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27 de ago. de 2015

Porque gostei de Kil Bill

Não, o filme não é novo. Mas quero registrar que adorei Kil Bil II. Primeiro porque a Uma Thurman é maravilhosa.

A Uma Thurman é maravilhosa porque não precisa ser bonita.  É tudo que toda mulher deveria querer: ser tão interessante, forte, determinada e maravilhosa a ponto de não precisar ser linda. O personagem de Uma transmite a ideia de força, determinação, segurança e ainda por cima é magra.

Adorei Kil Bill porque a personagem aguenta a dor e tem uma vontade férrea de vencer - o que também falta à maioria de pessoas que conheço. Ela aprendeu a lutar, não tem medo de apanhar nem agonia de matar e não conta com mais ninguém a não ser consigo mesma. Sendo assim é livre. Liberdade é não precisar de ninguém para resolver seus problemas. Ela aguenta um soco, aguenta arrancar sangue, não tem arrependimento e adora ser mãe.

Adorei Kil Bill porque a personagem não precisa nem de homem nem de dinheiro. Ela pode ser rica ou pobre. Pode trabalhar em uma loja de discos ou morar em um palacete. Tanto faz, desde que seja a dona do próprio destino e ninguém venha lhe dizer o que deve ou não deve fazer. Sim, eu já disse que o nome disso é liberdade.

Ela bate em homem, bate em mulher mas sabe sorrir com doçura e cheia de amor. Tem mãos grandes e unhas sem esmalte. Forte e feminina, delicada e determinada.

Por um instante fui boba, não quis ser mais eu e preferi ser ela.


23 de ago. de 2015

Dorzinha azul




Não sei por que, mas as coisas de que mais gostamos costumam nos levar mansamente à sala da melancolia. Talvez só lá nossa alma consiga se despir.

Concordo que muitos já escreveram sobre isso.

Não tenho como justificar a afirmativa de que "a beleza é triste". Ou "o prazer é triste". Sem bem que o Vinícius já dizia que "todo grande amor só é bem grande se for triste."   Presumo que ele sabia do que estava falando.

Por algum motivo as musicas de que mais gostamos nos deixam assim, meio down. Todas as minhas musicas prediletas me dão vontade de chorar. As pinturas que mais me tocam também tem um quê de dor, saudade e considerações lacrimosas.  O mais estranho é que gostamos de ser tocados por essa dorzinha azul. 

Pela porta da frente, dos fundos ou pela janela, a melancolia sempre dá um jeito de comparecer. Ela vai em busca da beleza. Ela gosta da beleza e geralmente a encontra.

Os momentos mais felizes da nossa vida são lembrados com melancolia por mais que fossem risonhos. No meio do riso vem a sempre uma tristezinha junto, como um papagaio de pira. Ela cola nas nossas melhores lembranças e talvez só por causa dela é que achamos o passado melhor do que o presente. Pode não ter sido melhor coisa nenhuma mas a tristezinha da lembrança dá uma temperada na coisa.  É como o sal: realça o sabor do que é doce e precisa estar em todas, nem que seja na quantidade de uma pitada. Toda boa cozinheira sabe acrescentar um pouco de sal às receitas doces. Acho que a melancolia é assim. Sem essa dorzinha não conseguimos saborear direito o doce da vida.  O pôr do sol, as musicas prediletas, a melhor cena do filme, o bebê dormindo, o quadro, o discurso, o livro predileto.

Não é estranho que a tristeza seja tão necessária?

Será que sem o desejo aflito de Apolo e o desespero angustiado de Dafne essa escultura seria tão bela?  Acho que não. Só sei que chorei quando a vi, ao vivo e à cores. É linda, linda linda demais. Chega a ser triste de tão linda.



19 de ago. de 2015

Bora combinar?


Fui informada há algum tempo que agora as mulheres já estão autorizadas a usar bijuterias que não combinam entre si. Na onda da "descombinância", você lembra, hoje em dia não podemos mais usar o sapato combinando com bolsa.  Essa nova ordem de "não pode combinar" está sendo chamada de "movimento libertador na moda". Ora vejam!

Engraçadas essas "leis de liberdade". São "promulgadas" na mesma época em que nos "incentivam" a ter estilo próprio.  Hoje em dia o visual "louco" é muito bem aceito - em nome da liberdade, claro. Interessante é que, também em nome da liberdade, o visual certinho seja excomungado. Combinar bolsa e sapato, nem pensar. Colar igualzinho a brincos? Credo!  Você tem que adotar o "não tô nem aí" pra mostrar o quando é descolado. Daí concluímos: cabelos azuis não expressam, necessariamente, liberdade ou "rompimento",  mas conformação para com a "nova liberdade imposta". 

Usar bijuterias de qualquer jeito?  Sapatos descombinando? Móveis de estilos diversos? Não vou comemorar. Dá vontade de fazer tudo ao contrário só pra mostrar quem é que manda. Deveríamos nos rebelar. Eu tenho feito a minha parte. Veja minha lista de rebeldia:

1- Uso sandálias em ambiente formal, de trabalho. Ouvi dizer que isso não é nada chique.
2- Uso batom vermelho durante o dia;
3- Às vezes uso glitter nas unhas.
4- Às vezes uso bolsa e sapato combinando direitinho. E só pra sacanear ainda coloco uma blusa da mesma cor.
5- Tenho em meu armário algumas peças que já fizeram vários aniversários.
6- Fico mais de uma semana sem ir à manicure.
7- Uso broche.

Eu sou terrível.

15 de ago. de 2015

Nada a ver com fé




Não me convenci da existência de Deus depois de ter sido convencida por uma teoria envolvente e irretorquível. Não resolvi acreditar em Deus por ter concluído que essa era a única forma de se explicar os mistérios da vida. A crença em Deus não veio para calar minhas interrogações  a respeito da natureza ou para me acalmar com relação ao medo da morte.  Não me tornei crente porque um dia me pus a pensar sobre a criação do universo e não tendo à mão uma teoria satisfatória, lancei mão da fé em Deus para não precisar me preocupar mais com o assunto. Não resolvi crer em Deus por achar que a vida é justa e que tudo faz sentido.  Não faz, pelo menos pra mim.  Creio em Deus por um único motivo: eu o percebo e não consigo ser indiferente a isso.


Estou certa de que os seres humanos têm “um sexto sentido” através do qual essas certezas fazem todo sentido. 

Acreditar no amor e na providência de Deus pode ser uma questão de fé, mas acreditar na existência de Deus,  não. Não é um caso de fé, mas de percepção. É como no daltonismo: ou você percebe ou você não percebe determinada cor. Eu não acredito que exista a cor verde: eu a percebo – embora saiba que muitas outras pessoas não a enxergam. Isso não tem nada a ver com caráter.  Tenho certeza de que existe um monte de gente melhor do que eu que não percebe o verde e um monte de outras pessoas também melhores do que eu que não percebem Deus.  Não se mede os seres humanos pela eficiência dos seus sentidos. Ninguém é melhor do que ninguém só porque tem um paladar mais apurado para diferenciar vinhos.

É assim, simplesmente assim, que entendo essa questão.

12 de ago. de 2015

Nosso mundo *

Diante de tantas realidades complicadas, principalmente no Brasil, tenho procurado várias receitas para acalmar meu emocional. Leitura bíblica e oração são dois bons exemplos. Não quero me tornar amarga. Mas uma coisa também tem me ajudado de forma muito especial a manter a sanidade e a compreensão das coisas: Discovery.

Nunca pensei que assistir Discovery pudesse me ajudar tanto. Refiro-me especialmente àqueles documentários sobre a vida animal.

Os bichos não fazem outra coisa na vida a não ser buscar o que comer e fugir de serem comidos. Seja qual for o animal, a vida é dura e cheia de suspense, com raros momentos de paz. Eles veem agressões sangrentas todos os dias. Perdem para os predadores os filhotes, os amigos e, se como se isso fosse pouco, ainda perdem suas fêmeas para o mais valente do grupo. Penam para conseguir o pão (ou o grão) de cada dia.

Dá pena dos golfinhos, dá pena dos pobres elefantes, das onças, dos macacos. Dá pena do albatroz, das tartarugas - tão desajeitadas tentando esconder seus ovos! Dá pena da águia, dos leões, dos veados, dos coelhos. E das criaturinhas do fundo do mar, que esperam o dia todo pela chegada da noite para enfim conseguirem um fast-food. Correm o risco constante de serem devoradas porque existem predadores fazendo plantão noturno. Tenho pena também dos imensos cardumes de peixes que vivem apressados de um lado para outro, mudando loucamente de direção, tentando de todos os modos despistar os inimigos. De vez em quando algumas dezenas são mastigadas e engolidas sem dó, sem piedade e sem teoria sociológica.

Por que me angustio então com o nosso mundo?  Tenho que cair na real! Por que estranho tanto as guerras, as explosões dos caixas eletrônicos, os homicídios horrorosos, os roubos, a eterna vitória dos mais fortes sobre os mais fracos?   Em que mundo estou, que não considero isso inevitável e comum? Estou me assustando com o quê? Reclamando de quê? A selva é uma escola de realidade.

Toda a minha angústia repousa sobre uma visão irreal a respeito do que é a vida no planeta. Preciso de doses maciças de Discovery para me curar dessa miopia.

Estou querendo uma existência tranquila e pacífica que jamais existiu. Jamais! Estou querendo o irreal! Ainda que entremos em acordo com os outros seres vivos e não nos devoremos mutuamente,  sempre haverá asteroides para encherem o saco, escorregando e caindo por aqui, diminuindo então a população mundial.


O que eu quero não existe hoje nem nunca existiu no passado - próximo ou remoto.  Ou você pensa que era fácil ser "o homem das cavernas"?  Quando não eram as feras eram as outras tribos puxando briga.

Quero uma sociedade serena, justa e igualitária. Só que isso só existe a título de exceção e por reduzido período; tempo suficiente só para mexer com nosso espirito desejador e inconformado. Quero o que não há, o que não tem, o que não pode. Não sou só eu que não posso dar uma voltinha em paz no quarteirão. Na selva ninguém pode dar essa voltinha em paz em lugar nenhum. Nem de uma árvore pra outra. E eu aqui, querendo privilégios...

Quando olho aquele monte de bichos se perseguindo e se comendo, quando vejo as fugas apressadas dos alces e das raposas, me conformo. E digo mais: no dia em que eles não tiverem predadores nem vítimas de outra espécie, vão começar a se comer entre família igualzinho à gente. Não, eles não são mais bonzinhos do que nós.



A única diferença, talvez, entre os bichos e nós, é que, tendo conseguido escapar das feras, não estamos conseguindo evitar o tacape dos nossos semelhantes.  Acho que existe uma determinação, um carma sobre a Terra: sempre haverá animal dilacerando animal - não importa de qual espécie. Nós nos livramos da onça e dos ursos mas eles reencarnaram nos bandidos, que são as feras nossas de cada dia. Estão soltos por aí para fazer valer a lei da vida: o mais feroz ataca, o mais manso se lasca - cala a boca e não reclama.

É isso: a salvação do meu emocional é a Discovery. Vou continuar acompanhando com afinco as aventuras do mundo animal e assim ver tudo com naturalidade.

8 de ago. de 2015

Doação




E hoje encontrei tempo para tirar minhas cutículas.  Não sem me perguntar por que me dedico a uma atividade tão estranha. Geralmente me machuco. 

Por que uma parte de mim tem que ser declarada inconveniente? Qual tribunal decidiu que uma parte do meu corpo atenta contra o bem estar do todo?

Pois bem, o fato é que tenho muitas cutículas e como eu estava longo tempo sem podá-las imagine você a quantidade que saltou, dos meus dedos, para o desdém e para a morte.  Dever cumprido. Vitoriosa lancei de mim aquele estorvo. Sacudi a toalha no gramado, livrei-me do peso e me senti mais fofa. Sorri para meus dedos. Eles não entenderam.

Então uma sutil melancolia me cutucou.  Por que me separar com tanto desdém daquela parte de mim que, afinal de contas, sou eu mesma?!   
Pus-me a imaginar aquela pequena Cristina enjeitada sendo jogada fora.  Milhões de células desperdiçadas. Nasceram tão promissoras! Foram alimentadas e incentivadas a crescer,  mas de repente se veem despejadas da minha história sem quê nem pra quê. Cortadas de mim para sempre, sem compaixão.

Saudade não é bem o nome. Deve haver um nome pra isso.

Pobres cutículas que nada mais fizeram do que proteger minhas unhas cumprindo diligentemente o script genético que receberam. E o que ganharam em troca de tanta dedicação? 

Não não não! Vamos pensar de outra forma:  talvez exista alguma beleza no meu gesto. Vejam: doei-me! Não é elevado?  Doei-me generosamente à natureza: "crescei e multiplicai-vos! Hora do lanche." 

Incorporei-me às formigas e à terra. Consenti em participar de uma vida em comum com os seres de baixa renda, em uma nova e misteriosa aventura. Liberei uma parte de mim para conhecer um outro mundo. É como deixar o filho partir para estudar no exterior. 

Imagine a festa das formigas comendo a Cristina.  Primeiro a surpresa com a chuva de cutículas. Para elas foi como o maná do céu. Até porque tenho saúde e me alimento bem. Depois rapidamente a notícia se espalha. O bairro se agita, é um zum-zum-zum e todo mundo põe a cara pra fora já imaginando a parte que lhe cabe. E assim, naquele formigamento aparentemente desencontrado, fui sumindo, carregada nos braços do povo em procissão.  Até me comovo.

Fui generosa. 

Mas... continua a melancolia. Não, a coisa não deixou de ser meio estranha. Talvez indecente, essa coisa dar-me assim, sem nem pedirem. A essas alturas estou viajando no lombo de alguma formiga faminta, suada e de olhar hostil.  Ela vai passando com o precioso carregamento e olha ameaçadoramente para os grilos, mosquitos e outros insetos que observam silenciosos, encostados no muro. Ninguém chega perto. Meu Deus, para qual favela estão me levando?!

Posso parar com esses estranhos pensamentos e tentar ser mais científica: e se meu temperamento estiver impresso em minha genética cuticular? E se as formigas absorverem algo da minha personalidade?  Seremos aparentadas?  Experimentarão sentimentos semelhantes? Criarão blogs? E se as anteninhas da nova geração puxarem a mim e nascerem encaracoladas? Isso lhes traria problemas? Interferiria na recepção de sinais?

Se passei algo de mim pra elas, então não sei dizer se melhorei ou piorei o mundo. Um caso a pensar.

Onde estou, agora que já é noite?  Em qual estômago azedo sou vorazmente digerida?  

É incômodo imaginar que o ato de dar cutículas aos vermes nada mais seja que o prenúncio do dia em que meu corpo todo será devorado por eles.  Em suma, só estou adiantando as coisas. Credo. Pensando nisso quase ouço uma vozinha fina e cínica saindo lá meio do gramado: " aí Cristina! Valeu o convert!"  


5 de ago. de 2015

Andanças


Moro num país tropical onde andar pelas ruas é um tremendo ato de coragem.  Pois hoje, novamente, ousadamente, desafiei todos os dragões e cometi o ato tresloucado de caminhar por aí como se o mundo não fosse o que é.   Registre-se: de dia, sem dinheiro, sem cartão de crédito, com um telefone bem baratinho e protetor solar.

Não sei se algum dia ainda vou pagar caro por fazer isso sem autorização dos bandidos da área. Não sei se estão observando meus costumes para dia desses me esfaquearem, escalpelarem e esquartejarem. Não sei. Só sei que sob as árvores, pássaros, folhinhas caindo e a bênção de pombos e passarinhos marrons do quinto escalão, fui feliz!

Não é simplório e comovente se sentir feliz com tão pouco? É.

Quando caminho, a liberdade me pega pela mão e conta coisas bonitas. Fico empolgada e rebelde, corajosa e emocionada como se estivesse sendo influenciada por algum amigo travesso.

Há também um interessante potencial para desenvolvermos nossa espiritualidade enquanto caminhamos. Além da fé,  é nessa ocasião que mais sinto gratidão e penso em Deus. É quando mais tenho consciência do meu próprio corpo, da maravilha que ele é e da delícia de te-lo funcionando. Passo a valorizar mais ainda a eficiência das minhas pernas e, de quebra,  ainda me amo por ter olhos para achar tudo isso tão bonito.

Pois tudo é bonito de perto. Realmente.  Bem mais "ao vivo" do que de dentro do carro. As árvores deixam de ser borrões verdes, as pessoas tem feições mais específicas e, se prestarmos bastante atenção, até ouvimos o ruído de suas respirações. Daí podemos deduzir felicidades ou aflições, nos tornamos mais humanos e reflexivos. Gente, a vida só presta se for vivida em 3D.

Alguém por aí já disse que "é melhor morrer de pé do que viver de joelhos". Pode parecer exagero mas é assim que me sinto quanto às caminhadas: prefiro morrer do que não poder usufruir dessa liberdade tão relevante. Dane-se o mundo que eu não me chamo Raimundo! Não vou viver como prisioneira. Não sou criminosa. Não mereço amarelar em casa até o dia da minha morte.

As manhãs tem sido lindas. Vem comigo! Vou te mostrar como é interessante perceber as pessoas contribuindo, com seus trajes, para o colorido esplendoroso do dia. É um festival totalmente bagunçado, a melhor versão do "não sei se rio ou se choro". Não vou abrir mão desse espetáculo - ora vá catar coquinho! Até porque um dia desses eu voltava a pé da academia e resolvi comprar tangerinas de um vendedor ambulante. Vim descascando e comendo pela rua as tais tangerinas, tão simpáticas, frescas e soltas em suas cascas! Dei-me assim o direito de andar distraída por aí.  Tenho a dizer que a experiência foi deveras agradável, motivo pelo qual vou atribuir cinco estrelas ao evento e adota-lo como rotina.

Olhando as pessoas de perto, não em flashes, vendo as bancas de frutas, cheirando maçãs e abacaxis, puxando papo com vendedores, sinto que não devo passar pela vida sem isso. Vivem me dizendo para "valorizar as coisas simples da vida", não é? Pois então?!   Daqui para acolá posso ter uma doença grave, um piripaque e acabou tudo. Jamais me perdoarei se, por medo, perder sol e figurantes pra nunca mais.

Deixo aqui uma menção elogiosa aos trabalhadores da construção civil. O calor os torna heróis, sem sombra de dúvida. Sem sombra nem de dúvida e sem sombra de árvore. Fecha parêntesis.

Por fim concluo que minha ousadia hoje nem foi tanta. Só chegou até o nível 1, da caminhada. Mas aguardem que brevemente chegarei ao nível 2: vou pegar minha espada mágica, capa e armadura e montarei minha bicicleta-alazão em prol da liberdade e da justiça!

Conversa fiada: será só em prol do meu prazer mesmo. Mas quem dirá que não é uma excelente causa?

4 de ago. de 2015

Lady Alba - Roberto Carlos

Composição: Roberto Carlos/Erasmo Carlos
 
Tenho às vezes vontade de ser
Novamente uma  menina

E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir


Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo:
Aproveite o seu tempo
Você ainda é uma menina

Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você


Lady Alba, me leve pra casa
Lady Alba, me conta uma história
Lady Alba, me faça dormir
Lady Alba


Quantas vezes me sinto perdida
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria:
"Amanhã de manhã você vai se sair muito bem"!


Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão


Tenho às vezes vontade de ser 
Novamente uma menina
Muito embora você sempre ache que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo
Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você!

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