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26 de dez. de 2012

Ilusão necessária *

Acho que cada época traz consigo uma ilusão específica.

Houve a época da doença religiosa de adoçar Deus com colar, pente e espelhinho para poder pecar a vontade e ainda chegar à glória eterna. E que tal a ilusão de que maltrapilhos residentes no deserto eram mais iluminados que o pessoal da cidade?

Houve também o delírio do poder ilimitado; líderes atiraram-se à tarefa de conquistar impérios até transformarem o mundo em um imenso quintal - que por sua vez formaria um império eterno.  Bobagem: era só o bonitão bater as botas para surgirem dezenas de sucessores se engalfinhando, conquistados se rebelando e novos conquistadores se organizando.

Nada é eterno e se não fosse a teimosia dos livros de historia a gente nem saberia quem foi Alexandre, Nero e tantos outros. Somos uma cambada de insignificantes.

Houve também a ilusão do comunismo (todos poderiam ser iguais), a ilusão do capitalismo (há riqueza para todos, basta cavar), a ilusão do grande líder idealista de coração puro  e por aí vai.

Qual seria a nossa ilusão HOJE? Tenho para mim que uma das ilusões dos nossos dias é a de que a estamos sendo ouvidos. Munidos de quinquilharias tecnológicas de comunicação, falamos muito, ouvimos muito mas somos invisíveis. Para ninguem ser acusado de repressor, distribuiram microfones para todo mundo. O resultado é obvio: onde todo mundo fala, ninguém escuta.

A internet pariu multidões ávidas por falar mas sem menor paciência para ouvir. Todos dão opinião sobre tudo e depois apagam a luz e fecham a porta. Querem ser vistos e ouvidos mas  negam-se a ouvir, pensar, considerar. Adoramos escrever mas odiamos ler.  O resultado disso são surdos falantes. Uma incrível cegueira para com nosso próximo.

Todos juram que estão diante de uma tribuna e que suas palavras fazem toda a diferença.  As frases  são bombásticas e pretensiosas, carregadas de indignação ou sentimentos que se pretendem profundos.

Se nem quem vive às nossas custas liga para a nossa opinião, quanto mais os outros! As empresas de telefonia são o exemplo mais completo do que estou dizendo. .


Acho que no fundo no fundo todos temos ideia do quanto somos invisíveis mas a gente não quer acreditar. Continuamos no Facebook, Twitter, blogs e outros cantos. Chega a ser comovente nossa necessidade de crer.

Embora o poder de influenciar seja um fato, esse fato normalmente nos foge. Nosso dia a dia só vê o vazio, a ausência de sentido, a inutilidade de tudo. Por que insistimos então?

Os mortos não são ouvidos. Por isso insistimos na fantasia da relevância das nossas declarações. Precisamos nos sentir vivos e atuantes.


Meu blog não serve para nada, não muda nada. E nem de longe esse é o meu melhor texto. Mas eu escrevo, eu insisto. Sou mais uma egoísta fingindo que no meu mundinho todos se importam com o que digo.


22 de dez. de 2012

Mamãe, zerei! - Da série "Implicando com Paulo Coelho". *

Diga a verdade:  você já estava com saudade do mestre Paulinho, não é? Pois aqui está ele de volta trazendo-nos os tesouros de seu paneiro de sabedoria.

Dessa vez o que me chamou a atenção foi a inestimável ajuda do M&M. ("Mestre e Milionário")  aos estudantes vadios. Se antes eles se viam em apuros ao serem questionados sobre a matéria ensinada na escola, se o coração disparava e as pontas dos dedos esfriavam, agora estão a salvo!  Todo o antigo suspense ligado à ditadura do saber, tudo  isso é agora coisa do passado. A qualquer que ousar questionar seus conhecimentos após tantos anos pagando fortunas aos colégios particulares, você poderá responder candidamente que:



"Não vou ficar lembrando de tudo o que me dizem, só para provar que sou culto 
e superior aos demais... "   

Que tal?  E tem mais:  

"A água limpa as impurezas mas não fica presa a elas: termina sendo eliminada pelo cano da pia. Da mesma maneira, as palavras que purificam são capazes de lavar a minha alma, mas nem sempre permanecem na memória."  

Peraí que também vou anotar. Uma caneta pelo amor de Deus!

É o que sempre digo: sábio é quem consegue calar a boca dos outros. Esse raciocínio brilhante é do tipo que nocauteia qualquer professorzinho metido a inquiridor. Vá com fé, mané! Seu tempo no vídeo game acabou de ser prorrogado!

Agora tenho que testar essa chave-mestra pra ver se também funciona em provas de concursos públicos.

(http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2012/12/05/nao-fica-nada-2/)

21 de dez. de 2012

E o coração, como vai?

E o coração? Como vai?

Não me refiro ao órgão pulsante que você traz dentro do peito. Refiro-me ao coração como "sede dos sentimentos".  Como ele está? Cheio de amor, disposição para o perdão, caridade, capacitado a "andar a segunda milha" e dar outra chance a quem pisou na bola? Talvez você sinceramente não saiba bem a resposta. Vou te ajudar: você vai ver duas fotos e depois dizer para si mesmo o que sentiu. Daí a gente deduz o resto.

Esse fofinho aí é o pequeno Adolf Hitler.  Imagina você entrar na máquina do tempo, voltar ao passado e ter a oportunidade de carregar esse bebê no colo e cuidar dele...



Outra foto: esse paciente dodoizinho aí da foto é um membro do Ku-Kux-Klan, com uniforme e tudo ("KKK: grupo fanático que perseguia e fazia as maiores atrocidades contra os negros, tipo espancar, queimar, mutilar, chutar, metralhar, humilhar").  Faz de conta que você é um médico negro...


Se todos fossem como você o mundo seria um lugar melhor?

17 de dez. de 2012

Papos motivacionais

O Facebook é um viveiro de frases motivacionais. Frases, imagens, declarações, empurrões, reflexões, puxões de orelha... Tudo liiindo! E inócuo.  Debalde. Em vão.

Não sei se o mal está em mim. Talvez simplesmente eu tenha acordada mau humorada mas não me sinto ajudada em nada com frases gloriosas do tipo "O momento de ser feliz é agora"  "Só depende de você!",  "Pra quê mágoa? Livre-se disso!", "Rancor faz mal à saúde", "Quando levantar da cama, simplesmente decida ser feliz!" "Felicidade só depende de você. Comece agora! Já! Imediatamente! Iupiii!!"   Saco.  

Não estou dizendo que não seja verdade nem que a felicidade não dependa de perdão. Depende sim, disso e de outras coisas incríveis. O problema é que sair declarando isso em frases leves dá a entender que a realidade não é complexa e que todos as pessoas tristes são, de fato, umas idiotas - e não são.  (Ou são? Já estou ficando confusa...)

Afirmar que basta levantar da cama, olhar o sol e decidir que "hoje vou ser feliz"...   Isso é quase como zombar da cara dos outros. 

Vivo lendo essas pérolas da elevação espiritual mas nunca reparei nenhuma evolução em meu ser devido a essas leituras. Agora pense em uma pessoa que esteja profundamente magoada:  será que ela vai conseguir se livrar da dor só porque viu um ursinho florido segurando a placa "Não vale a pena guardar mágoas" ?   Aliás, se estou com raiva e leio essas coisas acabo ficando com mais raiva ainda. Juro. Ou porque as frases não levam a nada e parecem zombar da minha dor ou porque quem postou quer que eu acredite que ele vive flutuando em uma nuvem acima de todas as iras.  

Sabe o moleque safo que faz malabarismos incríveis no skate? Pois é, ele passa e grita para os amigos: "vejam só como é fácil! Não sejam bobos! Qualquer um faz!"    

Isso tudo é como tentar resolver o problema dos gordos dizendo: "EMAGREÇA HOJE!"  Como é que você acha que o gordo se sente? "É fácil! Basta comer menos! Qualquer um faz!" 

"Seja Feliz!", em meus ouvidos, soa igualzinho a "Emagreça!". Não serve para nada.

Só pra robustecer essa minha tese, amanhã vou acordar, olhar o sol e decidir que "hoje vou ser feliz! Hoje nada me afeta!!!"   Se funcionar eu vou ficar com cara de tacho mas vai ser legal. Se não funcionar eu vou voltar aqui só pra dizer "eu sabia que era furada!"

Aguardem.


10 de dez. de 2012

Quem é quem *

Dizem que as mulheres têm muita dificuldade em encarar a realidade dos seus relacionamentos. Quando um homem não mostra o devido interesse ou consideração elas aceitam qualquer desculpa para não admitirem a própria solidão: ele está com a mãe doente, está tenso com o problema da irmã, preocupado com o trabalho, pressões, com os filhos, tem problemas financeiros e bla bla bla. Interessante é notar que nem sempre é ele que vem com a desculpa. Às vezes  tal príncipe nem se dispõe a isso! Então ela mesma a cria. Sua cabecinha generosa tece motivos para o comportamento inadequado de seu companheiro e ela vai levando, vai perdoando, vai empurrando com a barriga até não dar mais.

Concordo, é comum isso acontecer. Mas eu diria que esse fenômeno de longanimidade não se dá apenas com as mulheres. De carente e de louco todo mundo tem um pouco. É comum distribuirmos desculpas gratuitas por aí só para não nos flagrarmos sozinhos no mundo. Nossos colegas, amigos, parentes, conhecidos, todos já foram brindados pelo nosso olhar benevolente.

O fato é que todos temos medo da verdade e a verdade é que a vida real é bem mais solitária do que gostaríamos de admitir.

Amigos... Quem admitiria sem pestanejar que não os tem? "Sou sozinho no mundo, não consegui cativar ninguém realmente."  Cruzes, ninguém diz isso para si mesmo de coração. É duro demais. Daí nascem as desculpas: estão todos sem tempo, sem dinheiro, sem saúde, somos amicíssimos mas sabe como é a vida moderna.  São desculpas que eles mesmos não solicitaram, estão dormindo muito bem sem elas. Mas nós damos porque seria insuportável ver o mundo com as lentes limpas.

A verdade, verdade mesmo, é todos os dias nós enxergamos muito bem que quem é e quem não é. Tá tudo ali, na nossa cara. É como está escrito em Provérbios: "A verdade grita pelas ruas."  Não há por quê chamar pau de pedra nem desinteresse de "problemas".

Nenhum de nós precisamos fazer testes para descobrir quem são nossos verdadeiros amigos. No fundo nós sabemos.  Mas se preferimos acalentar nossa velha alminha com trapos, tudo bem. Tudo é válido se for para tornar nossa vida mais leve.


7 de dez. de 2012

Confissões de uma compradora

Vivemos dias difíceis. Antigamente o homem trazia dinheiro para dentro de casa e a mulher administrava, cuidava da família, fazia as coisas acontecerem. Era a mulher quem se abalava para comprar presentes de Natal e aniversário. Hoje, com a mulher também investida na função de provedora, as coisas simples do  dia-a-dia que no final das contas compunham  nossa felicidade, foram ficando inexequíveis.

Hoje vou falar sobre o Natal. Sinto no ar um cheiro de "não aguento mais". Todo mundo reclama do cansaço que é peregrinar pelas lojas. Os shoppings estão cada dia mais cheios. Não sei de onde surge tanta gente para se meter em shopping. E tem mais: quando queremos a cor não tem o tamanho e quando tem o tamanho não tem o modelo, quando tem o modelo a loja não aceita o nosso cartão e quando aceita o sistema está fora do ar e quando sistema funciona a fila está enorme e quando tudo dá certo e saímos do shopping  "lembramos que esquecemos" do presente do fulano. Sinto claramente que as pessoas estão  cansadas disso mas não tem coragem de ser insurgir contra. Todos padecemos do pânico de sermos julgados.

Nós nos submetemos a TUDO só para não sermos "levados à mal."

Declaro formalmente que adoro dar presentes mas que estou pensando seriamente em desobrigar-me disso. E, claro, ao mesmo tempo liberar os meus queridos de me presentearem. Sim, adoro de dar e receber, só que a maratona de compras não está mais divertindo ninguém. As pessoas não tem mais tempo. A mãe que se dedicava unicamente às coisas da casa e da família, é um pássaro extinto.

Por quê será que a gente se submete tão servilmente aos ditames do comércio? O que teríamos a perder se fizéssemos a coisa do nosso jeito? Se todos fizéssemos "greve de presente"  o Natal se tornaria, talvez, mais leve e divertido.

Minha proposta é: só as crianças recebem presente no Natal. Passou de 13 anos, tá fora. E todo o dinheiro que "sobrar" dos presentes que não dermos usaremos para fazer um tremendo jantar no qual poderemos convidar  parentes distantes, pessoas de poucas posses, gente que nunca convidamos porque uma festa muito grande é também muito cara. Por que não usar o dinheiro para congregar pessoas ao nosso redor, fazer amigos, abraçar os distantes? Com o dinheiro que você usa para dar presentes a quem não precisa, que tal comprar uma passagem para trazer para perto de você aquele parente que você nunca mais viu?

Bem, é só uma ideia. Acho que temos o poder de mudar a vida para melhor.

6 de dez. de 2012

A palavrinha da moda


Prepare-se: todas as vezes que você criticar alguém, quem discordar vai lhe acusar de estar sendo REDUCIONISTA. REDUCIONISMO é a nova palavrinha da moda.

Acusar os outros de reducionismo é uma maneira de dizer o seguinte: "Você está simplificando a questão! Há muitos detalhes a serem analisador e você não pensou em todos eles antes de dizer o que está dizendo." Ou seja: tudo é complexo demais quando eles são contra e tudo é simples demais quando são a favor.


Esses dias fui  acusada de ser reducionista porque disse que é errado dar trambique nos outros. A pessoa com quem eu conversava era adepta de teorias que dizem que essa coisa de "é-meu-e-seu" é uma imposição do sistema de controle, certo e errado não podem ser vistos assim, que essa é uma visão muito tacanha do mundo, coisa de burguês teleguiado, filhote do capitalismo e bla bla bla. Ou seja: ele era o "profundo" e eu reles. Pra mim a questão é: ou você é honesto e verdadeiro ou não é.  Ele, para justificar sua fraqueza de caráter, resolveu embaralhar as idéias, complicar o que era simples e taxar de reducionista quem discordasse.

Claro que esse novo rótulo tem uma virtude: a de encerrar de vez qualquer diálogo. Quem te rotular de reducionista estará dizendo também que não está com tempo nem paciência para desfiar um assunto tão complexo e que se você quisesse conversar com ele a respeito já deveria vir com a apostila lida.

É, algumas conversas tem que morrer no nascedouro mesmo.

É cansativo constatar que da feita que algumas pessoas aprendem certas palavras resolvem usá-las como canivete suíço, para toda e qualquer situação emergencial.  Em uma conversa você pode comentar que determinada pessoa caiu porque bebeu demais. Se entre os que te ouvem existir um alcoólatra, ele pode não gostar da afirmativa. O que fazer?  Ele não quer admitir que quem bebe demais pode eventualmente cair no chão. Ele não gosta desse tipo de conclusão cristalina que o coloca tão indiscutivelmente dentro de uma categoria de pessoas. E ele odeia ser responsabilizado pelas próprias quedas. Então ele prefere evocar a ideia de que a culpa é da industria de bebida, do capitalismo, da elite, do governo, dos burgueses. A culpa é de todo mundo, menos de quem bebeu. E se você aponta o absurdo desse raciocínio ele diz que você não está analisando a questão de forma inteligente, então você é um "reducionista".

Já vi demais esse fenômeno do "raciocínio humano". Já encheu o saco essa moda de afirmar que seja o que for "a culpa é de todo mundo, menos do agente da ação". Dizer isso é ser profundo. Mas dizer que caiu porque bebeu é ser "reducionista".

Argumento de bêbado.

2 de dez. de 2012

Discriminar é preciso

Notei um traço interessante em minha personalidade: tenho dificuldade para a ceitar a mudança do significado das palavras.   Por exemplo: acho que o termo "discriminação"  costuma ser totalmente mal empregado. Discriminar é apenas ressaltar, evidenciar, mostrar a diferença. Só. O que há de errado nisso? Nada. Minhas professoras do passado sempre passavam exercícios dizendo"Discrimine as frase correta."  Ou "discrimine o sujeito da oração". Nunca achei que eu estava fazendo algo errado rsrsrs.

Se você pretende vacinar apenas as crianças de cinco anos, elas precisam primeiro ser discriminadas  porque estão misturadas a um monte de crianças de idades variadas. No sistema de cotas é a mesma coisa: para beneficiar os negros é preciso primeiro que os discriminemos. Quem são os negros? Ésse, esse e mais esse. Tudo bem. Isso é discriminar. Simples! Por quê demonizaram a palavra?

Qual o problema de discriminar os mais pobres? Nenhum. Se você quer distribuir cestas básicas, terá que discriminá-los, destacá-los dos demais, para que só então entregar a cesta aos mais pobres. Porque se você não discriminá-los aí qualquer um vai receber a cesta, até quem for rico.


Quem discrimina não rejeita necessariamente, apenas identifica quem é quem no meio de uma generalidade de pessoas. Discriminar não tem um sentido necessariamente negativo. Claro que pode ser usado com uma conotação má, como temos feito, mas isso não faz sentido porque o português é rico e temos uma palavra muito mais expressiva para definir o que seria o "sentido mau" de discriminar: é justamente REJEITAR.

Rejeitar já diz tudo. Discriminar pode ter o sentido de escolher e elejer. Rejeitar é rejeitar mesmo, é descartar, jogar fora. Admita: para ser usado em questões de preconceito, REJEITAR é um termo muito mais claro e expressivo do que DISCRIMINAR.

Uma pessoa não pode ser REJEITADA por causa de sua cor, de sua religião ou situação financeira ou só porque é feio. Mas discriminada pode sim - e deve - dependendo da situação.


Agora tenho almo mais a dizer sobre REJEIÇÃO. Porque ninguém pode ser rejeitado?

Você rejeita uma babá se descobrir que ela é alcoólatra. Você rejeita um estudante de artes plásticas para ser seu estagiário em seu escritório de advocacia. O Estado rejeita um monte de gente todos os anos em seus concursos públicos. O atleta que não alcança a marca mínima não pode participar das olimpíadas - é rejeitado.  Eu rejeitaria uma pessoa analfabeta para trabalhar como secretária em meu escritório. Uma pessoa completamente mal vestida não pode representar uma boa empresa. Etc, etc.

REJEIÇÃO e DISCRIMINAÇÃO fazem parte da vida. A questão é saber quais as exceções, ou seja: em quais ocasiões é inaceitável rejeitar uma pessoa.

Nesse mundo não somos iguais perante nada, muito menos perante a Lei. 

Quem é réu primário é visto de uma forma e o reincidente, de outra. Quem matou com intenção é visto de forma diferente de quem matou sem intenção. Um fracote que dê um soco em alguém é analisado de forma diferente de um boxeador que desfira um único soco em alguém.  Se todos fôssemos iguais não haveria necessidade de julgamento. Bastaria um computador para analisar nossas questões.

Para haver o mínimo de ordem em nossa sociedade, discriminar é preciso. Rejeitar também.  Aliás, por falta de discriminação é que os políticos bandidos estão misturados aos honestos. Se houvesse discriminação não seria muito melhor?

DISCRIMINAÇÃO JÁ!

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