Marcadores
.

9 de out. de 2019
A era da propaganda anti-homem. Tô fora.
7 de out. de 2019
Janela vermelha *

Uma janela vermelha é um bom começo de dia e é, por si só, um bom sinal. Ninguém tem uma janela vermelha a toa. Há de possuir também colcha de retalhos e pote de biscoitos caseiros. Ninguém as tem se não sai para passear de repente, de cabelos soltos, e come bolo no final da tarde olhando o sol poente enquanto as mães passeiam com seus bebês.
Quem tem janela vermelha tem incenso e fotos de muitas férias. Tem caixas com bugigangas, livros sublinhados, uma almofada bordada. Tem também chapéu para ir à feira e ingressos para o teatro.
Ninguém se sente só com uma janela vermelha pela qual olhar o mundo imenso e convidativo.
Hei de ter a minha, sorridente como ela só, com uma linda cadeira de madeira por perto. Hei de ter brincos indianos e vestido de cigana para sair só para comprar revistas quando der vontade. E quando, lá embaixo, eu estiver molhando as flores, hei de olhar pra cima e ver de relance na janela vermelha a minha imagem feliz e sozinha sorrindo de volta.
*
5 de out. de 2019
INTERVALOS
19/04/10
20 de set. de 2019
A morte
Admita: a morte é um tema fascinante. Ok, pode ser assustador também, mas continua fascinante. Detalhe: "fascinante" não é sinônimo de bonito. Nem de feito.
Pra vocês verem o nível: estou seguindo um canal no Youtube que traz diversas entrevistas com pessoas que viveram a instigante experiência da "quase morte". Que coisa!
Mas juro que não sou amante de caveiras, sangue escorrendo, punhais ou outros símbolos do Halloween. Estou mais para a riponga colorida do que para o gótico.
Às vezes penso na morte pela esperança cristã da glória eterna mas em outras apenas me abismo com o fato de que mais cedo ou mais tarde não farei mais parte do mundo dos vivos. Quando penso nisso me ataca um sentimento de urgência. Hoje posso mover o copo em cima da mesa, mas um dia não poderei mais. Então mova logo o copo! Mova tudo! Faça o que tem que ser feito porque o mundo ainda é seu mas amanhã todas as leis da física ignorarão você.
Um dia terei que me despedir. Aí perderei completamente a relevância que eu penso que tenho hoje. Hoje posso dar um sanduiche para aquele mendigo. Amanhã terei que me conformar em vê-lo morrer de fome e "passar pro meu lado".
Os objetos que me são tão caros serão pulverizados entre parentes e doações. Todos os meus rastros sumirão de forma inclemente. Outros usarão minhas joias, minhas roupas, lerão minhas anotações, olharão constrangidos a minha nudez gelada e se apressarão em cobrir-me com uma roupa qualquer. Um dia todo esse mundo que me abriga, lindo e confuso, me expelirá de si mesmo como um furúnculo. E o meu corpo, que tanto lavo e perfumo, se desfará horrivelmente. Como não pensar nisso?
Morre um amigo, morre um parente... Vai chegar a minha vez. Vai ser estranho. Estou tão acostumada com a vida e suas manhas! O mundo material me é tão familiar!
Há pessoas por demais apegadas à vida. Acho que é por isso que alguns tem que morrer aos poucos, sofrendo, refletindo, cansando... Para ir aceitando a ideia até que por fim chegue a pedir pra ir logo pelo amor de Deus. Outros não. Alguns partem no supetão, arrebatados por acontecimentos súbitos. Acho que esses são os que jamais entregariam os pontos, então vão ter que ir na marra, pra não ficar argumentando demais.
A morte é o mistério dos mistérios. Mesmo crendo profundamente nas palavras de Cristo, convenhamos: ele não nos deu todos os detalhes. Dói muito? Dá frio na barriga? Dá um susto ou um sono? Quanto tempo leva para a gente entender que finalmente lascou e não tem mais jeito? Dá pra dar uma olhada ao redor antes de pegar o bonde pro além? A pessoa vai sozinha, puxada por um ímã cósmico ou virão guias gentis para dar uma força? Vai todo mundo pelado ou vestiremos roupas imaginárias, como em Matrix?
Não, nada disso foi esclarecido. Isso me dá o direito de criar minhas próprias teorias a respeito. Podemos um dia conversar alegremente sobre o assunto.
Enquanto isso continuo firme, assistindo a morte passar aqui e acolá sem demonstrar ainda muito interesse pela minha pessoa. Eu fico na minha. Sou curiosa mas não quero amizade com essa senhora. Ela anda à volta, pega um, pega outro... Segue flutuante pelos bairros da cidade fingindo que não me viu. Vai sem pressa mas sem detença, cheia de véus. Vai, mas volta.
2 de set. de 2019
Mais frio!

Precisava que a tarde morna
Transmudasse em tarde fria
Pra então justificar
Essa irmã melancolia.
Como eu, está chovendo
Só falta o dia esfriar
Mais um pouco e você chega
Saberei o que falar?
Artrose nas velhas janelas
Estéreis riachos sem peixes
E prédios com mil sentinelas
Cuidando que não me deixes
Poucas cores nas sombrinhas
Pouco tempo pra almoçar
Meu vestido sem florinhas
E um rádio a cochichar
A tarde parece gripada
Encharcada e reticente
Chove grosso, chove fino
E chovem sentenças na gente
Deveria esfriar mais
E nevar a não poder
E sumirem os transeuntes
Até tudo esmaecer
Meu rosto agora sombrio
Riria então pra neblina
Irmanado com o frio
Um véu de camada fina.
Meu corpo seria de inverno
Petulante e transparente
Riacho gelado no ermo
Frio, nu e displicente.
Mas falta chover bem pesado
Com mais frio, até doer
Até que o mundo em meus braços
Eu sentisse esmaecer.
Cristina Faraon
28 de ago. de 2019
BONDADE CÍNICA
Falsa bondade.
Ou cara de pau.
Sei lá qual nome você prefere dar. É sobre isso que quero falar hoje.
O sonho desses "novos bondosos" é lindo: fronteiras abertas sem critério pra todo aquele que quiser entrar. E o dinheiro surgindo. Mas e se alguns forem comprovadamente inimigos da nossa cultura? "Não importa. Depois a gente pensa nisso".
Um otimismo invencível e insano entope essas cabeças a despeito da realidade, a despeito da experiência, a despeito dos noticiários, da lógica e da matemática. "Não, com a gente vai dar certo. Tudo se ajeita. Nóis é brasileiro!".
Percebo uma certa expectativa de canonização no sujeito que deseja acolher os de fora às custas do sofrimento dos de dentro.
É como colocar o filho pra dormir ao relento enquanto o hóspede fica na cama. Ou como tirar o pão dos filhos pra ser legal com o desconhecido.
Bondade só é bondade se for livre. Se for por amor é cristianismo. Se for às custas dos outros, é opressão. Deus me livre desse tipo de "bondade"!
Alguém aí está preocupado com a comprovada DEGENERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA dos brasileiros que vivem na fronteira com a Venezuela? Sabiam que eles vivem com medo pois a violência aumentou muito? Mas quem se importa? Isso é tão longe e onde eu moro, não é? Eu pago de "cristã caridosa " enquanto quem se lasca são eles, lá longe.
6 de jul. de 2019
Comida
É realmente muito, muito difícil não se importar com comida. Meu Deus, tudo gira em torno de comida . Teoria da conspiração?
Comida: ela está sempre presente, quer seja o centro intencional das atenções ou não. Mesmo que o assunto seja outro ela estará por perto, pelas beiras, e se ninguém servir nenhuma iguaria, pelo menos da bolsa há de saltar um pedaço de chocolate velho na hora de procurar um batom. E é assim o nascimento à morte. Dos aniversários às reuniões de negócios. Em velórios nem se fala! Sempre tem que ter um pratinho de qualquer coisa rondando só pra nos lembrar o quanto somos miseráveis, manipuláveis, olhudos, incontinentes.
Tudo gira em torno da comida. Ou estamos comendo demais ou estamos comendo de menos. Ou estamos comendo errado e precisamos nos reeducar. E o mais assustador: também pode ser que estejamos comendo certinho demais!
Comer certinho demais não pode. Isso nos transforma em quase ETs. É estranho e irritante demais para as pessoas normais com as quais convivemos. Comer certinho dificulta nossa convivência em sociedade e até mesmo nossos relacionamentos amorosos. Quem aguenta uma pessoa que se recusa a rachar uma pizza ou meter a cara num cheeseburger gotejante? Comer certinho pode ser o caminho certo pra solidão.
Você, linda e saudável... Ok, conseguiu o que quase ninguém no mundo consegue. Pronto, você virou uma pessoa estranha. Resultado: ninguém aguenta a chatice das suas restrições. A culpa pode não ser sua, mas da inveja, do despeito dos outros, mas o que importa? O fato é que comer certo demais tá errado.
Qual então a forma correta de comer? Quer dizer: a forma "correta", certinha, a gente já sabe , e é uma cilada. Quero saber a forma correta-correta mesmo, socialmente aceitável e ao mesmo tempo saudavel e prazerosa - mas não muito! Qual a dosagem ideal mas sem cair pra lá nem escorregar pra cá? Sem desgraçar minha saúde nem minha estética mas também sem destruir minha vida social?
Quem souber me diga. Aí aparecerei com uma próxima pergunta: como tirar a comida da minha vida mental?
Como afasta-la de mim sem morrer? Como comer sem sentir tanto prazer mas ao mesmo tempo passando longe da anorexia? Dá pra ser?
Tudo bem, uma coisa de cada vez. Vamos lá , estou esperando.
23 de mai. de 2019
Você fareja?
Você é do bem: você luta contra o preconceito e rejeita estereótipos. Aí chega uma pessoa que encarna 100% um estereótipo reconhecível. Tipo "esse cara sorri, gesticula, fala e se veste como um autentico 171".
Você diz para si mesmo "eu sou um lixo preconceituoso!" e torce para aquela pessoa te dar uma lição de vida, te surpreender e fazer o contrário do que a sociedade retrógrada e hipócrita espera. Você quer se envergonhar da sua própria experiência de vida. Mas...
Mas ai a pessoa se comporta exatamente dentro do padrão de comportamento previsto. Do jeito que voce farejou. Bem dentro daquilo que a sua maldita experiência de vida apontava como previsível.
Você quer evoluir mas a vida real não coopera, pô!
Já aconteceu com você?
Confesse.
21 de mai. de 2019
Belo
Uma linda música, uma joia, uma estampa bonita, jardim bem cuidado, a cor perfeita na parede. É um mistério a necessidade tão real que os humanos têm de estar em contato com o belo. A beleza é uma coisa que, aparentemente, não contribui em nada para minha sobrevivência. Minha parede bonita ou meus brincos de ouro não me tornam mais bonita então por que os prezo tanto? E a música? Nem é palpável. O que ganho com ela?
Posso passar o mês teorizando mas a simples constatação da realidade já basta. Precisamos do belo e não nos satisfazemos apenas com o físico. Somos seres espirituais, bem mais complexos do que os bichos, para os quais basta o prazeres físico. Para nós não basta ter uma cortina: ela precisa ser bonita ou pelo menos ter uma cor agradável. Em tudo buscamos a beleza.
"Se existe Deus, que Deus é esse que tem necessidade de adoração, contato e homenagens?!!!" rsrsrs. Não, ele não precisa. Nós é que precisamos. Ele se disponibiliza por amor.
O azul não precisa de mim mas eu preciso ver o turquesa brilhante num dia de verão. Preciso! Só porque é lindo e de alguma forma me alimenta por dentro, como uma sinfonia.
Nós temos necessidades indizíveis, até estranhas, mas reais. Fomos feitos assim.
Deus não precisa de adoração. É muito ridículo pensar que ele precisa - mas ele a quer. Por quê? Porque nos ama e SABE que isso nos faz bem. Ele sabe que é uma fonte de alimento e prazer e que a falta desse contato é a raiz de profundas angústias existenciais e buscas infrutíferas.
9 de mai. de 2019
Sonho recorrente *
De um modo geral acho meio bobo dar muita importância para o significado dos sonhos. Sonhos são apenas produções de uma mente desocupada. É como deitar no chão e jogar bolinhas de papel na parede: não há missão especial nem significado. Mas quando os sonhos são recorrentes fica difícil achar que não tenham algum significado psicológico ou espiritual.
Sonho frequentemente com casamento. E nos sonhos sempre há um quê de tristeza ou aflição. É sempre uma situação muito ruim. Eu deveria ter anotado todos os meus sonhos com esse tema mas não o fiz. Vou tentar agora resgatá-los na memória. Deu vontade de fazer isso porque essa noite sonhei de novo com coisas relacionadas a casamento.
Certa vez tive um sonho que hoje me parece o mais aflitivo de todos:
Sonhei que eu estava noiva e com o casamento marcado há muito tempo. Meu noivo ela bonito, rico e jovem, mas morava distante. Nós nos amávamos. Ele deixou comigo todo o dinheiro necessário para que eu providenciasse a melhor e mais rica festa do mundo; o melhor vestido, a melhor ornamentação, o melhor local. Absolutamente tudo! O prazo era enorme e suficiente para todos os preparativos. Foi então que a coisa complicou porque quem tem muito tempo acaba desperdiçando tempo. Como eu sabia que tinha tempo de sobra para tomar as providências, fui deixando tudo para depois e de tal forma fui irresponsável que passavam dias e dias em que eu praticamente esquecia do casamento. Eu dormia, saída pra passear, ia a festas... e passava períodos enormes sem fazer o menor planejamento. Então certo dia meu noivo entrou em contato comigo avisando que já estava vindo ao meu encontro para nos casarmos e isso seria já no próximo final de semana. Não deveria haver surpresa porque JÁ ESTAVA TUDO PREVIAMENTE COMBINADO. Ele ligou só pra confirmar e me tranquilizar. Ele chegaria exatamente em cima da hora da cerimônia, já pronto. Eu levei um baita susto. Eu sabia que ele estava voltando, sabia da data, mas estava tão distraída que não tomei nenhuma providência. Ele contava comigo. Ele confiou em mim porque sabia que eu tinha família e um monte de amigos que poderiam me ajudar nos preparativos. Só que relaxei e quando vi já era sexta feira e o casamento seria no sábado e eu não tinha feito absolutamente nada. Jamais conseguirei descrever a ANGÚSTIA que senti nesse sonho, a dor no coração. Era inenarrável o desespero. Horrível! Eu estava atônita como se tivesse acordando de um longo sono, de um estado inexplicável de letargia. Não conseguia entender como eu me esquecera de algo tão importante do qual dependeria todo o meu futuro e felicidade. Então era sexta feira e eu me pus trêmula a tentar telefonar para mil pessoas implorando por ajuda e tentando fazer tudo às pressas. Primeiro achei que o mais urgente era o vestido, mas as lojas todas já estavam fechando naquele final de tarde. Eu não encontrava nada adequado em lugar nenhum. Não dava tempo de ficar experimentando nem escolhendo vestidos.

Só consigo me lembrar da minha angústia inominável, que perdurou até mesmo depois que acordei.
Tive um outro sonho semelhante, mas dessa vez eu ia me casar mas me considerava muito bem preparada para o evento. Eu me julgava dessa vez super prevenida porque eu tinha no armário vários vestidos de festa. Dentro da minha cabeça os vestidos que eu tinha estavam ótimos e eu não precisaria me preocupar com mais nada: bastava tomar banho e me vestir quando chegasse a hora. Só que quanto chegou a hora reparei que todos os vestidos que eu tinha no armário estavam muito surrados, guardados há muito tempo. Eu tinha me sentido tão confiante que nem me dei ao trabalho de pelo menos experimentá-los. Escolhi um deles, muito bonito, mas usado, com cara de vestido que está há muito tempo no armário. Se pelo menos eu o tivesse levado à lavanderia ele ficaria com cara nova, mas não o fiz. Eu sabia que todos os convidados na festa iriam se lembrar do vestido, pois eu já o tinha usado (parece que eu já o tinha usado em meu próprio casamento anterior). Eu poderia tranquilamente repeti-lo em outros casamentos mas usá-los no meu próprio casamento ficaria muito feio e deselegante. Era prova de descaso. Demostraria que eu não estava dando importância nenhuma para a ocasião e que eu não me preparei como qualquer noiva apaixonada se prepararia. Eu sentia que aquela atitude sem graça e sem paixão poderia desapontar meu noivo e até tirar o brilho do evento. Era como se tudo amarelasse, ficasse velho e "requentado". Mas não havia mais tempo de ir atrás de um vestido novo...

Hoje, essa noite, sonhei de novo com o tema. Eu ia me mudar. Estava fazendo uma triagem dos meus pertences, arrumando tudo e vendo o que jogaria fora ou não. Foi quando encontrei a grinalda e o véu do meu primeiro casamento. Logo em seguida , perto da grinalda e véu, encontrei o buquê. Estavam perdidos um tempão debaixo de um monte de coisas antigas. Tanto a grinalda e véu quanto o buquê estavam tão maltratados, empoeirados, amassados e encardidos... Olhei e me deu tanta pena daqueles objetos! Mostrei para alguém e em seguida decidi que não ia jogar fora. Por mais que fosse inconveniente fazê-lo eu iria guardá-los. Eram meus!
4 de mai. de 2019
Às vezes tenho a incômoda sensação de que essa data funciona como uma espécie de prova: fui uma boa mãe ou uma má mãe? Dependendo da atitude dos filhos a gente fica sabendo. Ou não? É razoável pensar assim?
Não concordo com isso. Luto contra isso. Cada uma de nós tem sua própria consciência para saber se agiu bem ou agiu mau, se foi atenciosa ou displicente. Não deveríamos nos medir pelas atitudes dos outros até porque cada pessoa carrega em si suas próprias falhas. Se os filhos forem maus isso não prova que fui má.
Ou prova?
Bem, não gosto de me sentir avaliada. Obviamente ninguém está me avaliando além de eu mesma. Isso é que mata: sou chata pra caramba, e neurótica. Antes fossem os outros os avaliadores pois eu poderia contestá-los, discutir, botar o dedo na cara, mas contestar a mim mesma é um exercício mental cansativo.
Se eu me avalio nesta data, preciso urgentemente ser convencida a parar com isso. Chega. Quero curtir meu dia em paz. Mas quem pode me livrar de mim mesma?
Não tenho medo de avaliações, só me cansa esse filme rodando na cabeça. Vem cenas, pequenas injustiças de mãe, vem aquele dia que reclamei, vem o outro, que eu gritei. Vem a palmada a mais, o carinho a menos, a falta de paciência às vezes... Não se trata de medo porque já sei o que sou e o que fui. Mesmo assim me sinto numa "prova dos nove" e não gosto disso.
Quem me livrará de mim mesma? Ninguém. O jeito é encarar.