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9 de out. de 2019

A era da propaganda anti-homem. Tô fora.

E a propaganda anti-homem, na midia, continua de vento em popa. Repare que todos os dias aparece uma "pesquisa" afirmando que:

* Existe mais bactéria na barba do homem do que  numa tampa de vaso sanitário.
*Viajar traz mais felicidade do que casar.   Aí  aparece na foto uma mulher sorrindo feliz.
*  Um marido dá mais trabalho e stress  do que cuidar de um monte de crianças. A ideia é sempre mostrar o homem como um estorvo, não como parceiro.
* Afirmam que  mulheres inteligentes tendem a ficar solteiras.
* A pior é essa agora: andam afirmando que não existe orgasmo vaginal (kkkkkkk).  Só existe "orgasmo" clitorial - segundo as frigidas de plantão.   E assim que convencem sua filha adolescente de que homem é  desnecessario e que aquilo que os gays tanto prezam não serve pra  nada - kkkkk.
Querem que as meninas acreditem que sexo completo é  igualzinho à  simples masturbação e que passar a vida dando voltas nas preliminares é o máximo de prazer que ela vai conseguir da vida e não tem como passar disso.
Negam a experiência de milhares de mulheres desde que o mundo é  mundo.  Inacreditável. Mas é a mesma turma que diz que ninguém nasce homem nem nasce mulher.
*  Todos os dias na televisão e nos filmes assistimos no mínimo uma cena de uma mulher agredindo fisicamente um homem.  Pode notar.   É tapa na cara,  é arremesso de objetos,  é empurrando, gritando, apontando o dedo na cara... Note que essas cenas sempre acontecem dentro de um contexto em que a mulher tem toda razão de agredir o homem. 
* Criaram o ridiculo termo "masculinidade tóxica. As mulheres são umas santas.
Isso tá ficando nojento já.

Espero que acabe logo essa fase de "meu deus como as mulheres são maravilhosas e como os homens são tolos e dispensáveis." Essa fase dá poder a um monte de mulher chata e frustrada.

7 de out. de 2019

Janela vermelha *

É isso mesmo o que eu quero: uma janela vermelha, bonita e vivaz, que quando eu acorde me acolha assim, de batom, apontando para mil possibilidades lá fora: flores, caminhos, caminhozinhos, trilhas, cantinhos.

Uma janela vermelha é um bom começo de dia e é, por si só, um bom sinal. Ninguém tem uma janela vermelha a toa. Há de possuir também colcha de retalhos e pote de biscoitos caseiros. Ninguém as tem se não sai para passear de repente, de cabelos soltos, e come bolo no final da tarde olhando o sol poente enquanto as mães passeiam com seus bebês.

Quem tem janela vermelha tem incenso e fotos de muitas férias. Tem caixas com bugigangas, livros sublinhados, uma almofada bordada. Tem também chapéu para ir à feira e ingressos para o teatro.

Ninguém se sente só com uma janela vermelha pela qual olhar o mundo imenso e convidativo.

Hei de ter a minha, sorridente como ela só, com uma linda cadeira de madeira por perto. Hei de ter brincos indianos e vestido de cigana para sair só para comprar revistas quando der vontade. E quando, lá embaixo, eu estiver molhando as flores, hei de olhar pra cima e ver de relance na janela vermelha a minha imagem feliz e sozinha sorrindo de volta.

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5 de out. de 2019

INTERVALOS

Já não cabem mais declarações
Na verdade não cabe mais nada
Toda explicação é despropositada
Todo comentário é inconveniente
Não há mais que se falar
Em conserto ou em “será”
É estranho o ponto em que chegamos
No qual todos os comentários 
Caem como pedras no vidro

Dobramos  esquinas, cada um a sua
Rasgamos o tapete vermelho
Que nos levava a um destino comum
Mudamos a rota
Numa guinada mortal
Os anjos se escandalizaram
Com pureza desinformada
“- Absurdo dos absurdos!”
Que, no entanto, aconteceu...

... e continua acontecendo
A cada dia, a cada hora
Como goteira funesta
Que chora no fim da festa

Nosso afastamento
É progressivo e presente
Já que “passado”
É o que parou de acontecer.

Preferia que tivesses me deixado
Assim eu poderia, com propriedade
Perguntar “por quê?”

Perguntaria ao  céu, às aves,
Às feras e às crianças
Ninguém me responderia
Mas  entenderiam minha perplexidade
E eu ganharia abraços


Preferia que tivesses me deixado
Assim eu poderia imaginar motivos à noite
E ir dormindo  aos poucos, suavemente,
Enquanto tentasse desvendar
Nossa intrincada equação

Eu teria pena de mim mesma, ou ódio
Só para ter o prazer 
De perdoar-me  depois
E então levantar a cabeça
Totalmente consolada.

Será sempre uma anomalia
Uma dor, um suspiro,
A povoar os intervalos da minha felicidade
Quando a lembrança me assaltar
Levarei as mãos ao rosto
Em um ato involuntário
E perdoável

Então
Na pausa da felicidade
Farei reverente silêncio
Pra poder me recompor
E descobrir novamente
Que não há nada de novo
Debaixo do meu sol
Tudo são espumas...
Espumas de ondas passadas

“Durma em paz, alma minha!”

O passado
Não é uma árvore que ficou para trás
Na beira da estrada
Penso que seja uma ave  
Que nos acompanha grasnando
Desajeitadamente
As músicas que cantávamos.

19/04/10

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