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27 de set. de 2008

Fumando em nome de Deus



Esses dias fui à igreja (não digo o nome nem sob tortura) e ao final do "evento" o grupo musical tocava umas músicas em volume tão alto mas tão alto, que minha vontade era ... era... era fazer e dizer coisas que Cristo não aconselharia. Aquela barulheira me inspirava a agir contra o Evangelho. Era horrível, estressante. Por que não nos inspirar a um momento final mais gostoso? Porque não cooperar com os agradáveis reencontros e conversas com os amigos? Porque inviabilizar isso tudo e tornar nossos últimos minutos na casa de Deus em algo desagradável? Por que nos expulsar daquele jeito?

Tentei inutilmente conversar com algumas pessoas mas foi em vão. Gritei, irritei minha garganta, maltratei meu ouvidos... Conclusão: não tenho vontade de pisar naquele lugar no próximo domingo.

Acho o seguinte: casa de show é casa de show, boate é boate, trio elétrico é trio elétrico, feira é feira e igreja é igreja. E tem mais: "barulhar" no ouvido dos outros não é menos errado do que fumar "no pulmão" dos outros. Ambas as coisas são desagradáveis e prejudiciais à saúde. Não pense que, por o barulho ser feito "em nome de Deus", ele se tornará menos nocivo.

E tenho dito.

Cristina Faraon

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