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28 de ago. de 2019

BONDADE CÍNICA

Bondade cínica.
Falsa bondade. 
Ou cara de pau. 
Sei lá qual nome você prefere dar. É sobre isso que quero falar hoje.

O sonho desses "novos bondosos" é lindo: fronteiras  abertas sem critério pra todo aquele que quiser entrar. E o dinheiro surgindo.  Mas e se alguns forem comprovadamente inimigos da nossa cultura?   "Não importa. Depois a gente pensa nisso". 

Um otimismo invencível e insano entope essas cabeças a despeito da realidade, a despeito da experiência, a despeito dos noticiários, da lógica e da matemática. "Não, com a gente vai dar certo. Tudo se ajeita. Nóis é brasileiro!".

Percebo uma certa expectativa de canonização no sujeito que deseja acolher os de fora às custas do  sofrimento dos de dentro. 



É como colocar o filho pra dormir ao relento enquanto o hóspede fica na cama. Ou como tirar o pão dos filhos pra ser legal com o desconhecido. 

Não sou contra partilhar o pão!   E não sou contra empobrecer para socorrer. Pelo contrário!  Isso faz parte da minha fé!   Mas generosidade só é generosidade se for uma decisão livre e consciente de cada um.  Generosidade na marra e às custas dos outros? Não. É cinismo. 

Bondade só é bondade se for livre. Se for por amor é cristianismo. Se for às custas dos outros, é opressão.   Deus me livre desse tipo de "bondade"!
Bondade, pra mim, é abrir mão do que é meeeeu, particular. Eu sozinha é que devo sentir falta daquilo que doei.  Sou  EEEUUUU que tenho que pagar por minha generosidade.
Se minha bondade funciona às custas dos outros não sou boa, sou má. Ainda que não perceba.


Essa "bondade moderna" é assim: quero dar o que é do povo, na expectativa de que isso não me afetará absolutamente. Meu salário não encolherá, o imposto não aumentará, não preciso ceder o quarto da minha casa nem colocar o estranho em minha mesa. Minha "bondade" não afetará minha vidinha.    Ah, vá!

A "bondade moderna" se apoia na expectativa de que o dinheiro doado brotará do chão ou do bolso do outro, mas eu não serei afetado. O governo tira de algum buraco, sei lá qual.  Saúde? Segurança? Educação? Infraestrutura? Não me interessa, desde que eu não perceba o impacto. E se perceber, xingo o governo.

Uma pergunta:

Alguém aí está preocupado com a comprovada DEGENERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA dos brasileiros que vivem na fronteira com a Venezuela?  Sabiam que eles vivem com medo pois a violência aumentou muito?
  Mas quem se importa? Isso é tão longe e onde eu moro, não é?  Eu pago de "cristã caridosa " enquanto quem se lasca são eles, lá longe. 

Tudo liiiiiindo e em nome de Jesus!

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