífica, sem sangue, apenas com a força do protesto ou do voto ou da lei. Preciso urgentemente de um exemplo prático e próximo a mim que renove minha crença na teoria de que nem tudo se consegue brigando. Preciso renovar minha fé no poder das manifestações pacíficas, do respeito, da reverência. É isso o que quero sim! Se eu perder esse tipo de crença acho que deixarei de ser eu. Por mais que eu reclame, no fundo no fundo até que gosto de mim. Quem me garante que uma mudança nessa área seria mesmo pra melhor?   Alguém me convença de que para vencê-los não precisamos ser como eles. Quero voltar  a acreditar - com fé e força - na mágica das soluções pacíficas. Não quero ficar como eles.

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