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26 de jul. de 2015

Registre-se


Registre-se que sou contra:


1- CAIXAS DE CONCRETO - Existem restrições legais para abrirmos janelas nas laterais dos prédios (http://blogs.pini.com.br/posts/normas-tecnicas-pericias/[10]-janelas-e-as-restricoes-legais-de-recuos-em-vizinhanca-304621-1.aspx) Tudo bem, algum regulamento é necessário mesmo. Mas o absurdo é que num país quente como o nosso e em meio a uma crise de energia elétrica sejamos obrigados a nos trancafiar em cubos de cimentos sem ventilação. Até entendo que não seria legal abrir um janelão na cara do vizinho mas alguma concessão precisa ser feita. Por que não permitir basculantes laterais de ventilação desde que sejam a dois metros de altura a partir do piso? E que os vidros não sejam transparentes? Pronto! Ninguém vai passar o dia em cima de um banquinho só pra ver a cozinha do próximo. E mesmo que exista esse tipo de desocupado, nada impede que a outra pessoa tape a própria janela. Quem está incomodado sempre terá a chance de se esconder atrás de uma cortina ou muralha. Agora sacrificar a qualidade de vida em nome da privacidade é ignorância. Eu acho.

2- INDULTO DE NATAL -   1) Ou o cara é perigoso ou não é. Se não é, solta! Se é, deixa lá; 2)  No Natal comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. Será que esses bandidos são cristãos assim tão devotos que não possam perder essas comemorações? Duvido;  3) Não acredito que a alegria dos bandidos seja mais relevante do que a segurança dos não-presos. Inadmissível que colocar a sociedade em risco seja um problema menor do que assassinos perderem a ceia de Natal.

3- DIREÇÃO E BEBIDA - Todo mundo sabe que ninguém sai por aí jogando o carro em cima dos outros por causa de duas latinhas de cerveja. Claro que sou contra liberar geral para os irresponsáveis cachaceiros,  mas todo exagero deve ser evitado! Vivemos hoje uma situação ridícula: um copo de cerveja na direção e posso ser presa. No entanto se eu cheirar umas carreiras de pó tudo bem, não serei molestada pela vigilância xiita. Deveria haver uma regra mais sensata para gerir a questão. Exemplo:  a pessoa só seria penalizada se estivesse trafegando alcoolizada a mais de 40 km por hora. Bebeu? Então trafegue pela direita no máximo a 40 km e com as luzes piscando. Passou disso o pau canta. Esqueceu de piscar as luzes? O pau canta também. Ninguém mata nem morre a essa velocidade, pelo amor de Deus!  Em caso de acidente ou danos ao patrimônio, aí sim a carteira seria cassada e a lei pesaria mais contra o cara. Acho que desse jeito a coisa seria muito mais justa do que como está atualmente. As blitz só parariam quem estivesse dirigindo perigosamente.


18 de jul. de 2015

Sobre os Minions

Esses dias fui assistir os Minions com minha neta. Sinceridade ? Eles são engraçadinhos mas não gostei. Não vimos o filme até o fim mas até onde vu o que imperou foi uma inaceitável banalização e glorificação da maldade. Claro, tudo misturado com gracinhas , mas o filme quase todo mostra os personagens deslumbrados com as pessoas cruéis e desonestas, como se isso fosse lindo. Eu não acho que isso seja edificante . Vi muitas cenas de violência , muita briga , muito malvado sendo admirado e aplaudido. E o mais ainaceitável ainda foi quando apareceram algumas cenas numa masmorra cheia de aparelhos de tortura da idade média Achei horrível por mais que tenha sido mostrado como piada. Achei de extremo mau gosto . De mau gosto também a vilã da história ser mostrada o tempo todo como uma pessoa admirada, muito rica e bem sucedida em seus assaltos. A maldade foi glorificada 80% do tempo. Se no final da história houve uma mensagem a favor da bondade, ela foi breve demais e ficou só no final. Eu acho que o que eles mostraram em 80% do filme tem mais chance de ficar na mente das crianças do que os últimos vinte por cento. Sinceramente não gostei . Os Minions são colocados na história só pra contrabalançar , dar leveza a algo que é pesado. Eles são mesmo muito bonitinhos e engraçados mas não o suficiente para neutralizar toda história negativa.

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11 de jul. de 2015

Crise

Nariz entupido, joelho doendo. Estou sem correr mas comendo feito uma vaca. Sinto-me patética diante do espelho tentando cobrir com maquiagem as manchas do rosto. Então vou à praia. O dia é lindo mas vejo milhares de pessoas ávidas por nao-sei-bem-o-que. Quem tem bunda se esforça loucamente para colocar a sua em evidência. Quem é bonito enamora-se de si mesmo fazendo poses ridículas diante do celular. As músicas brigam entre si de forma que abaixo do céu turquesa tudo parece ser uma massa disforme, barulhenta e vazia. Como sem ter fome, bebo sem sede e me pergunto onde eu gostaria de estar se não fosse aqui, nesse paraíso. Não me ocorre nenhuma boa idéia. Mergulho pra fazer xixi em paz e aproveito para arriscar uma promessa: se as manchas sumirem do meu rosto eu vendo meu carro e dou todo o dinheiro para caridade. E fico um ano sem me maquiar.
Com essa eu me superei. O que é que Deus ganha com minha cara lavada? Sou patética. Esqueci o creme do cabelo. Até voltar pra casa tenho que conviver com essa fuinha. Não, não quero jantar, não quero passear nem ouvir música.

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4 de jul. de 2015

Moda é moda

A simples ideia de discorrer a respeito de alguns assuntos me angustia. Sinto uma espécie de crise de ansiedade misturada com...  é aflição mesmo. Um assunto que mexa com meu emocional e exija longas explanações e cansativas argumentações em tópicos completos é uma empreitada que fatiga antes mesmo de iniciada.

Só para mostrar que hoje estou meio masoquista vou expor um desses assuntos. Acho um saco precisar  explicar  por A + B que nós, seres humanos, somos mais sofisticados do que os irracionais. Essa é uma tarefa pesada que ainda não me impus. Ninguém me impõe, mas as vezes sinto necessidade de ajudar a acordar o bom senso adormecido de algumas pessoas.

A atual onda de respeito aos animais - totalmente válida! - descambou para um outro lado: mexeu com a percepção das pessoas de tal forma que elas não conseguem mais ver a diferença entre um ser peludo e babão e um humano. Há quem pense - pasmem! - que bicho é gente e somos todos iguais.

Por outro lado é irritante ver a incoerência dessas mesmas pessoas quando defendo o uso de "coleirinhas" para crianças que recém aprenderam a andar. É um acessório prático e seguro, mas elas ficam escandalizadas! "- Falta de respeito! Parece cachorro!" Mas qual seria o problema de tratar como cachorro se os cachorros estão com tudo hoje em dia? Todos os dias ouço pessoas dizerem que "- quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais!"  Então?

Contradizem-se. Uma hora afirmam preferir os bichos - admitindo assim nossas diferenças. Noutra hora dizem que os bichos são superiores a nós porque "será que você consegue fazer uma teia de aranha tão bem quanto as aranhas? Um ninho tão bem quanto os pássaros?'' Não consigo imaginar raciocínio mais idiota. Mas as vezes eles se acham superiores aos bichos. Experimente chamar alguma mulher de cadela ou alguém de macaco. O mundo se acaba. Dá pra entender?

Ou seja: igualdade, superioridade ou inferioridade são conceitos aqui bem ilógicos e só servem às discussões bestas do momento.

O pior é quando quando argumento que somos superiores e estamos no comando, que temos agido mal sim, mas que um gato não depreda a natureza não por ser bom, mas por não ter capacidade de fazer-lo. Quem tem capacidade, tem capacidade para o bem o para o mal. Os incapazes são mais limitados tanto para o bem quanto para o mal. Quando digo coisas como essas os confusos de plantão entendem que defendo a matança de animais, as queimadas, a tortura.   Que gente cansativa!

Posso passar muito tempo explanando as maravilhas de sermos humanos e a infinidade de prazeres a que os irracionais não têm acesso. Não adianta. Tá na moda endeusar bicho. E moda é moda.

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