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24 de mai. de 2014

Diario de Viagem

Prometi a mim mesma que faria um diário de viagem. Não fiz nem farei. Primeiro porque não tenho internet em todo lugar. Segundo porque nunca tenho tempo.

 Existem dois tipos de viagem de férias: a primeira é pra descansar, a segunda é pra conhecer. Nunca, mas nunca mesmo, se atreva a viajar com uma pessoa sem antes se certificar de que seus objetivos coincidem.

Na viagem de descanso a gente não faz nada. O uniforme é bermuda, chinelo e acessórios de artesanato. A preguiça é a deusa inspiradora. A gente só sai da cama pra comer e, quando muito, tomar um banho de mar. Volta para a barraca se arrastando como um calango baleado, come porcaria o dia todo, coça o pé, volta exausta para o hotel e dorme pra caramba pra se recuperar "disso tudo". Não sabe o que é sentir culpa. Dentro do coração ha aquela doce certeza de que "eu mereço porque eu trabalho". No fim você volta pra casa feliz, gorda, descansada e com um chapéu de palha.

O segundo tipo é a viagem frenética. A pessoas quer ver coisas, conhecer novos lugares, explorar o mundo e fazer valer o investimento. Contrata passeios para os quais tem que estar de pé as seis da manhã, anda pra caramba, tira centenas de fotos e volta ao trabalho feliz e realizada, mas mais cansada do que antes. Os dias voaram, os pés doem, e num belo dia voce resolve fazer as contas e descobre que gastou boa parte do seu dinheiro em quinquilharias inúteis e ridículas.

 Geralmente escolho o segundo tipo de viagem. Estou tentando desviar dos souvenirs.  Os pés estão detonados.

Adorei conhecer Montmartre.

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