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31 de jan. de 2009

Chão de Giz e outros mistérios


Vou confessar por mim e por um monte de gente: sim, eu me emociono com Chão de Giz. É uma das músicas mais lindas que conheço. As vezes quando ouço dá aquele aperto no peito, aquela concordância da alma e a vontade de chorar. Fico toda lânguida por dentro e suscetível a novas enxurradas de sentimento.
A música é iluminada mas tem trechos absolutamente ... obscuros. É isso. Entendo algumas coisas mas outras parecem não ter pé nem cabeça. Pronto, confessei. Você não está sozinho no mundo.

Que raios o Zé Ramalho quis dizer com "Eu vou te jogar num pano de guardar confetes"? Eu nem sabia que existia um pano especial pra guardar confetes. E o que há de tão desagradável nisso? Será que equivale a dizer que "eu vou te botar na geladeira até o próximo carnaval?" Não sei... Só sei que a resposta é igualmente estranha:

"Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval. E isso explica porque o sexo é assunto popular." Acho que isso só explica uma coisa: estão terminando o romance porque ninguém estava se entendendo mesmo!
O carinha também previne logo a outra pessoa dizendo que "Eu não vou gozar de nós apenas um cigarro..." Cumequié?

Bem, não presto atenção nesses trechos mas sim nos outros, cheios de sentimento: "...Agora pego um caminhão na lona; vou a nocaute outra vez... Há tantas violetas velhas sem um colibri..."
Não deixa de ser um mistério a gente amar o que não entende e se emocionar com o que não consegue explicar.

Certa vez vi uma pintura. Era uma mulher negra, envelhecida, feia e de aspecto cansado. O que isso tem de bonito? Pois achei lindo e tocante. Não sei teorizar.

Já ouvi músicas em inglês que achei liiiindas. Perderiam muito se traduzidas para o português, para o italiano, francês ou qualquer outro idioma. E não entendo nada de inglês. Dá pra entender? Não.


Adoro essas esquisitices humanas. Adoro pensar que somos misteriosos e insondáveis e que jamais nos desvendarão completamente. Seremos sempre instigantes, um poço sem fundo, um mundo eternamente explorável.

Muita pretensão de minha parte? Sim, dá licença? Posso levar um tiro daqui prali ou cair, bater a cabeça e morrer. Tenho todo o direito de querer me sentir um pouco mais importante do que um protozoário.

Ah: Se você é mais letrado do que eu entende todinha a letra de Chão de Giz por favor poste aqui um comentário esclarecedor. Aí eu me animo e te peço ajuda pra um monte de troço estranho (e bonito) do Djavan.

26 de jan. de 2009

Câncer: vá dormir tranquilo

Recebi esses dias um e-mail que tirou de meus ombros um peso imenso. Agora estou tão leve que posso até voar. Tratam-se de dicas de como evitar o câncer. Ao contrário do que costumamos pensar a coisa é até simples.

Não vou repetir aqui todo o extenso artigo porque já me disseram que leitores de blog odeiam textos longos. O resumo da ópera é o seguinte: todos temos células cancerosas. Basta descobrir o que elas gostam de comer e negar-lhes o alimento. Elam morrem de fome e nós vivemos até os 110 anos. Anotem aí a lista das coisas que os monstrinhos adoram:

1- Açúcar
2- Sal refinado
3- leite (o de soja as células de câncer não gostam. Nem as minhas)
4- Carne de gado criado em fazenda.
5- 80% dos legumes cozidos. Elas odeiam os crus.
6- Sucos que não são feitos na hora. Dê seu jeito.
7- Café
8- Chá (o chá verde você pooooode tomar)
9 - Chocolate
10- Água destilada e ácida (como é que a gente vai saber?)
11- Raiva (não assista TV)
12- Amargura (não se relacione com ninguém)
13- Estresse (vá viver na selva)
14- Ambientes mal oxigenados
15- Líquidos guardados em recipientes plásticos ou guardados no congelador em recipientes plásticos.
16- Organismo fraco (mal alimentado)

Legal, né? Os monstrinhos gostam de tudo o que você gosta!
Agora tente tirar uma média: você não pode comer nada e ainda assim tem que ser um primor de energia, se não o bicho pega.

25 de jan. de 2009

Estranho, né? Adriane Galisteu


Digam o que disserem, ela tem lá as suas virtudes. Não se rendeu à febre do silicone e provou que é possível subir na vida amparada por apenas dois humildes limõezinhos. Sábia decisão, pois para ter silicone é necessário o mínimo de bunda e coxas, coisas que ela nasceu sem. Como Deus é justo, compensou-lhe com um nariz mais perceptível, digamos assim.

A única coisa estranha na "Dry" é essa cor, vocês não acham? Não é dela. Acho que ela usou o velho truque da vovó: generosas pinceladas de clara de ovo e alguns minutos dourando no forno. é tiro e queda. Esses dias fiz um empadão que ficou tipo assim.

A verdade é que ninguém nessa vida consegue sobreviver só com o que Deus lhe deu, é essa a minha tese de hoje. Adriane resistiu ao silicone mas sucumbiu à pele postiça. Não digo que esteja feio! Apenas artificial demais. Suas feições são de mulher branca: seus cabelos lisos e claros assim como os olhos e o nariz pontudo como o quê. Ou seja: trocou o seis pelo meia dúzia.

Legal criticar celebridades. Elas não podem se defender.

24 de jan. de 2009

Teoria



Sobre intervenções cirúrgicas de caráter rejuvenescedor no rosto :

A regra é dizerem que você não precisa. Ignore e siga em frente. Não se iluda: entre 45 e 58 anos você precisa SIM.
Agora fique atenta: se os amigos admitirem que você precisa de uma esticada geral, não faça mais pelo amor de Deus.

O lance é o seguinte: quando admitem que você precisa é sinal de que você já perdeu o bonde há muuuuito tempo. Tarde demais. Sua cara não vai mais combinar com o resto do corpo. Conforme-se e vá tricotar.

23 de jan. de 2009

Amor de mãe

Poupe seus filhos dos seus problemas conjugais. Isso será saudável para o emocional deles. Só que quando a bomba estourar eles jamais entenderão os seus motivos. O emocional deles estará intacto. A maluca será você.

22 de jan. de 2009

Meu Pé de Laranja Lima


Esses dias, em minha simplicidade, comentei aqui em casa sobre um filme antigo que me emocionou muito na época em que assisti: Meu Pé de Laranja Lima. Acreditem: riram de mim! Eu, uma pobre criança na época! Riram principalmente quando eu disse que o menino do filme conversava com a planta e isso era muito comovente.

Dentro do contexto é sim.

Bateu uma saudadezinha do passado e resolvi pesquisar sobre o filme. Foi quando descobri que ele não nasceu assim. Quer dizer: não nasceu filme, nasceu livro, um livro de José Mauro de Vasconcelos

"extremamente marcante, comovente e triste... a história de um menino chamado Zézé, com seis anos, pobre, extremamente inteligente, sensível e carente. Não encontrando na família e nas pessoas a ternura e o afecto de que necessita, Zézé entrega o seu amor às pequenas coisas ... em especial seu pé de Laranja Lima, que se torna o seu grande confessor, amigo e companheiro de brincadeiras. Com Minguinho, Zézé protege-se do mundo real ... " É o que diz Filipa Mendes Oliveira (leia mais).

Tá vendo? Não há motivo para riso para a idéia de alguém que conversa com plantas. Conheço um monte de gente que faz isso e são as menos esquisitas. Além delas existem ainda as que conversam com bêbados, com fanáticos, com sequelados por drogas, com ursinhos de pelúcia, com santos de barro, com bebês recém nascidos, com bebês dentro da barriga!!! Vai dizer que isso é normal? Há até registros de casos mais graves de pessoas (como eu) que não só conversam consigo mesmas como até discutem feio e ficam um tempo sem se falar.

Somos todos seres muito estranhos... Mas Taí: não fui só eu quem se comoveu com o filme. Sou normal - é a glória! Assisti nos anos 70 (um dia desses!) e chorei baldes. Será que encontro na locadora?

(Depois ponho esse post no meu blog de cinema)

21 de jan. de 2009

Se for por amor

Quero você distante
Eternamente longe
Porque a proximidade
Pode mostrar a verdade
De que tu não me pertences

A distância é uma cripta
De fantasia
Que te guarda dentro de mim
E eu acredito em tudo,
Em tudo que a distância me diz

Mas quero você bem perto
Se vier trazido
Pelas asas do Amor.

20 de jan. de 2009

Lugar comum






Todo mundo acerta
Todo mundo erra
Todo mundo canta
Todo mundo berra

Todo mundo brilha
Brilho singular
De repente trilha
Erro tão vulgar!

Pula de alegria
Chora de cansado
Veste a fantasia
Quando apaixonado.

Não tem diferença
Olho lá e cá
Então me dê licença:
Vou é relaxar !


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19 de jan. de 2009

E não esqueçam dos flavonóides de passiflora!


Não é um nome impressionante? Flavonóides de Passiflora... Tão impressionante que já vi até um blog com esse curioso nome! Remete a quê? Hmmm.... Sei lá, a alguma coisa natural, cheirosa, rara, talvez pra salvar vidas, quem sabe pra causar algum barato em festas de ricaços.

Sente aqui que eu vou contar pra você:

Nos contos de fadas os flavonóides de passiflora eram aquelas pequeníssimas sementes, muito delicadas, que só os duendes sabiam onde encontrar e eram o segredo da extrema beleza das fadas. Não todos, mas quase todos os seus encantamentos dependiam pelo menos em parte dessa linda e rara produção das florestas mágicas.

Para você encontrar um flavonóide desses deveria primeiro encontrar uma verdadeira floresta encantada. Depois de vagar dias por lá, deveria dar a sorte de topar com um duende, o que não é nada fácil. eles são pequenos e muito ariscos. Além do mais eles teriam que ir com a sua cara (coisa mais dificil ainda). E na eventualidade absurda de você achar perdido pelo caminho uns lindos grãozinhos de flavonóides - mas tem que ser de passiflora! - você talvez não os reconhecesse! Certamente que não.

De dia eles são delicados e gelatinosos e sob o sol são como pequenos prismas. A noite é que se revelam mais brilhantes e inconfundíveis. Só que a noite você já estará morrendo de frio e medo e nem pensará em flavonóides. Ah como se você soubesse o que um simples grãozinho daqueles poderia fazer por você...





BÚUU! Peguei você! Não é nada disso! rsrsrs

Flavonóides de Passiflora tratam-se de extratos botânicos retirados da folha do maracujá. Compõe a linha Chronos, da Natura. Combatem as rugas já existentes e desaceleram o aparecimento de novas. Esse é o grande diferencial. Enquanto os outros produtos só combatem as rugas já existentes o flavonoides atuam evitando que elas apareçam. Gostou?

Meu blog também é cultura.

16 de jan. de 2009

Cláusula exótica

Sugiro que você leia este texto bem humorado de Machado de Assis no qual ele insurge-se contra a decisão de se descontar dos Deputados os dias em que eles não comparecem às seções. Delicie-se com os argumentos hilários.

15 de jan. de 2009

Leveza irresistível



Pois gostei muito dessa foto e adorei essas moças. Elas são lindas, tão bem humoradas nesse uniforme de amigas! Representam um monte de coisas boas e por isso resolvi colocá-las aqui.

Talvez a foto nem seja antiga mas acho que é porque mostra duas moças rechonchudas e sensuais, bem feitas de corpo, atraentes e donas de coxas indiscutivelmente aconchegantes. Não tenho visto coisas assim recentemente.

Elas estão irresistíveis em sua descontração. Toda a imagem fala de leveza; leveza das aves voando, do mar sem ondas, da claridade que não queima, do abraço que só abraça sem percisar de apoio, de olhar além sem procurar uma nuvem traiçoeira. Leveza ainda maior ao ignorar a câmera e deixarem-se observar por nós, talvez tão presos, esquálidos e sem coragem. Pois elas estão de pé no barquinho de papel navegando lindamente e sem receio.

É mesmo a foto mais leve que eu já vi.

14 de jan. de 2009

Minutos de sabedoria - Encarando seus sonhos em 2009



Ainda em tempo: 12 conselhos sobre seus sonhos para 2009.
(Hoje estou naqueles dias... Mas sou sua amiga.)

1- Nunca desista dos seus sonhos. Mas cá pra nós: você já analisou esse projeto?
2- Claro que estou torcendo por você! Desde que não esteja sonhando merda.
3- Se forem muito imbecis (e as vezes eles são) DESISTA disso enquanto é tempo. Deus pode se aborrecer com você e realizar seus sonhos.
4 - Não desistir nunca de um sonho idiota não é bonito: é patético.
5- Quem manda você insistir para sempre e não desistir nunca, não é seu amigo; é alguém querendo ver você "sifu".
6- Se não deu certo até agora, porque daria daqui pra frente?
7 - Se preferir, siga adiante. Mas faça o favor de quebrar a cara sozinho.
8- Mas que raio de sonho é esse que não te deixa em paz? Isso está mais para pesadelo!
9- Isso não é sonho: é encosto!
10- Você não precisa realizar seu sonho; você precisa é de uma seção de descarrego.
11- Tudo bem: sonhe e já que somos amigos posso te ouvir, mas não me peça opinião.
12- Ah: se der sorte e conseguir realizar seu sonho, compre uma grade de cerveja e me chame.

10 de jan. de 2009

Coisas de guerra


Esses dias re-recebi um e-mail com uma daquelas mensagens glorificando o Brasil. Nada contra. Precisamos mesmo de umas bombadas em nossa auto estima.


Entre as maravilhas de nosso país uma cutucou mais minha atenção. Era a que dizia que em uma pesquisa realizada entre cinquenta cidades de diversos países, o Rio de Janeiro despontava como a mais solidária. Não duvido nem me assusto. Só fiquei triste.


Não estou louca não. Caso você não lembre, as piores catástrofes é que despertam o que o ser humano pode ter de melhor. Quando vai tudo bem costumamos admirar nosso próprio umbigo. Enternecemo-nos pelo nosso próximo quando o barranco desliza ou algo assim. Doamo-nos, arriscamo-nos, podemos fazer loucuras até, mas em situações extremas, duras, comoventes e próximas a nós.


Um exemplo clássico são as guerras. Entre soldados nascem os verdadeiros irmãos. Pessoas que enfrentaram juntas a morte irmanam-se para o resto da vida numa aliança oponível a tudo e a todos. Poucos entendem sua extensão e profundidade. Já ouvi diversas histórias assim, de batalhões onde existiam os verdadeiros irmãos de sangue, ao pé da letra.


Desabamentos, vulcões, guerras civis, companheiros de claustro... Pode perguntar e verá a confirmação: você descobre víboras, é verdade, mas também vê nascer dentro de si e dos outros sentimentos de altruísmo impensáveis e inalcançáveis em outras situações.




Resumo da ópera: eu poderia ficar só com o lado lindo da coisa mas não posso deixar de constatar que


VIVEMOS UMA CATÁSTROFE, ISSO SIM.


Essa é a origem da essa notória solidariedade carioca.
O bicho tá pegando.
Desculpa se estraguei alguma coisa.

7 de jan. de 2009

Cremação? Soy contra!

Talvez não exista ocasião boa para se falar em morte mas vez por outra o assunto me aparece e não me resta outro remédio a não ser escrever a respeito. Melhor escrever do que falar disso em uma festa de aniversário - principalmente se for no aniversário daquela tia de 79 anos que anda sempre adoentada...

Dessa feita o aspecto do assunto macabro é o seguinte: sou terminantemente contra esse lance irreverente de transformar funeral em churrasco.
Refiro-me a idéia estapafúrdia - isso mesmo! - de cremar o "de cujus". Quem teve essa idéia? Nero?

Além do mau gosto em si (imaginar um ente querido ardendo em chamas) isso deveria ser contra a lei. Por quê? Ora, porque essa estranha prática trabalha contra o Direito.

Vejam bem: o corpo humano é um arquivo vivo, mesmo quando o sujeito morre. Não sei se seria o caso de passar a chamá-lo de "arquivo morto-vivo" ... mas é por aí.
Bactérias, vermes, gases e toda a sorte de seres microscópicos estão mais vivos do que nunca naquele quarteirão prontinhos para dar com a língua nos dentes e contar tudo o que realmente aconteceu: se a morte "acidental" foi provocada, se a cirurgia precisava ser feita, se a apendicite não passava de gases, se houve barbeiragem, se a mulher estava gravida, se (pior!) engravidou na UTI, se o bebê teria sobrevivido, se chegou no hospital com dois rins e dois pulmões e foi enterrada só com um exemplar de cada, etc. Cremando, todas essas informações relevantes desaparecem para a alegria de alguém. E provavelmente esse alguém deverá estar ganhando uma grana com a queima de arquivo.
Isso mesmo: cremar um corpo é queima de arquivo. Sou contra!

Mesmo quando as trocas de gases e de vida microscópica terminam e as minhoquinhas cansam de confraternizar, ainda assim o corpo é uma espécie de biblioteca onde uma história interessante pode ser desenterrada a qualquer tempo. Pensam que não assisto documentários?

Acabei de ver no jornal da TV o caso do pai cujo filho desapareceu por uns dias. Seu corpo reapareceu atropelado, morto, parcialmente desfigurado mas foi reconhecido pelos familiares, incluindo seu pai. Choraram, fizeram o sepultamento, aquela tristeza. E não é que o sujeito reapareceu vivinho da silva dias depois? Sofria de problemas mentais. O que fora sepultado era um bandido procurado pela justiça.

Agora a pergunta: e se o corpo tivesse sido cremado? O rapaz, com problemas mentais, poderia nunca mais acertar o rumo de sua casa; não seria procurado nem reintegrado à família, viveria errante como mendigo. Alguém que dissesse te-lo visto anos depois seria tido como louco pois todos "sabiam" que ele estava morto. Para tirar de vez a dúvida, só desenterrando - mas como, se ele tivesse sido cremado?

Outra situação: quanto um bandido não pagaria para se fazer confundir com um defunto cremado? Sendo impossível desfazer o equívoco ele teria a garantia de uma vida nova para cometer novos crimes sem ser incomodado pelo peso da lei.
Já ouvi vários casos de pessoas que são paulatinamente envenenadas e tem a causa mortis atribuida erroneamente a determinada doença. Dizem ter sido esse o caso de Napoleão! Aquela dorzinha do estômago não era gastrite coisa nenhuma, mas envenenamento contínuo. Se fosse hoje, uma vez contestado o laudo médico, seria possível constatar se houve homicídio.

Já ouvi falar também de exames de paternidade feitos meses depois de o defunto ter sido entregue à terra (Gostei. Fica mais chique falar assim). Impossível fazer exame de paternidade em cinzas. Menos ainda se forem jogadas "romanticamente" ao mar.

É como eu já disse: tem gente que dá entrada em hospital e roubam-lhe o fígado, o rim, trocam os pulmões de lugar... é uma zorra! A família desconfia. Se cremarem, como desmascarar o médico açougueiro? Tá cheio de Frankenstain por aí defendendo a prática da cremação. Cuidado!

Acho que esse negócio de cremar foi inventado pela indústria dos órgãos - e não me refiro a instrumentos musicais! Pintam o sete, deixam o paciente oco e depois transformam ele em farofa. Legal, né? Comigo não! Vou gritar da sepultura e contar tudinho o que tiverem feito comigo. Vou processar todo mundo! Vou ser a defunta mais escrota que vocês já viram. Tá pensando o quê?

E tem também a outra questão. Tem o lado espiritual da coisa. Caraca, a gente passa a vida ouvindo falar em Céu e Inferno. O Céu é um lugar fresquinho e florido; o Inferno é o fogo eterno. Não deixa de ser emocionalmente desconfortável imaginar que meu corpitcho malhado vai arder em chamas. 

Não! Não me queimem! 

Quero uma sepultura de terra fofinha com árvores ao redor. Só mais uma coisa: é meio caro mas se o dinheiro der providenciem aquelas estátuas de mármore de menininha chorando ou coisa assim.
Tá bom, já sei que o dinheiro não dá. Um vaso de flores de plástico aplacará meu espírito. Minhoquinhas simpáticas poderão fazer o seu trabalho calmamente como manda a natureza. Doarei meu silicone aos pobres e enquanto caveira cooperarei como puder com a polícia, caso seja necessário.

Se você ainda não se convenceu vou te dar mais uma razão para concordar comigo: fique você sabendo que existem SIM fraudes muito cara de pau nesse lance de cremar corpos. Não fique pensando que em três horas de forninho alguém vira cinzas. Nem a sua cozinheira consegue destruir um frango tão rapidamente. Onde eu quero chegar: o processo demora pra caramba e custa uma grana em energia elétrica. E você não fica ali vendo "a coisa" acontecer.  Já soube de casos de enganação horrorosa, onde certas empresas funerárias sem escrúpulos cremam "meio que pela metade" juntam mais de um falecido pra economizar energia, misturam tudo, colocam qualquer cinza numa caixina e dá para os manés chorarem. Quem é que vai saber? Cinza é tudo igual! Preto, branco, olho azul, olho puxado, com dentes, sem dentes... Virou cinza, igualou.

Pois é, bobão! Vai reclamar pra quem? Vai conferir como? Você acha que vão gastar uma fortuna em energia elétrica só porque você acha bonitinho jogar pozinho no mar? Se toca! Num país como o nosso, onde falsificam e dão remédios de farinha de trigo pra quem tá morrendo, você acha que estão preocupados com as cinzas do seu avô? E com as suas? Acorda!




Controle Absoluto - filme

Leia o comentário

6 de jan. de 2009

Ela está certa! Certíssima!


Temos que acabar com essa onda de ficar esquentando a cabeça com o que os outros vão ver. Não somos perfeitos. Esse mundo não é uma passarela. Pode até parecer mas não é e se for, está na hora de esculhambá-la. A amiga Britney está dando sua parcela de contribuiçao para o movimento "Não-tô-nem aí". Concordo com ela. É crime estar cheia de celulite e ter a bunda chocha? Não! Grandes coisas! Você se garante de fio dental? Não! Então contenha seu risinho cínico e respeite aqueles que se amam do jeito que são. Vou apoiá-la assim que perder uns quilos e sentir que a musculação está fazendo efeito (hehehe)

4 de jan. de 2009

Operação resgate

Vejam as cenas tocantes da tentativa de resgate de Lucrécia, uma gata na flor da idade. Tá certo que ela não é nenhuma santa. Altamente baladeira, Lucrécia é a alegria do bairro, tendo sido pivô de disputas sangrentas entre pretendentes por uma noite de amor em sua companhia. Além de arrepiar na noite, não é lá muito responsável: já teve uns filhos que andam espalhados pelo mundo, provavelmente fazendo o mesmo que ela. tudo bem, não é um exemplo de mãe... mas não merece morrer por isso.

É amigos... Nem todos iniciaram 2009 com o "pé" direito. (
Veja as fotos)

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3 de jan. de 2009

Implicando com Paulo Coelho III

Gostei do conselho de Paulo Coelho para chegarmos à superação de velhos hábitos: é só tentarmos variar a forma de praticá-los e a gente acaba enjoando deles.

Se você tem o mau hábito de fumar, fume um dia maconha, outro dia cigarro, outro dia cachimbo, depois fumo de corda... Vai dar tanto trabalho conseguir variar que você descobrirá que não vale a pena o esforço. Em pouco tempo seu pulmão estará limpinho como o de um recém-nascido.
Se você tem o mau hábito de trair, capriche também: traia cada dia com uma pessoa diferente, de raças diferentes, sexos diferentes...
Se tem o mau hábito de xingar seus familiares, esforce-se em ser criativo. Use o dicionário, esgote seu vocabulário de xingamentos e palavrões. Se não ganhar antes disso um olho roxo, conseguirá se transformar em uma pessoa doce e cândida.
Gostei. O cara é gênio.

2 de jan. de 2009

Frase

A capacidade de uma pessoa tolerar tudo certamente a levará à ruína. Sua incapacidade também.

1 de jan. de 2009

Implicando com Paulo Coelho II - A história da tanga


Queridíssimos, nesse episódio postado por PC em 25 de outubro um discípulo (sempre tem essas viadagens de gurus e discípulos, já notaram?) um cara consegue ficar rico tão-somente tentando conservar seu único bem: uma tanga provavelmente tipo essa aí da foto. Tesaõ!

O rato roía a tanga. O gato comia o rato. O gato precisava se alimentar. O carinha resolveu trabalhar para alimentar o gato e por aí vai a sequência da sorte.

Quer ficar rico? Acho que você pode pular a constrangedora etapa da tanga. Minha sugestão: comece pelo rato e vá em frente sem perder de vista que nesta historinha o tio Paulo teve o cuidado de deixar claro que o rapaz levou anos para "enricar". Mas vamos lá, você pode ter mais sorte! Investindo nessa sua faculdadezinha de m... não vai ser da noite pro dia que você vai tirar o pé do barro.

Vá em frente! Estou torcendo por você.

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