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28 de jun. de 2013

Sapatos fosforescentes


Uma das coisas curiosas que nos tornam bem interessantes é nossa capacidade de adotar teorias, sentimentos, impressões e fantasias totalmente contrárias entre si. Nós nos contradizemos tão frequente e descaradamente que na maioria das vezes nem nos incomodamos com isso. Poucos pensam a respeito de suas próprias incoerências.

Coerência é utopia?

Nunca esqueci de uma entrevista que li, certa vez, concedida por um escritor ateu. Ele era ateu até a medula mas confessava humildemente a inconsistência de suas emoções, pois tinha muito, muito medo de morrer e ir para o inferno.  Mas como? Não sei como, ele não sabia como, mas era assim. Não o critiquei. De certa forma achei bonito um homem tão inteligente fazer as pazes com sua própria natureza e confessar na boa que as coisas são como são. Somos estranhos, nem tudo faz sentido e talvez a vida fosse mais chata se tudo se encaixasse como Lego.

Nada mais tolo do que tentarmos limitar com teorias as nossas loucuras interiores.  Teorizar é aterrissar. Queremos aterrissar? Acho que não. Raramente.

Sou uma fábrica de teorias. Eu mesmo as faço, conservo e as tenho para todas as ocasiões.  Se precisar pode vir falar comigo. Mas também existe aquela portinha... Sabe aquela portinha discreta no canto do quarto? Ela leva a um compartimento discreto onde armazeno todas as minhas produções mais  autênticas, esquisitas e sem sentido. Sim, tenho minha cota a confessar de sensações que não se encaixam. Um exemplo: a despeito de tudo o que creio a respeito da vida, da morte, da alma e-tal-e-tal, o meu tolo pensamento é:  Onde será que ficam guardadinhos os bebês que não puderam nascer???? Onde estão armazenados? Como se sentem? Pobrezinhos!   Aí visualizo uma espécie de berçário celestial com criancinhas roliças e sorridentes, outras meio carentes, todas ansiosas para conhecer papai e mamãe. Todas certas de que serão amadas, de que não serão abortadas, de que a vez delas vai chegar e que vão ser muito felizes. E sinto um dó de saber que muitos não vão ter chance. Eu hein!

Não faz sentindo. É como ter um sapato fosforescente verde e roxo que não combina com nada do meu guarda roupas.

Eu sei que você também tem seu par de sapatos fosforescentes escondidos no armário.

Conheço gente inteligente, esclarecida, adulta, mas que tem medo de escuro. Mesmo sabendo que tudo que há no escuro é a exata repetição do que vemos no claro. Não há mistério nem monstros nem surpresas à espreita. Essas pessoas podem escrever um livro sobre isso, podem discursar sobre essa tolice. Podem até convencer alguém!  Elas não estarão mentindo, não estarão fingindo! Claro que acreditam no que dizem! Mas tem medo do escuro.

E dando continuidade ao fato, a pergunta que se segue é: seriam as minhas impressões os tentáculos da verdade que, perdendo a paciência, tenta entrar à força na minha cabeça? Serão elas a verdade verdadeira se insurgindo contra minhas teorias esfarrapadas, querendo se impor no grito?

São tolas as teorias ou são tolas as impressões?

Existe uma verdade que quer vir à tona mas nossa mente de amendoim não permite? Há uma revelação querendo se esparramar na Terra mas sendo capturada antes disso por uma rede de teorias furadas? (Já que toda rede é furada!) Ou este é só mais um daqueles pensamentos tolos que deveriam estar no quartinho?

E aqui termino a exposição da minha inquietação de hoje.

23 de jun. de 2013

Mitos *


Um grande erro é confundir mito com mentira.  É até compreensível, já que as palavras são parecidas, só que o que expressam é o inverso, uma da outra.

A mentira não está ligada a nenhum fato.  Ela se inspira em fatos, mas não é parida por eles. A mentira é uma pluma artificial flutuando por aí, saída de ave nenhuma. O mito não.

O mito tem a mesma origem grave das profecias, dos enigmas, dos hieroglifos. Estão nos dizendo algo, mas como a gente não entende, acaba preferindo acreditar que são desenhos decorativos.

Os mitos não são desenhos decorativos em nossas cavernas. Eles são verdades registradas de modo peculiar, estranhos para nós. Eles são o que sobrou de um tempo perdido no passado. Emanam de verdades que não conhecemos, que foram soterradas. Os mitos são verdades capengas. São máquinas faltando  peças. São a carroceria de um caminhão que, como não pode mais circular só serve agora para divertir as crianças. Crianças adoram brincar em carcaças de carros. Por isso adotamos mitos. E também por isso não os levamos a sério.

A magia é parecida com o que expliquei. Claro que existe! Magias são fatos que a gente não tem como explicar. Parecem caçoar da ciência. Só que nada caçoa da ciência!  Magias são acontecimentos incontestáveis e inexplicáveis, em relação aos quais nos sentimos mais seguros se desacreditarmos.
Toda magia, quando explicada, muda de nome.

Magia explicada se chama CIÊNCIA.

21 de jun. de 2013

Nada sabem os que nada sabem


Ainda  não entendi por que é que toda vez que alguém recita a famosa frase "Só sei que nada sei" a pessoa o faz com displicência, sorrindo, como se estivesse fechando com chave de ouro alguma discussão que andava em círculos. Como se com isso tomasse as rédeas da razão e não pudesse mais ser questionado. Pois eu o questiono.

Poucas coisas são tão dolorosas do que o achincalhe das nossas certezas. "É assim que se evolui" - concordo! Mas machuca! Não dá para rir. Eu não consigo. Toda vez que concluo que "nada sei" eu o faço com a resignação de quem se auto flagela.

A menos que o sujeito nunca tenha sido afeiçoado ao ato de pensar e não passe de um "retuitador" cego, ele vai sofrer a dor do crescimento.

Não admiro gente rala.  É muito fácil pisar no que os outros construíram e sorrir dos desmoronamentos mas experimente construir seu próprio castelo, conclusão por conclusão, e depois descobrir que nada daquilo merece um alvará.

Descobrir que seu saquinho de certezas sempre esteve furado é duro. Constatar que as decisões tomadas eram, muitas das vezes, amparadas por pressupostos podres e se alguma coisa deu certo você já está no lucro...

Quem proclama "nada sei" sem a gravidade que a frase merece, é um bobão. Deveria pelo menos levar uma cachuleta pra acordar pra vida. A postura que se espera depois da constatação é a testa franzida e uns segundinhos de silêncio logo após a grave proclamação.

Somos assim: temos a mania de aguar tudo. Qualquer grande verdade só continua sendo grande enquanto é contestada. Nesse ponto o pessoal "do contra" presta relevante serviço à vida.  Porque depois que um conceito é totalmente aceito  a macacada o repete sem parar com aquela boca mole até que ele desbote e perca o vinco.

Algumas frases deveriam permanecer guardadas dentro de um recipiente de vidro e, ao lado, um martelinho e uma placa: "só quebre em situações relevantes.". Só assim para levarmos as coisas mais à sério.

Ah você quer uns exemplos de frases que deveriam ficar no vidro? "Mãe só tem uma", "Tudo passa", "Só sei que nada sei", "A vida é curta"...  E por aí vai. Se você tiver mais algumas sugestões, pode dizer nos comentários mas não esqueça: cenho franzido e ar grave, porque aqui é tudo muito sério.






14 de jun. de 2013

Adoro aeronaves espaciais! *

Quem não ama aeronaves? São o ambiente perfeito para viver! 

Obviamente não estou falando naquela capsula de tortura chamada de "avião". Refiro-me à imensidão asséptica dos filmes espaciais. 

Prefiro, obviamente, sol e jardins, mas isso está cada vez mais difícil de conseguir. A vida real está mais pra high tech do que pra  para Jardins Suspensos da Babilônia.  

Pra começar:  aeronaves estão sempre limpas. Poeira zero! Nada dessa coisa desprezível de encontrar palitos pelo chão, "arte popular" (pixação) copinhos de café ou camisinhas usadas. Cestos de roupa suja? Jamais! Também não esbarramos nunca com faxineiras arrastando baldinho ou vendendo Avon. 


Material: o que não é feito de liga metálica ultra resistente  é de aço inox esterilizado. O resto é blindex ou silicone. Tudo térmico, claro.

As pessoas são limpíssimas. O suor e a caspa foram abolidos pelo comandante e todo mundo acatou. 

Melhor do que as aeronaves são o cruzamento delas com as estações espaciais. Uma cidade flutuante onde é sempre dia do lado de dentro e sempre noite do lado de fora!

Não há impressões digitais nas aeronaves. Isso por dois motivos: porque ninguém anda por lá com as mãos engorduradas e porque não há crimes. Sem crimes, pra quê digitais? 

E todos são magros. Envelhecem mas não perdem a pose. Alimentam-se com uns quadradinhos sintéticos que não sei o nome mas tem o gosto que a gente quiser, dependendo do que escolhermos nas maquininhas de auto sugestão. 

Outra coisa maravilhosa: ninguém se perde. Nem de olhos vendados. Para alguém como eu, que ainda não desvendou nem a garagem do shopping, isso é um sonho! Pois a planta de uma aeronave espacial é perfeitamente memorizável. Todas tem escadas que dão para imensos túneis ao longo dos quais você verá luzes piscando e vaporzinhos azuis. Siga o vapor verde até encontrar a esteira rolante. Escolha um elevador transparente - evite os que não são transparentes para não acabar trancado em uma geladeira. Se der tranco não é elevador, é  máquina de teletransporte - cuidado!  Se escapar disso você será recepcionado por uma voz calma e amistosa. Ignore-a. Siga as setas virtuais até a arena. Entre na porta tipo pálpebra. Depois de alguns corredores-tubo você verá entradinhas que levam às encubadoras. Não bisbilhote. Siga e visite a salas de controle. De lá rapidinho você chega ao salão das escotilhas. Novas esteiras rolantes aparecem e te levam certinho até a escada caracol que leva à sala das máquinas. É lá que rodam as cenas de perseguição. Pegue a passarela ou a ponte que dá para o hall da fama, depois ao salão das Criaturas e ao salão das mini capsulas. Se quiser alguma informação entre na sala cerebral. Cuidado com o scanner  de auras. Só depois dele você chega à ala das baianas - digo - dos dormitórios herméticos, para então...  Ah, você já entendeu. 

Na correria dos filmes todo mundo sempre sabe onde está indo, ninguém se perde. Fico encantada! Talvez já exista algum tipo de Google Maps pra implantar no cérebro. Como não pensei nisso antes?

Ah: e todas as cadeiras tem rodinhas - exceto as flutuantes. 

E as roupas?  Imagine um traje que não suja, que não estraga, não desbota, não perde o vinco e não enjoa.  São confeccionados com  uma mistura de fibras de seda, silicone, metal elástico e garrafas pet recicladas. 

E tem mais! Todos os tripulantes estão plenamente habilitados a operar ou reparar uma aeronave espacial. Do mais novo ao mais velho, todo mundo é mecânico e engenheiro eletroeletrônico aeroespacial. Problemas com a energia? Todos sabem onde parafusar, qual fio cortar, qual peça trocar e a sequência correta que as luzinhas piscam. Pouco oxigênio? No problem!  Em caso de pane qualquer mané sai correndo pelos corredores e puxa a alavanca certa e ainda checa as turbinas, de quebra. O GPS pirou? Não esquenta: pegue o estagiário da ala W que ele pode digitar de primeira a sequência de numero-código que coloca tudo em ordem. Se ele não estiver no casulo pode chamar a mãe dele que dá no mesmo.

Tá de saco cheio? Tranque-se em uma capsula de hibernação e acorde só quando a raiva passar. Morreu? Congele-se até encontrarem a cura. 

Sim, eu quero morar nesses lugares onde qualquer um nasce sabendo, não existe salto agulha nem tecno brega.

Olho para o céu e suspiro... O que é que eu tô fazendo aqui?  Em algum lugar do espaço existem pessoas com porte vitalício de armas a laser. Em algum lugar do espaço existem pessoas que dominam a tecnologia, tem seus próprios micro apês e entendem o dialeto dos físicos. E tudo o que precisam fazer para ganhar a vida é apertar os botõezinhos dos painéis. Podem olhar os planetas de perto, não precisam ir a chás de panela nem pegar autorização pra fazer exames. Não são importunados por ácaros, os eletrônicos não usam fios e os celulares tem bateria inesgotável.

Em algum lugar do universo... E eu aqui, descascando batatas no porão...

12 de jun. de 2013

Nosso oráculo


Não há muito o que escrever sobre o Dia dos Namorados e estou desconfiada de que não há muito a dizer sobre praticamente mais nada nessa vida.

Sei lá, hoje é assim. Amanhã poderei estar jorrando verbo.

Às vezes paira um tédio no ar. Você não sente?  Nada de mais. O tédio faz parte da natureza de todas as coisas. É como nossa sombra: não se assuste ou se irrite com ela.

Não me refiro ao tédio bobinho, essa coisa de querer fazer um negócio legal e indefinido e ficar com raiva porque não se sabe o que é essa coisa  legal,  muito menos como fazer o indefinido. O tédio de que falo é o tédio filosófico, da monotonia dos saberes. Se não é isso, é quase isso. Bem, esse tédio pode ser  tão real mas tão real que estou sentindo agora aquela desconfiança de que já falei sobre isso antes, só que estou com preguiça de constatar.

Pra quê constatar alguma coisa? Nada mudará de lugar: estará lá se você quiser voltar depois. Tomara que você tenha mais o que fazer.

Tédio ... de ver as mesmas questões sendo apresentadas como se fossem novidade mas sem o ser. Como se alguém enganasse a platéia lançando como primeira edição um livro que já está na quadragésima.  Tédio de saber que é assim mesmo, que sempre haverá uma maioria se assombrando com "surpresas anunciadas" e que essa maioria é útil.. Tédio de ver tudo se repetir na história da humanidade, de saber para qual buraco estamos indo, de saber que não adianta saber e não adianta não saber e não adianta saber o que é melhor dentre essas duas opções. Tédio em ver que a resposta para tudo existe.

Nosso oráculo é o passado.

Está escrito: "tudo o que é, já foi, e o que há de ser também já foi, de maneira que não existe novidade alguma debaixo do sol."

A vida é uma refilmagem. Já rodaram isso zilhões de vezes mas sempre aparece uma multidão que não assistiu. E quando aparece um que assistiu e conta o final, ninguém acredita.

Nosso futuro está registrado no passado de mil modos. Às vezes em hieróglifos, línguas mortas, escrita cuneiforme, francês, dialetos estranhos, histórias em quadrinho. Está tudo lá, nas cavernas, nos mistérios dos livros de história, nas cenas vividas por gente estranhamente vestida. Não jogue fora os jornais velhos!.

Está tudo na lembrança dos nossos tataravós. A verdade vem das bochechas moles das velhinhas, escorrem das suas gengivas que não queremos fitar.  Os astros nada sabem. Para onde os ponteiros do relógio estão indo? Para o mesmo lugar de onde vieram.

Olhar para trás pode ser assustador porque podemos dar de cara com nossa própria  figura em atitude suspeita. Há alguém no passado a me denunciar:  eu mesma! com as mesmas ideias e manias, as mesmas cismas e covardias. Nossa figurinha é bem conhecida.

As pessoas maquiam a história porque tem medo de serem reconhecidas. Existem várias cópias nossas espalhadas pelo passado e ninguém quer ser flagrado frequentando certos episódios. Documentos históricos podem ser terríveis como o espelho da madrasta da Branca de Neve. Por isso adulteram os livros, exatamente por isso. E é isso que faz com que falem tanto no futuro: porque  distrai a platéia já que olhando pra frente a gente não enxerga nada mesmo.

Pelo nosso caminho há espelhos espalhados e eles nos remetem ao passado. Tudo o que podemos fazer - e de fato estamos fazendo - é virar rapidamente o rosto e seguirmos em frente. Às vezes adianta, às vezes não.

9 de jun. de 2013

Um homem maravilhento

Não sei vocês, mas em minha vida de internauta de vez em quando topo com umas mensagens edificantes que me enchem a paciência.

Esses dias foi a vez da história de um homem  patologicamente feliz. Acontecesse o que acontecesse ele achava tudo lindo.  Furúnculo no traseiro, unha encravada, chifre, sogra em casa, tijolada no carro, CD arranhado, computador com vírus, mulher frígida, filho perdulário, chefe torturador, cantada de viado,  goteira, cárie, nada o abalava. Ele estava sempre lá, rente que nem pão quente, dizendo que tava tudo cem por cento. Ele era de teflon, a ira não grudava.

Por quê cargas d'água alguém imagina que ao descrever esse ser "végeto-humano" eu iria ser incentivada a me tornar uma pessoa melhor? Pois quem pensou isso errou feio, porque comigo o efeito foi contrário.

Imagine você conhecer uma pessoa com o pé na desgraça, aí você se aproxima cheio de dó querendo ser útil e o sujeito só sabe dizer que está tudo bem e que "se melhorar, estraga". Pois então te lasca, filho da mãe!

O alegado segredo dessa estranha forma de vida seria o seguinte: quando ele acordava, respirava fundo. Antes de escolher a cueca ou o sapato, ele escolhia ... ser feliz!  Só isso. Dá pra aguentar um texto desses?

Será que alguém pode acreditar que uma pessoa dessa é normal? Será que é possível acreditar alguém possa ter inveja dessa estranha criatura?

Pois fique você sabendo que eu me alegro pela minha capacidade de sentir e de reagir aos fatos da vida.   Doeu? Eu choro. Machucou? Eu grito. Fez cócegas? Eu rio. Pisar na bola? Eu piso. Depois me arrependo.

Minha capacidade de ficar furiosa não me tira a humanidade, pelo contrário: a reafirma.  Por outro lado a incapacidade de sentir a vida como ela é pode nos anestesiar para todo o resto. Tipo: "Se eu consigo ser feliz até com um prego no pé, você tem mais é que deixar de ser frouxo e se virar." 

Sinceramente, uma pessoa que não consegue guardar os dentes dentro da própria boca não me causa admiração, causa é desconfiança. E se eu estiver com ele sozinha em um lugar deserto? Sei lá, vai que ele me chupa o sangue!

E o texto edificante ainda dizia que aquela era uma  pessoa que a gente gostaria muito de conhecer. Eu não. Eu gosto de gente bem humorada, feliz e otimista, mas ET zen não é muito a minha praia. Sai pra lá.

5 de jun. de 2013

Ranking dos empregos *




http://oglobo.globo.com/emprego/os-melhores-piores-empregos-de-2012-4624795

O site americano de empregos CareerCast.com formulou uma lista de piores e melhores empregos. Discordei de praticamente tudo. Segundo eles, os dez melhores em pregos são:

1 - Engenheiro de software
2 - Atuário
3 - Gerente de RH
4 - Dentista
5 - Planejador financeiro
6 - Audiologista
7 - Terapeuta ocupacional
8 - Gerente de publicidade on-line
9 - Analista de sistemas
10 - Matemático

Os dez piores : 

1 - Lenhador (200ª posição no ranking)
2 - Produtor de leite
3 - Soldado
4 - Operador de plataforma de petróleo
5 - Jornalista
6 - Garçom/garçonete
7 - Leitores de medidores residenciais
8 - Lavador de pratos
9 - Açougueiro
10 - Locutor de rádio


Agora na MINHA opinião a lista seria assim:  Melhores empregos:

1- Designer de qualquer coisa
2- Escritor (de livros ou de coluna de jornal ou revista)
3- Modelo (fotográfico ou de passarela)
4- Ator
5- Apresentador de programa de variedades
6- Apresentador de telejornal
7- Dono de banca de revista
8- Arquiteto
9- Guia turístico
10- Locutor de rádio

Piores empregos:

1- Agente penitenciário
2- Policial Militar
3- Manicure
4- Enfermeiro em manicômio
5- Auxiliar de enfermagem
6- Lixeiro
7- Vendedor
8- Trabalhador em linha de montagem  de fábrica (trabalho repetitivo)
9- Motorista de ônibus de linha urbana
10- Telefonista - ou funcionário de call center.


1 de jun. de 2013

Espermatozóide apaixonado

Acho que o espermatozoide se apaixona pelo óvulo. Deve começar aí a nossa empolgação com as paixões.

Ele é o primeiro, o único a chegar naquele"coraçãozão"...Aí sente-se um herói, um conquistador, único. Em seguida passa a ser um menino deslumbrado como todo apaixonado.  Porque foi engolido e isso é incrível! Quer ficar ali, não sair nunca mais. Quer ser esquecido pelo mundo  e não ser requisitado para nada que o afaste daquela doce ocupação.

Uma vez acolhido, tem tudo de que precisa. O mundo se resume àquela escuridão úmida e cheia de novidades. Aquele é o melhor lugar do mundo e não interessa descobrir se existe coisa melhor no universo. O que é "universo" mesmo?

Todo óvulo é único e solitário mas nem por isso deixa de ser O Eleito entre milhões de outros óvulos que jamais foram vistos mas que não seriam escolhidos de forma alguma. Assim é o amor, assim o amor tem que ser.

Deve ser emocionante a chegada. Míseros segundos que para ele, em seu mundinho reduzido, pareceram tantos anos de busca e espera.

Ah como somos dramáticos em nossas dores e conquistas!

O óvulo acolheu o espermatozoide, engoliu-o, canibalizou-o. E foram felizes, e se completaram por eternos nove meses. Eles são o Adão e Eva de cada um de nós.

Encontrar o amor é ser engolido por um óvulo gigante e nunca mais voltar a ser o mesmo.

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