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22 de ago. de 2017

As falhas mais comuns do pensamento - Segunda parte: Falácia do jogador




Começamos com a "pareidolia", agora vamos à "Falácia do jogador" 

(http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-falhas-mais-comuns-do-pensamento/)



"Falácia do jogador" é mais um erro de raciocínio.  Todos nós sabemos que não sabemos o que vai acontecer, só que a gente nunca se conformou com isso.  Então admitimos que não sabemos o que vai acontecer, mas só de teimosia a gente cisma que sabe o que não vai acontecer. 


É assim: choveu no sábado retrasado, choveu no sábado passado e choveu nesse sábado. Daí concluímos que podemos planejar um passeio à praia para o próximo sábado porque "não é possível" que vá chover de novo.  


Muita gente se lasca por causa disso:   "Semana passada comprei uma empada estragada então não é possível que essa também esteja estragada. Seria muito azar." Engano. Não tem nada a ver com azar mas com probabilidade e a probabilidade de que essa empada também esteja estragada é a mesma: 50%.


No fundo no fundo todos acreditamos que temos uma bola de cristal. Nunca nos conformamos com as surpresinhas do futuro. Coisa mais chata ser sempre pego de surpresa! Não existe uma bóia nesse mar, então a gente inventa uma.


Vou dizer uma coisa:  eu prefiro acreditar que o raio não vai cair aqui de novo do que viver com medo de que o raio tenha toda essa liberdade de escolha. Mesmo que ele tenha.

Claro que existe o outro lado: algumas pessoas optam por ter certeza ao contrário: "Se encontrei o João duas vezes nesse vôo, então é grande a chance de encontrar com ele de novo." Ou:  "Por duas vezes o cavalo Blublu venceu, então ele deve vencer de novo."  Parece diferente mas é o mesmo raciocínio - errado.  Quem joga sempre vai na fé de que ou não é possível repetir determinado número ou que não é possível que um número que sempre é sorteado não vá ser sorteado de novo. Você diria que então é melhor nem jogar. E eu responderia: exatamente.  

O nome "Falácia do Jogador" é porque quem gosta de jogar costuma se enredar nessa ilusão. A questão é que nossa vida é uma espécie de jogo. Estamos sempre apostando em uma coisa (profissão, relacionamento amoroso...)   então imagine a porcaria que dá quando nos deixamos levar por um erro de raciocínio.  

Acho que esse é um estratagema do nosso cérebro contra o medo do futuro:  ter a ilusão do controle.  Só que como todo remédio, esse remédio contra a insegurança deve ser usado com parcimônia, para não vivermos batendo a cara contra o muro.

Desse erro de raciocínio tiro uma lição: 

Decididamente não adianta tentar fazer a cabeça de ninguém. Qualquer um de nós sabe muito bem que certos motivos que alegamos para embasar determinadas escolhas, não tem pé nem cabeça. Mas nos agarramos a esses motivos assim mesmo.   Aquilo  não resiste a um argumento lógico, não tem firmeza nenhuma, matematicamente não tem probabilidade maior nem menor de acontecer mas ...  Sempre tem um "mas.  A pessoa se apega uma "impressão de saber" assim mesmo porque o ser humano é dado a incoerências pela própria natureza. Sabemos que determinado raciocinio é incorreto mas gostamos de acreditar naquilo. Acreditar é bom porque traz um certo conforto emocional. Muitos preferem não pensar no assunto do que ficar na incerteza. 

Você nunca se viu numa situação dessas?

15 de mai. de 2017

Essa me deprimiu


Sabe quando a gente começa a ler uma história crente de que se trata de um lance de auto ajuda? Pior: sabe quando a gente está precisando de uma bombada pra cima (no bom sentido)? Pois comecei a ler o texto VOANDO (no blog Beck em Palavras). Estava gostando. Jurava que teria um final tipo assim, cristão-esotérico-budista-contemplativo pendendo pro nirvana, mas... 

Olha só o diálogo:

"- Como se faz para voar tão alto? – perguntou o mais novo.
- Não sei explicar.

- Mas você acabou de voar! Eu tento todo dia, todos os dias, nunca consigo, sempre caio.

- Tem coisas que você simplesmente faz. Vem de dentro. É com o coração. Não se pára para pensar antes de fazer algumas coisas. Não é tudo que fazemos com o raciocínio. Eu nunca parei para pensar antes de voar. Enquanto estou voando, lá no alto, eu não penso em como fazer; simplesmente começo a fazer. E quando vejo, já voei.
- Eu queria tanto conseguir voar...
- Por isso não consegue. Fica ansioso demais.
- Então eu nunca voarei?
- Sim. Voará. Você só precisa aprender a relaxar.

- E só relaxar?
- E acreditar que você pode. Se você acreditar que poderá voar e relaxar, quando você não perceber, estará lá no alto, comigo. Tchau.


Alguns meses depois, deitado na grama de um parque qualquer, completamente relaxado, o mais novo ouvia uma música ao longe e começou a sonhar que estava voando. Sonhou com tanta força, que acreditou que fosse verdade. Quando deu por si, continuava deitado na grama.
Ele nunca voou."

P.Q.P! Fiquei mal. Até parece cruzamento de Caetano Veloso com Paulo Coelho. Será que nunca vou voar?

9 de mai. de 2016

O que é ser "Emo"



Hoje estou emotiva e com vontade de abrir o coração. Sente aí e me ouça.

Sempre pensei assim: que temos que viver plenamente todas as fases da nossa vida. Se uma delas nos for surrupiada nosso espírito nunca descansará em paz - e não me refiro a nada pós morte. 

Você não tem nenhum amigo meio velhote mas que não se convence disso? Está enrugado mas jura que é garotão, os programas são de garotão, conversa como garotão, raciocina como garotão... Na verdade você nem aguenta o cara. Por que ele é assim? Porque provavelmente não teve adolescência. Isso acontece também com mulheres que supostamente teriam o "espírito jovem".

Espírito jovem nada mais é do que mentalidade que não evoluiu, não passou para a próxima fase do vídeo game e fica repetindo o jogo para sempre. Acho meio patético. Não quero ficar assim. 

Isto posto, continuo: sabe, praticamente não tive adolescência. Claro que você não quer ouvir o lero-lero que me leva a dizer isso. Vamos pular essa. O fato é que minha infância foi beleza mas  por muito tempo da minha vida adulta eu quis viver mais um pouco da minha adolescência, pelo menos por uns meses. Eu achava que só assim eu entraria com a cabeça erguida (sem micos) da maturidade. 

Uma das coisas mais adolescentonas que conheço é ter uma turma, uma galera, uma tribo. Cara, uma tribo, era isso o que me faltava! Quem sabe se eu me adequasse a um grupo poderia viver uns lances maneiros, não é?  Pensei muito tempo sobre isso. Como sou "um pouquinho" indecisa, estou pensando até agora. Não posso precipitar uma decisão assim tão importante. É da minha adolescência que estamos tratando!!!! Pesquisas seriam necessárias.

Um dia...  Li no blog de uma adolescente (Cristiane Reis) a explicação de o que seria ser um Emo (ou, no meu caso, uma Ema????).

Sempre me identifiquei muito com os hippies... mas eu era jovem demais na época do auge do movimento. Lamentável...  É como dizia o Veríssimo: "Nasci na época errada. Eu era jovem demais para ser hippie, agora sou velho demais para ser punk..."   Ele escreveu isso a pelo menos uns 15 anos e tem a ver comigo.

Lendo o texto que colarei abaixo adianto mais uma desilusão: eu bem que gostava dos punks mas... minha alma sempre foi mais leve do que aquilo. Algo me dizia que haveria de surgir uma "tribinho" mais amena para mim. Surgiu mas... será que também tô fora?  Veja e analise o texto de Cristiane Reis. Os comentários entre parêntesis e em negrito são meus.

"O que é ser Emo?Emo é o jovem  (ihhh! Dancei!) que alia som pesado à sexualidade flexível.  Faz parte de uma nova tribo que está surgindo em substituição às patricinhas (que os homens não admitem mas adoram), aos góticos (eu gosto) e neo-hippies. O que distingue o emo não é só a música, e sim as atitudes. O nome vem de emotional hardcore (???), vertente do punk que mistura som pesado com letras românticas (ah tá). Ele têm entre 11 e 18 anos e, nas roupas, é capaz de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty (ih!). Não esconde os sentimentos, expressa abertamente suas emoções  (tô dentro), preconiza e pratica a tolerância sexual (não "na minha"). Gosta de música emocore (cumé?). O estilo mescla a batida hardcore com letras românticas e poesias adolescentes. Vive na internet e no Orkut  (...ou Face). É emotivo. Chora ouvindo músicas que falam de amores perdidos e rejeição dos pais (essa parte é fácil também). Dá demonstração explícito de carinho (sou fraca nesse quesito). Se beija e se abraça em público (hhmm), seja com pessoas do sexo oposto, seja com as do mesmo sexo. Aceita a opção sexual do outro sem preconceitos. Escreve diários, poesias e músicas. Seja ele menino ou menina. Usa roupas que mescam a rebeldia punk com os ícones infantis. Menino ou menina usa rosa . Usa cabelos lisos com enormes franjas no rosto. Usadas somente de um lado, denotam certa ambigüidade sexual. Não curte drogas (será?). Luta por um mundo sem violência, em que um dia todos se abracem sem parar (que meigo!)

É, não deu pra mim. Vou esperar a próxima moda.



19 de jan. de 2016

Eu me rendo!

(Um texto de Danuza Leão)

Quantas mentiras nos contaram; foram tantas, que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.

Uma das mentiras: É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante. É muito simples: não podemos.

Não podemos; quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante .

Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?

Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres – e os maridos – de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer – sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.  Ah, quanta mentira!

Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha - não à que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour – aquele – das executivas da Madison.

Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida.

Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes – aqueles que enlouquecem os homens – precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro.

Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada – o que também custa dinheiro.

É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete – um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para umhappy hour.

Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.

Felizes são as mulheres que têm cinco minutos – só cinco – para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.

Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.

E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver . Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão.

Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria. Parabéns para quem consegue fingir tudo isso….

23 de nov. de 2014

Limites

Acabei de assistir um video patético onde seguranças empurravam pessoas para dentro de um trem para elas caberem todas, e poderem então seguir viagem. O veiculo estava superlotado. Nao havia respeito ou cuidado algum para com os passageiros, que pareciam gado. Eram tratados como gado. Patético.

Qual o limite para a exploração ou para o desrespeito? Não ha. Quem impõe os limites é a vítima. Se não se rebelam, a tendencia é serem de respeitadas ate descerem abaixo da condição de animais e se tornarem como meros objetos.

O povo brasileiro é super desrespeitado e explorado em varias situações mas jamais aceitaria ser empurrado, socado e amassado daquele jeito para entrar no trem. Se tentassem fazer isso ia dar a maior briga com direiro a quebra quebra e tudo o mais. Ou seja: só não fazem isso com a gente porque sabem que ia dar merda. Mas eles fazem outras coisas inaceitáveis. E por que fazem? Porque SABEM que o povo aceita.

Aquele velho ditado é verdadeiro: "as pessoas só fazem com você o que VOCE DEIXA ELAS FAZEREM.

Nao ha um limite natural para a maldade, exploração ou humilhação do proximo. Sempre é possivel fazermos pior do que ja estamos fazendo. O único limite vem de um lado só: da vitima. Do outro lado a coisa é infinita.

Só quem tem o poder de deter a opressão é o próprio oprimido.

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4 de nov. de 2014

Na Europa

Você não precisa ler isso.

Moda na Europa: legging, muito legging. Com blusa, com short, com vestido, com saia curta ou comprida, com qualquer coisa e de qualquer cor. Com botas ou tenis. E cabelo arrepiado.

Uma coisa legal: como no Rio e em São Paulo, na Europa ninguém acha esquisito gente esquisita. Não há olhares curiosos, cutucadas ou risos contidos. Sendo assim, alopre, misture cores, pinte o cabelo de verde. Ninguém está nem aí pra ninguém. Quer viajar e levar consigo um mundo de roupa chique? Tudo bem. Quer viajar só com uma mochila, um par de tênis avacalhados e meia dúzia de camisetas fuleiras? Tá valendo também. Ninguém liga. Isso não é ótimo?

No final das contas concluo: é meio brega "fazer enxoval pra ir pra Europa".
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13 de jul. de 2014

Uma mulher irresistível


Cada dia mais me convenço de que não teríamos tantos problemas se déssemos mais atenção ao MARKETING PESSOAL. A maneira como nos apresentamos ao mundo determina nosso sucesso ou insucesso profissional, político, afetivo (sim, até afetiva!) e social.

Tudo bem, mas se é assim, isso pode se tornar uma coisa meio neurótica. Tudo que "rende frutos" pode render neuroses.  Como relaxar?

Conheço várias pessoas muito bem sucedidas nessa arte. Será que nunca relaxam ou já acordam no piloto automático? Sim,  porque vender a própria imagem inclui até gestos mínimos.

Já estive entre as pessoas que fazem tudo errado nessa área e depois ficam achando que o mundo as odeia ou que são muito azaradas. Faz alguns anos que tenho observado a minha própria trajetória. Poucos se boicotaram tanto quanto eu. Confesso que por muito tempo achei que o mundo me odiava. Agora, que alcancei um certo nível de entendimento, sei perfeitamente bem onde pisei na bola - mas continuo sem energia pra mudar o rumo.  Em diversas situações escolhi a roupa menos indicada, critiquei a pessoa errada no tom menos aconselhável. Pior: não foi distração, foi consciente. Mas era irresistível!

Hoje eu sei de uma coisa: quanto mais vezes a palavra "irresistível" constar em seu vocabulário, maior a chance de você ser um fracasso de marketing.

Sempre achei "irresistível" dizer certas verdades para certas pessoas. Menos um ponto. Mesmo que essa "certas pessoas" fosse um superior hierárquico. Menos dez pontos. Acho irresistível abrir mão do traje "executivo" mesmo que esse fosse o recomendado para a ocasião. Menos cinco pontos. Se estou com problemas, isso fica estampado na minha cara. Menos três pontos. E por aí vai. E por ser "essa mulher irresistível" já perdi oportunidades interessantes.  Não sei fazer "as amizades certas". Acho irresistível optar pela espontaneidade. Também é irresistível dar a minha opinião sincera quando indagada. Menos um ponto aqui, menos um ponto ali.

Meu mal não é "não saber usar o marketing pessoal". Meu mal é não ter paciência para  as suas exigências.

Já os bem sucedidos são divididos em três grupos: 1) os sortudos,que já nasceram formatados para o sistema; 2) os determinados, que sabem o que querem e instintivamente caminham naquela direção sem pestanejar, por mais artificial que seja o comportamento a ser adotado; 3) e os orientados. São aqueles que contratam um profissional da área para lhes apontar o caminho que eles são incapazes de enxergar.

Dos três, o segundo grupo é o que mais me causa admiração. Isso porque o primeiro não tem mérito algum por ter nascido como nasceu. O terceiro grupo tem mérito pela humildade em reconhecer o próprio fracasso e correr atrás da solução, só são sempre flagrados, então a coisa fica muito artificial e cômica. O segundo grupo, dos determinados, pra esses sim eu tiro o chapéu.  Não são a maioria. Eles percebem como deveriam ser, então vão à luta. Sem alarde, sem se importar com mais ninguém, confiando apenas em si mesmos. Metem a cara, mudam de cara, dão a cara a tapa... e conseguem alguma coisa.

Política é tudo. E eu aqui, do alta da minha "irresistibilidade",  só tomando nota...

19 de jun. de 2014

Criatividade

A cultura da nulidade é mais forte do que se imagina. O Face está acabando com a minha criatividade. Sério. Claro que é conveniente colocar a culpa nos outros mas juro que é verdade. Além do mais "os outros" estão aí pra isso mesmo: pra receber culpa sem reclamar.

Computador desligado = mil idéias. Ligo a droga do computador e o primeiro impulso é "passar rapidinho no Face só pra dar uma checada". O "rapidinho" se estende por vários minutos, findos os quais minha mente termina esvaziada e estéril. Tenho certeza de que ainda vão fazer algum estudo relacionado a isso. Quando fizerem eu peço indenização.

30 de abr. de 2014

Sintomas


Estou percebendo a chegada de uns sintomas alarmantes de velhice:

1- Os homens mais lindos, na minha opinião, foram lindos há uns 40 anos atrás;
2- As melhores músicas que conheço foram composta há mais de vinte anos;
3- Sabe aqueles cantores que eu considerava insuportáveis na minha adolescência? Na verdade são maravilhosos;
4- Não acredito mais que eu possa mudar o mundo;
5- As músicas frenéticas tocadas ininterruptamente nas academias estão começando a me enjoar;
6- Começo a concordar que beleza é bom mas não é tão importante quanto eu imaginava;
7- Olho com muita simpatia para as cadeiras de balanço e decido que quero uma.
8- Não compro mais sapatos desconfortáveis só porque são lindos.
9- Um cruzeiro marítimo já não me parece uma idéia abominável.
10- Minha gaveta já tem permissão para receber algumas calcinhas mais confortáveis;
11- Já me sindo ridícula de mini saia;
12- Uso tranquilamente roupas que há um tempo atrás eu achava "de velha".
13- Os mais jovens já riram de algumas de minhas gírias;
14- A gritaria e risadagem infinita dos adolescentes me cansam a beleza.
15 - Não faço mais exercícios físicos apenas por motivos estéticos.
16- Não tenho mais a menor tesão em sair pulando atrás de um trio elétrico. Na verdade nunca saí, mas antigamente eu tinha vontade.
17- Finalmente descobri que eu não era uma adolescente horrorosa;
18- Aliás, não consigo mais achar nenhum adolescente horroroso;
19- Nunca mais me senti horrorosa;
20- Não fico mais imaginando o que vou ganhar no Natal.
21- Jamais namoraria um hippie


28 de jan. de 2014

Não sou tão má

Que me conhece sabe que não sou muito fã de cães. Acho que maltratar animais é algo intolerável, mas daí a ter um bicho em casa vai uma grande distância. Eu defendo veementemente os direitos dos animais - contem comigo! Desde que eles sejam felizes longe de mim.

Tempos atrás andei postando um texto implicando com a cara de vários bichinhos. Para não dizerem que sou do mal, segue abaixo a lista de uns irracionais que passaram no meu controle de qualidade:


1- O boi. Não parece malvado, pelo contrário: é um churrasco ambulante. Como não gostar dele? Olham para a gente tranquilos, não exigem carinho, não enchem o saco, quase não mugem, não cantam de madrugada... Dá pra ter bois e ser feliz.

2- Ovelha: Ótimas para enfeitar propriedades rurais. Seriam excelentes animais
de estimação. Não sei como ainda não pensaram nisso. Eu preferia mil vezes chegar em sua casa e me deparar com uma ovelha do que com com um cachorro.

3- Golfinhos: gosto. São sorridentes, animados e nos acham o máximo!   Pelo menos é o que aparentam com aquele sorriso constante. Quando enxergam um ser humano parecem exclamar "bem-vindos!"  ou "Que bom que vocês vieram!"  Tomara que não seja falsidade. E eles brincam, fazem gracinhas, são inteligentes. O ideal é que fossem menores, de forma a caberem em nossos aquários, mas tudo bem.

4- Ursos polares: tá certo que bastaria uma arranhada para me fatiar todinha mas não pensemos isso. O fato é que são lindos e sempre tão bem vestidos naqueles casacões de peles! São espaçosos mas por isso mesmo têm o bom senso de morar no Alasca,  não em minha casa. São independentes, reservados, ficam lá no gelo deles e ainda posam para o National Geografic sem frescura.

5- Zebra: muito graciosas. Difícil acreditar que não sejam brinquedos. Sempre quis ter uma criação de zebras. Já fantasiei por dias incontáveis que comprei uma pequena fazenda cuja atração eram as zebras. Muitas. Minha fazenda seria parada obrigatória para os turistas que viessem à cidade. Hordas de estudantes viriam conhecer a Fazenda Zebrinha e comprariam souvenires irresistíveis: de chaveiros a casaquinhos, bolsas, canetas e tênis - tudo listradinho. Zebras são cavalos cheios de estilo.  Ainda vou ter minha própria uma coleção de zebras.

6- Borboletas. Todos gostam de flores. Imaginem flores voadoras! Pois isso são as borboletas. Não fazem barulho, não picam, não ameaçam, não fazem cocô na gente. São leves e ainda decoram nosso ambiente.  Pena que não curtem muito sexo, por isso acabam colocando poucos filhotes no mundo...

7- Passarinhos fora da gaiola: são tipo borboletas, só que mais pesadas. O que se diz de uma borboleta se pode dizer também de um passarinho. O que estraga é a mania de fazer cocô justamente na pintura do nosso carro.

8- Onças, pumas, tigres... felinos de grande porte são o máximo. E sabem colocar banca: um rugido deixa todo mundo de pernas bambas.

9-  Águias: não sei bem por quê, mas acho que elas também têm certa imponência e elegância. Não são tão bem vestidas quanto os felinos e ursos, mas devem ter alguma ascendência nobre porque sabem se portar. E moram bem, ocupando sempre nos "apês" de cobertura.

10 - Iguanas e camaleões: igualzinhos a um monte de gente que conheço: feios de rosto mas bonitos de corpo. Hoje em dia é o que importa. Têm um aspecto meio carnavalesco mas vá lá, um toque de descontração é sempre bem vindo.  Chamam atenção e dão ao ambiente um ar exótico. Todos deveriam ter um coiso desses dentro de casa (menos eu). Ficam ótimos em janelas ou próximo às portas. Evite colocá-los na mesa de centro.

2 de ago. de 2012

Desilusão e auto estima



Ao verem essa charge várias mulheres costumam dizer que "é por isso que eu não espero nada deles."  Mas pra mim isso não é um avanço nem esperteza: é rebaixamento.

O normal é esperar sim. Se uma pessoa amiga diz que vai ligar, o normal é esperar que ligue. Se um paquera diz que deseja te ver de novo, o normal é esperar que isso aconteça. Não esperar nada e não acreditar em nada é um sinal de que você precisa se adequar aos vermes para não ficar sozinha.  É a admissão da amargura. Deveríamos espernear contra isso.

Quem se esforça para acabar achando isso normal e consegue, mais tarde vai agir da mesma maneira. Ou seja:  uma pessoa assim está fadada a diminuir.

Não vale a pena se relacionar com alguém de quem não se pode esperar nada. Uma pessoa assim é um zero à esquerda. Se eu espero é porque confio e a acho confiável, ou seja: é alguém do meu nível. Um homem que vez por outra diz que vai me ligar mas não o faz tem mais é que ir à merda.Não acho que devo baixar o nivel dos meus relacionamentos e aceitar isso como sendo normal.

A mulher que não acredita mais se tornou amarga. E se continua se relacionando com pessoas filhas da mãe é sinal de que a auto estima dela foi corroída. Sendo assim tenho mais pena das que não esperam nada dos outros do que das que esperam e quebram a cara. Quem consegue quebrar a cara também consegue perceber que não precisa de certos tipos de pessoas.

6 de jul. de 2012

10 maneiras de ser respeitado no meio jornalístico

(Copiado descaradamente do blog "Oásis da Inutilidade")



Mais cedo ou mais tarde o foca percebe que precisa de algo mais para imegir socialmente entre os novos colegas jornalistas. Ser legal não é suficiente. Ser bonita(o) serve, mas apenas para o sexo oposto - e às vezes para o mesmo, também. Ser muito inteligente causa discórdia. Para que o pobre neófito redacional não se sinta perdido ao adentrar no viveiro de cobras malcriadas da redação, eu ofereço aqui carinhosamente algumas dicas preciosas. Mas atenção: não me responsabilizo por eventuais efeitos colaterais.

1 - Seja escroto


Caso você ainda não saiba, ser bonzinho está totalmente fora de moda. Só é respeitável o jornalista que tem pinta de malvado e fala muito palavrão. É claro que poucos são maus de verdade, mas o importante é a aparência. Você nem precisa ser totalmente perverso; basta demonstrar um certo viés negativo, obscuro, como se estivesse perdendo a luta para não se deixar levar pelo lado negro da força.

Quando as pessoas olharem para você, não é necessário que vejam um psicopata completo. Meio psicopata já basta. Sua imagem deve deixar uma leve incerteza no ar sobre se você realmente tropeça velhinhas na rua, cuspiu no tapete do Papa ou peida em elevador cheio.


2 - Fale mal de tudo


É uma clara continuação do primeiro tópico: nunca algo estará satisfatório para alguém realmente malvado. No seu jornal, o pauteiro é burro, o editor é anta, o chefe é jumento, a empresa é uma Arca de Noé e os textos publicados são todos uns excrementos - exceto o seu e de um ou outro amigo próximo. Aliás, quando o seu texto sai ruim, a culpa é do editor. E se você é editor, obviamente, os repórteres é que são os analfabetos.

Se este procedimento for feito da maneira correta, em vez de ser execrado você será respeitado. Eventualmente poderá ser demitido, mas continuará respeitado.


3 - Use drogas


Não só as lícitas, seu bundão. Mas comecemos por elas. Encher a cara é elementar para interagir, de preferência tendo várias histórias hilárias de porres. Quanto maior o ridículo já passado por conta do álcool, maior respeito ser-lhe-á imputado.

Um dia desses conheci um antigo repórter da Província e do Diário perambulando como mendigo na rua, barba de noé, fala atrapalhada, mas frases coesas. Ele contou rápido sua história, citou muitos jornalistas que conhecia e no final, disse "perdi para a cana...". De súbito, me veio um respeito enorme por ele.

O cigarro também dá um certo ar de confiabilidade. Não se preocupe, ninguém olha para seu pulmão preto. E cada vez menos jornalistas se preocupam em negar o uso da maconha, já tão comum. O fininho é útil, pois dá um ar de guerrilheiro zapatista. Já outros entorpecentes não são assim muito necessários, mas se quiser usar, tanto faz. O que é um peido pra quem tá cagado?


4 - Tenha pose


No fundo, jornalistas se acham. No raso, têm certeza. Treine o olhar de Clark Gable, segure o cigarro com pose de atores dos anos cinquenta e mentalize "eu sou safo" como um mantra. Tudo isso ajudará a convencer os outros e você próprio do estupendo glamour da profissão. Você tenta se segurar, mas isso exala inevitavelmente do seu ser.

Sua pose deve mostrar o quanto você é mau. Na hora do trabalho, é interessante alternar momentos de gargalhadas em altos decibéis com olhares de seriedade profunda. Só não alterne demais os dois momentos, porque esquizofrenia e bipolaridade ainda não são desejáveis na redação. A não ser que você seja chefe, claro.

5 - Auto promova-se


 De vez em quando comece frases com expressões do tipo "quando eu ganhei o prêmio tal..." e "porque a minha manchete de ontem...". Jornalista não tem o menor pudor em se exibir. Em qualquer trunfo passe verniz, multiplique por três e propague com um certo tédio, como se já fosse corriqueiro na sua vida.

Em momentos que quiser mostrar sua humildade e modéstia, solte frases com a seguinte fórmula: "Fulano nunca ______(algo que você já fez) e já tá se achando". Por mais ridícula que a auto promoção soe, é incrível como funciona. É uma espécie de marketing pessoal extremo.

Óbvio que se você exagerar, vai acabar sendo mal visto. A não ser que seja chefe, claro. Chefe é sempre mal visto.

6 - Seja uma pseudo-enciclopédia


Seja metido a saber de tudo. Soltar jargões profissionais de qualquer área faz você parecer muito safo. Afinal, em poucos meses de labuta, qualquer estagiário já entrevistou macumbeiros, astronautas, artistas querendo aparecer, políticos querendo desaparecer, físicos nucleares, policiais torturadores e até acopladores de carga de caneta Bic. Basta escrever uma matéria especial sobre construção civil para o jornalista ganhar especialização em engenharia.

Assim, você sempre sabe um pouco mais do que todo mundo. Sobre qualquer fato relevante na política e economia, você é capaz de soltar "mas isso não é tudo" ou "tem muita coisa por trás disso que vocês não sabem...". Nunca revele o segredo, claro. Apenas deixe no ar que seu conhecimento sobre o tema tem a espessura e profundidade de um buraco negro alargado pelo Kid Bengala.

7 - Seja competente

De forma alguma chega a ser uma condição impreterível, mas até que ajuda. Mas atenção: só tem o efeito esperado se praticada em conjunto com as últimas duas dicas.


8 - Seja estranho


Jornalista não é muito normal e tem orgulho disso. A esquisitisse é uma forma de se diferenciar dos seres inferiores - tipo publicitários, marqueteiros e afins. Então aflore seu lado underground e regue sua genialidade incompreendida. Use roupas "originais", tenha seu próprio "estilo" e demonstre "personalidade", assim mesmo, entre aspas. Lembre-se: qualquer coisa diferente e de difícil compreensão tende a ser respeitada.




9 - Dê para alguém

Não é só dar uma vezinha. E também não é para qualquer um. Namorar um superior ou veterano de redação pode ajudar na interação com os demais colegas. Vale para relações homo e hetero, já que redações são apinhadas de viados. Se não funcionar para ganhar o respeito de todos, ao menos de seu par você já conseguiu.


Agora, se quiser sair dando para todo mundo, ninguém vai reclamar. Só temo que isso afaste você do objetivo deste post.

10 - Integre-se a uma


Essa aqui vale até para grupos de cefalópodes. Se depois de tudo isso você não ganhar a simpatia dos colegas, faça vestibulinho pra publicidade e seja feliz.
Filipe Faraon

22 de ago. de 2011

Os presos de Palau, da República da Micronésia.


"...  As storyboards são vendidas até por 1,500 dólares cada uma. O dinheiro vai para um fundo de restituição. É isto mesmo, cada preso tem que trabalhar para restituir o que roubou da sociedade. Não se paga a dívida social apenas sofrendo. Se paga pagando de verdade o estimado prejuízo que se causou. Se não paga não sai.

Minha amiga e anfitriã trabalhou na cadeia com restauração de destinos por muitos anos. Ela diz que 90% se recuperam e não reincidem. A comida é boa e as acomodações decentes. Me pergunto quais são os abismos que separam as nossas culturas..."


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/08/remoto-e-insignificante.html#ixzz1VlSs5Qsn
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15 de ago. de 2011

O problema é o frigobar

Gostei bastante  deste texto da Danuza Leão, com o qual me identifiquei. bem que eu iria escrever sobre isso mas ela o fez primeiro e melhor do que eu faria. Não se trata de uma obra de arte literária, mas é gostoso de ler. Ah: sou fã assumida da Danuza.


"Morar em um hotel é o meu sonho de consumo. Aquela sensação de transitoriedade, de que você não está amarrada a nada, de que está em trânsito pela vida, sem uma só responsabilidade. Tem coisa melhor? Fora o conforto. Se estou em casa e quero comer um queijo quente, nunca tem o queijo ou o pão acabou (e isso é apenas o começo). No hotel, é só pegar o telefone e em segundos chega um sanduíche perfeito, ainda com direito a uma folha de alface e uma rodela de tomate, coisa rara de encontrar, pelo menos na minha geladeira. E a lavanderia? Quando quero usar a camisa que mais adoro e descubro que ela está com uma mancha, é só chamar a arrumadeira e dizer, tranquilamente, que preciso da peça pronta até as 7 da noite. Esses milagres, só em hotel.

Os porteiros, na maior gentileza, me dizem “Bom dia, senhora”, “Boa noite, senhora”, “Pois não, senhora”, sempre com a maior boa vontade, e se precipitam para levar meus embrulhos, como se eu fosse um bibelô de porcelana, frágil, sem condições de carregar um pacotinho com um par de meias, oh, maravilha. E, se às 3 da manhã precisar de uma aspirina, um envelope ou um tubo de cola, nenhum problema: é só pedir e logo aparece alguém com tudo em cima e um grande sorriso de felicidade. Com uma boa gorjeta, então, nem se fala.

Nunca pensar na existência de um bombeiro, de um eletricista, de um carpinteiro ou pintor, nunca mais enfrentar uma lista de compras, que felicidade. Nunca mais ter que ir ao banco para pagar a conta do telefone, da luz, do gás; jamais, jamais ter que providenciar o conserto da televisão. Não é tudo o que um mortal pode almejar? A manutenção cuida de tudo, santa manutenção. E tem mais: quem não quer ter a roupa de cama e as toalhas do banheiro trocadas todo santo dia? E nada de precisar se preocupar com o sabonete, o xampu, o algodão, os lenços de papel e o cotonete. Usou, o hotel repõe. Se existe um paraíso sobre a terra, seu nome é hotel.

Há quem diga que um quarto de hotel é impessoal, mas isso pode ser resolvido. Basta levar umas fotos, uns objetos, um pequeno som, uns CDs e pronto: o quarto vira um lar. E abrir o frigobar e ver aquela perfeição – Coca-Cola, guaraná, água tônica, umas barrinhas de chocolate, pacotinhos de amendoim e castanhas, garrafinhas de uísque, vodca, campari, até de champanhe. Tem melhor?

O frigobar: é exatamente aí que a coisa pega. Uma hora bate uma irritação de saber que ele está lá todos os dias, exatamente igual, e ter certeza de que ele será eternamente o mesmo, que jamais se vai encontrar ali um pedaço de carne assada que sobrou do almoço e um pão de forma para fazer um bom lanche. Isso não é vida.

Um sanduíche bem caseiro, uma cerveja bebida na lata, um banheiro desarrumado porque alguém passou por lá; e saber que na manhã seguinte vai poder dar uma bronca na empregada. Essas podem ser as próprias imagens da felicidade."

REALIDADES BRASILEIRAS