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24 de mar. de 2013

Objeto desconhecido


Nos primórdios o homem só queria sobreviver, escapar da onça, ter o que comer. Hoje quer se divertir e ser feliz.  O homem não se manca.

A gente esquece que felicidade é um luxo dos nossos tempos, é uma mera pose no Face. Na vida real "o buraco é mais embaixo" - como diria a minha avó.

As vezes questiono se esse clamor por felicidade não é, na verdade, uma jogada. Alguém com certeza está lucrando com o nosso corre-corre atrás desse negócio, atrás dessa coisa que ninguém sabe direito o que é. 

Você já experimentou procurar pela casa um objeto desconhecido? Não? Então você é normal. 

Onde aprendemos a ser tão tolos a ponto de deixar que os outros determinem qual é a nossa necessidade?

E o sexo? A partir de qual momento gozar deixou de ser divertido e passou a ser obrigação? Hoje em dia uma pessoa que diga que jamais teve um orgasmo causa quase tanta pena quanto um tetraplégico. O gozo, assim como a felicidade, são prazeres muito particulares mas de repente parece ter se tornado da conta de todo mundo. Há uma poderosa indústria da felicidade trabalhando a plenos pulmões. 

Não critico você nem mais ninguém. Critico a mim mesma porque frequentemente me deixo levar. Só que entre uma estupidez e outra, paro e penso. E às vezes escrevo o que penso. Talvez isso seja um bom sinal. 

10 de set. de 2012

Beijos aos chatos

É difícil amar uma pessoa mas não tentar ajudá-la com sugestões. Ver a pessoa amada fazendo besteira ou posando de ridícula é duro, não dá pra ficar calado. O problema é que é muito difícil a pessoa amada perceber nossa atitude como prova de amor.

Quem ama se importa, né? Quem ama não consegue ver um amigo pagando mico ou tomando decisões nocivas. Mas é sofrido dizer a uma amiga: "querida, não seja assim tão vulgar!" Cadê a coragem?

Por essas e por outras é que os adolescentes muitas vezes se apegam mais aos amigos , que aplaudem suas bobagens, do que aos pais, que os adverte.  É uma pena que as coisas sejam assim. Tenho certeza de que as pessoas que mais questionaram minhas atitudes foram aquelas que mais me amaram, pois preferiram correr o risco de me chatearem do que correr o risco de me verem dentro de uma situação perversa.

Então, um beijo a todos os chatos e intrometidos que se importam comigo!

25 de abr. de 2012

Raiz de amargura


Às vezes penso que a mágoa é pior do que o ódio em certos aspectos. Porque o ódio é tão opressivo, dói tanto e maltrata tanto quem o sente, que o sujeito acaba lutando contra ele e fazendo de tudo para se livrar daquilo. Já a mágoa vai ficando, ficando, destruindo relacionamentos, tornando a pessoa amarga, minando a felicidade. Você pode aguentar uma mágoa por anos e anos mas teria dificuldade em suportar o peso do ódio por muito tempo. E o ódio pode ser aplacado. Já a mágoa é quase incurável. A raiz de amargura é uma desgraça.

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