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21 de mai. de 2017

Sol e praça

Esses dias me vi em casa tranquila e feliz da vida.  Não com aquela felicidade esfuziante dos acontecimentos notáveis. Não. Era o estado de quem apenas está bem.  Então pensei: onde eu gostaria de estar agora para que meu dia seja perfeito? Estranhamente eu não soube responder.

O dia estava lindo, o sol pipocando no céu. Um exagero tropical. Que tal uma praia? Não. Praia perdeu um pouco a graça depois que tive melasma. Queria estar no sítio? Não, hoje não. E que tal um passeio de lancha? Hmmm... Outro dia. E ficar em casa, que tal? HHmmm... Não, eu queria estar em algum lugar.

Por que achei que estando em outro lugar as coisas seriam ainda melhores? Porque o sol estava lá. O sol me chamava, a rua me chamava e ficou convencionado que quem fica demais em casa está se escondendo de alguma coisa. Um dia, dois, tudo bem mas tempo demais já é tristeza recalcada. Como ser humano saldável era lógico que eu deveria pelo menos querer estar "lá não sei onde".

Hoje descobri um lugar perfeito para ir quando não se quer ir a lugar algum e ao mesmo tempo não se quer ficar em casa:  praça. Mais exatamente Praça Batista Campos.

Pois hoje de manhã me entalquei de animação e parti para o povo. Rua. Carros - não muitos, pois é domingo. Caminhando na praça vi que ali é o lugar perfeito para se estar em qualquer ocasião: na alegria ou na desgraça, na paixão ou na indolência.  Pra começar: todos pareciam calmos e felizes. Tudo era muito família e parecia que ninguém tinha problema, sequer uma unha encravada. Velhinhos pegando ventinho, gente mimando seus cães... Havia cão de todo o jeito e tamanho, pra todo gosto. Morri de rir com uma garota passeando com um gatinho de coleira. O pobre se contorceu, esperneou mas conseguiu escapar e se enfiar debaixo de um carro. E as moças pedindo ajuda pelo amor de Deus.  Vi também um monte de crianças adoráveis. Dá pra ficar depressivo num lugar assim? Não. Ainda mais quando as crianças estão sob os cuidados dos outros  e tudo o que você tem que fazer é olhar. Garota de laçarote verde enorme, dois irmãos gêmeos circulando de bicicletas, garotinha desenhando, outra correndo, um monte de garças lá em cima nas árvores, casais caminhando de mãos dadas, grupos de bike, turminha tomando água de coco, homem vendendo bolas coloridas... A praça estava linda como um pequeno paraíso permitido no meio do caos. Aquela é a vida real? Sim? Não? 

Era assim que o mundo tinha que ser: todo mundo em paz levando a sua vidinha na boa, sem grandes preocupações e com roupas coloridas. Patins, bicicletas, tênis, sorvete, água de côco, cachorros, gatos, velhinhos, crianças, figuras solitárias, figuras esquisitas, figuras engraçadas... 

Voltei pra casa cansada e completa. Era disso que eu precisava: misturar com as pessoas, sorrir para elas, puxar conversa com uma vendedora.  Agora sim. Quando o meu lugar não for aqui nem aí, decididamente será lá.   Bora pra praça!

18 de mai. de 2017

Esquecimentos

Daqui para a frente quem eu passaria a ser se esquecesse quem fui? Eu me comportaria da mesma maneira? Sorriria do mesmo jeito?  Como trataria as pessoas? Se tudo o que fazemos é motivado pelo nosso passado, quem seria eu sem passado?  Qual é a minha matéria prima a partir da qual a vida me esculpiu?

As únicas pessoas que não tem passado são as crianças. Eu voltaria a ser criança? Voltaria a acreditar e a perdoar facilmente? Dormiria sem preocupações ou sobressaltos? Seria uma pessoa boa e confiante? Seria feliz? Uma pessoa sem passado é uma criança e o fato de desconhecer, pelo esquecimento, todos os sofrimentos e perigos do mundo, me jogaria imediatamente no colo de todos os perigos e sofrimentos do mundo.

O esquecimento só seria bom em um mundo bom. Aqui, precisamente onde estamos, o esquecimento seria uma breve felicidade e imensa vulnerabilidade.

Na vida já tive medo de não conseguir esquecer e já tive medo de esquecer, perdendo assim meus pequenos tesouros do passado.

Ainda que as lembranças boas venham acompanhadas de lembranças ruins, como um colar de contas variadas, ainda assim eu o quero todo. Meu passado sou eu e tudo o que fui é o que me explica hoje e eu preciso dessa lógica. Além do mais, se um dia a felicidade se for, precisarei ainda mais me compensar com a felicidade passada. Não posso perder nada. Não posso esquecer.

15 de mai. de 2017

TROVA DO DIA





Não chores se não puderes
teus sonhos realizar:
Chora quando não tiveres
mais razão para sonhar.


Antônio Juraci Siqueira
Poeta paraense

Essa me deprimiu


Sabe quando a gente começa a ler uma história crente de que se trata de um lance de auto ajuda? Pior: sabe quando a gente está precisando de uma bombada pra cima (no bom sentido)? Pois comecei a ler o texto VOANDO (no blog Beck em Palavras). Estava gostando. Jurava que teria um final tipo assim, cristão-esotérico-budista-contemplativo pendendo pro nirvana, mas... 

Olha só o diálogo:

"- Como se faz para voar tão alto? – perguntou o mais novo.
- Não sei explicar.

- Mas você acabou de voar! Eu tento todo dia, todos os dias, nunca consigo, sempre caio.

- Tem coisas que você simplesmente faz. Vem de dentro. É com o coração. Não se pára para pensar antes de fazer algumas coisas. Não é tudo que fazemos com o raciocínio. Eu nunca parei para pensar antes de voar. Enquanto estou voando, lá no alto, eu não penso em como fazer; simplesmente começo a fazer. E quando vejo, já voei.
- Eu queria tanto conseguir voar...
- Por isso não consegue. Fica ansioso demais.
- Então eu nunca voarei?
- Sim. Voará. Você só precisa aprender a relaxar.

- E só relaxar?
- E acreditar que você pode. Se você acreditar que poderá voar e relaxar, quando você não perceber, estará lá no alto, comigo. Tchau.


Alguns meses depois, deitado na grama de um parque qualquer, completamente relaxado, o mais novo ouvia uma música ao longe e começou a sonhar que estava voando. Sonhou com tanta força, que acreditou que fosse verdade. Quando deu por si, continuava deitado na grama.
Ele nunca voou."

P.Q.P! Fiquei mal. Até parece cruzamento de Caetano Veloso com Paulo Coelho. Será que nunca vou voar?

12 de mai. de 2017

Parábola do amor (atenção: esse texto não é de minha autoria!)


O Semeador do amor saiu a semear.

Ao semear a sua semente, uma caiu à beira do coração, e, na mesma noite veio um sedutor e a roubou.

Outra caiu num coração que parecia estar aberto. Mas as muitas alternativas logo inibiram a semente, pois, no fundo, o coração não queria se deixar penetrar pelo amor.

Outra semente caiu entre muitos concorrentes. Sementes de todos os tipos de espinho, e que pegam em qualquer lugar, especialmente no chão seco, carente e desértico. Assim, sufocada, a semente do amor morreu antes de morrer no chão da umidade fértil.

Enfim, uma das sementes caiu num coração que queria amar, e que estava limpo e preparado; pois, nele, não havia sementes de enganos. Esse amou, foi feliz, e conheceu o sentido do encontro entre um homem e uma mulher.

Quem tem coração para sentir e entender, que sinta e entenda!

Caio Fábio

10 de mai. de 2017

Junho de 1983

Não pensei que aquela sensação fosse possível. Não se limitavam a meras lembranças não. Foram sentimentos intensos, como se de fato eu tivesse retrocedido anos.

Na verdade jamais cheguei a desejar, como outras pessoas, ser novamente criança. Essa vontade nunca tive por diversas razões. Só que quando entrei naquela sala tudo me emocionou.

Lá não havia nada que pudesse ser considerado bonito: era uma sala de madeira com a pintura gasta. O chão igualmente rústico. A mesa da professora era improvisada por outras duas mesinhas menores juntas, cheias de livros. Um ventilador de teto, cadeiras de fórmica azul claro com braço para escrita e o mais interessante: na sala toda um cheiro inexplicável de criança. Exatamente isso.

O cheiro foi o que mais me impressionou e emocionou também. Não me refiro a colônia com cheirinho de bebê. Era muito mais que isso: cheiro de inocência, de gente limpa do pó do tempo, de vida explodindo, de sorriso sincero, de flor abrindo, de dia amanhecendo, capim fresco, pão quentinho, gotinhas de suor na testa macia; cheiro de gente que não partilha da podridão do mundo. Era O Perfume, O Cheiro.

Não sei como essas criaturinhas engraçadas e acesas conseguem deixar rastros tão profundos por onde passam. Foi então que lembrei nitidamente do que fui e não sei como ou quando deixei de ser. Até aquela data eu ainda não havia notado o tempo passar. Estava distraída demais com meus afazeres. Ainda não havia incorporado esse costume de olhar vez por outra no retrovisor da vida.

Naquele dia me assustei. Não com um novo sentimento, mas em perceber o quanto havia mudado a minha maneira de enxergar tudo ao meu redor. Em qual momento fatídico aquele “espírito de criança” caiu fora? Como consegui afugentá-lo? Só sei que por alguns instantes “ele” voltou. Pude sentir! Não precisei fechar os olhos.

Acho que ninguém ali notou o momento mágico em que novamente fui tomada. Pelo que? Fui tomada. Senti de novo aqueles sopros do passado: o esmero em arrumar o material na pasta, a alegria do uniforme novo, a impaciência para que chegasse logo a hora de ir ao colégio, os passos largos de manhãzinha, o prazer de sentir o cheirinho dos livros e cadernos novos recém-encapados. Deu até vontade de chorar. Inesparada viagem!

Outras lembranças doídas também vieram, assim como o vento traz a poeira. Lembrei da insegurança, da timidez, da sensação de não ser aceita. Lembrei de que era desajeitada e feia mas não sofri. Cenas e cenas saltavam em minha mente como se estivessem séculos espremidas no túmulo e de repente agarrassem uma chance única de voltar à vida para serem sentidas novamente. Vi os primeiros sinais da subserviência masculina diante da beleza feminina - as meninas bonitas, os meninos iniciantes... Tudo passageiro, frágil e repetido.

Disso tudo lembrei e senti um grande carinho, de mãe para filha, por aquela menina que fui: sensível, insegura e sonhadora.

Estranhamente tive a impressão de que aquela era a minha sala de aula, aqueles bonecos e letras sorridentes estavam ali para mim. Senti muita vontade de chorar, um nó na garganta, mas ninguém entenderia essa atitude ali, numa reunião de pais e mestres. Emoção estranha, difícil de compartilhar.

Voltei a mim, vim para casa com minha enorme barriga de grávida. Pela primeira vez na vida tive saudade da minha infância.

7 de mai. de 2017

Eu sou superior. E você?

Nada contra moda aplicada a roupas, aos móveis, à maquiagem, ao design de veículos etc. Nada, nada contra. Futilidade? Não acho, mas se for, e daí?  Viver só no basicão não tem graça nenhuma. Mas quer saber o que me irrita, mas irrita mesmo? É a moda aplicada às idéias.

De repente baixa na cabeça das pessoas um certo tipo de unanimidade invencível e irritante. Todos passam a falar a mesma coisa, ter a mesma opinião e fechar os ouvidos a qualquer argumentação contrária.

De quê estou falando, mais especificamente? Dessa mania chatésima de desmerecer a raça humana. Para começar vou logo dizendo: gosto dos seres humanos, tá? E sei que estou nadando contra a corrente.   Agora é chique dizer que os humanos desaparecerão do planeta e isso é bem feito pra nós! Que somos maus, burros e nada presta.

Bem feito por quê? Até parece que somos a única espécie animal a desaparecer ou prestes a isso. Um número incontável de animais levaram o farelo ao longo dos milênios e ninguém diz "bem feito!" Qual o pecado que eles cometeram? Comeram muito hambúrguer com Coca-Cola? Mataram seus semelhantes? Porque nosso possível desaparecimento é castigo pelos nossos atos mas o dos mamutes não? O quê que o mamute tem que eu não tenho?  (Não responda.)

E está na moda desmerecer até a nossa capacidade intelectual. Há os que simplesmente a negam!  É mole?  Há hereges por aí (fogueira neles!) afirmando que a formiga é mais inteligente do que o homem porque ela sabe se organizar maravilhosamente bem, que nenhum de nós sabe fazer uma teia como uma aranha, portanto seria um erro dizer que somos superiores a elas, blá blá blá.    Quando a bobagem é muito grande, mais extensa e trabalhosa fica a defesa. Por isso é que tem gente que parte logo para a ignorância.

Mande uma aranha fazer um pudim, um avião, um perfume ou lapidar uma pedra. Mande!  Mande a aranha se esforçar para ser "uma aranha melhor e mais humana" ou "pior e mais desumana". Nada. nenhum tipo de apelo entra naquela cabeça peluda.  Ela não tem capacidade para ser nem melhor nem pior do que é. As aranhas, assim como os pássaros e peixes, são umas lindas maquininhas, interessantes mesmo, mas não passam daquilo. Podem até ter sentimento mas até isso é limitado e não sujeito a raciocínio ou constatação de nenhuma espécie.   Se um cachorro te ama (ai que liiiindo) e você morre, ele pode morrer seco no portão da sua casa esperando o retorno do dono que jamais retornará. Sabe o que é isso? Falta de capacidade de entender.   Ele nada sabe sobre o tempo ou a transitoriedade da vida. Sobra um apego assim, infindo, sem raciocínio, sem opção, que você acha lindo mas é apenas um tipo de pane.

Nós temos capacidade de nos tornar anjos ou demônios. Há um mundo de possibilidades dentro de nós e isso é sinônimo de riqueza. Podemos criar e destruir, amar e odiar.

Pense numa máquina de costura que faça pontos absolutamente precisos. Você, ser  humano, jamais conseguirá costurar como ela. Jamais será tão exato. Isso faz daquela máquina "um ser superior" a você?    Pois é. Aí entram baleias e golfinhos, que encontram o caminho de casa no fundo dos oceanos. São máquinas de costura. Jamais dirigirão um carro. Só sabem rebolar pelos oceanos. Chip único.

Gosto desses bichinhos e clamo pela sua preservação mas não dá pra comparar com os humanos. Somos lindos, criativos, misteriosos e imprevisíveis. E a imprevisibilidade é fundamental à beleza. Em toda beleza há surpresa, há um "OH!" exclamando aos sentidos. Qual surpresa esperar de uma abelha? Pode até haver uma aqui ou ali que voe em quadrado, ou em círculo, ou que, no vôo, saiba escrever I Love You no céu (pouco provável)  mas  nada que se compare aos deuses patinadores das olimpíadas de inverno.  Não que o vôo das abelhas seja inferior, mas é que nós criamos e aprendemos mas elas não. O chip delas é desse tamaninho. Foram programadas para só fazerem aquilo, para sempre.

Sinceramente sinto-me ofendida ao me compararem com uma minhoca. Já o fizeram e nem sou magrinha. Pessoas simplórias quando me ouvem dizer que sou superiores àquelas geléias rastejantes, criticam! E entendem, equivocadamente, que estou apregoando que temos o direito de destruir tudo o que não seja humano só porque somos superiores. Não estou dizendo isso e se para fundamentar atos bárbaros alguém já se utilizou da tese da superioridade humana eu não tenho nada a ver com isso. Ser superior é ter também a capacidade de preservar.

... "Nós não preservamos".  Não? Preservamos sim. Uns destroem, outros preservam. Eis aí a nossa variedade!  Lutamos, doutrinamos o outro... e nessa elasticidade está toda a beleza de não se saber como será amanhã nem como cada qual reagirá. Daqui a cem anos os gatos estarão fazendo as mesmas gatarias, os cavalos cavalarão do mesmo jeito mas nós... quem sabe?  Podemos resolver ter os cabelos azuis e dentes fosforescentes. É só querermos. Temos o poder e a tecnologia para isso. Eles não.

Já ouvi um mané dizer que o fato de usarmos tênis e roupas é prova inequívoca da nossa inferioridade, já que as lagartixas não precisam disso. Ai meu Deus, iluminai tais seres!  Precisamente por não poderem se adaptar a tudo é que as lagartixas não podem viver em qualquer lugar. Nós podemos,

Não precisamos de tênis: usamos. É diferente.  Esses acessórios são ferramentas para ganharmos o mundo. Poderíamos viver e morrer em climas amenos, mas como somos escrotos, não nos conformamos. Preferimos explorar e obrigar os ambientes difíceis a nos engolirem. Um urso polar não pode vir para cá. Ele morre. Mas nós podemos ir para onde ele está.

Com os irracionais funciona assim: uns só vivem se for no frio, outros só se for no quente. Há outros ainda, mais frescos, que só se dão bem se for no quente-frio alternados. Uns só comem folhas e se não tiver folhas, morrem. Outros só encaram carne e se não tiver na prateleira da selva, adeus. Nós não. Nós nos adaptamos. Tá frio? Meta-lhe casaco. Tá quente? Todo mundo pelado! O clima se alterna? Não tem problema: arranjamos dois tipos de guarda-roupa, e assim nos espalhamos sobre a superfície da terra fazendo o que dá na cabeça.

"O que dá na cabeça" é sinônimo de "destruir", alguém diria. Não necessariamente destruir. "Alterar" seria o termo mais correto. Mas você já ouviu dizer que ou destruimos as formigas ou elas destroem o mundo? Eu já vi um documentário a respeito. No quesito "destruição" não somos piores do que as formigas. Qualquer predador que se multiplique incontrolavelmente vai acabar alterando drasticamente o meio ambiente.

Quem te garante que se houvesse fortes motivos as lindas gaivotas não destruiriam o mundo?  Você tem garantia disso? Se para sobreviverem elas precisassem adquirir ouro ou a pele dos outros animais você acha que a gaivota pensaria duas vezes? Fala sério!

O leão não pensa duas vezes: tá com fome, te come. Nós é que temos essa conversa mole de ter que comer folha para preservar. Eles não pensam nisso. O passarinho está se lixando se a minhoca tem ou não família, se existem minhoquinhas famintas em casa esperando por elas. Bobeou, dançou.

Pense no cupim. Vá pregar para ele o seu discurso de não-destruição. Vá lá! Ele não quer saber! Deu chance? Adeus maloca!   Não, não somos só nós que destruimos. Tudo o que vive caminha para a morte e leva consigo um monte de coisas. A diferença é que somos suscetíveis a discursos, propagandas verdes. Eles não.

Há quem diga que "destruir com consciência" é pior do que "destruir com inocência", como os irracionais. Bem, esse juízo de valor fica por conta de cada um. Só digo o seguinte: a consciência é a liberdade para fazer ou não. Escolher, afinal. Eles não têm isso. Deram corda no jacaré e ele só consegue fazer todo tempo  a mesma coisa. Sabe, não ocorre nenhuma idéia mais interessante na cabeça dele.

Acho bom você concordar comigo porque tenho um lado irracional, portanto "muito superior", que instintivamente cai  com as garras em cima dos opositores.

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