(Texto de Márcia
Gabrielle Dantas, jornalista)
Meia noite. Último metrô. Ela está concentrada em si mesma.
Headphone, música alta, lê um jornal qualquer. Ela é mais uma de tantas
mulheres com traços fortes, cabelo escuro, árabe talvez? Não dá para
saber.
Tantas misturas.
Todos do vagão estão voltados para si. Todos evitam trocar
olhares. Todos apenas observam sentido da linha cinza gravado na parede acima
da porta.
Todos parecem cansados...todos, mas calma.... Menos um! Um homem
alto, branco, de nariz afilado. Ele está diferente dos demais. Ele olha só
para a moça mais bonita do vagão, aquela de traços fortes. Olha com um sorriso
no canto da boca. Resolve sentar-se ao lado. Ela finge que não percebe. Ele vai
além: pergunta as horas. Ela responde sem titubear e continua a leitura. Tem um
ar esnobe ao falar. Ele parece encantando, não desiste. Respira fundo e
pergunta: "Whats your name?" Só aí então ela realmente volta os
olhos para ele e responde..."No..." Depois fica em silêncio,
três segundos que parecem uma eternidade.
"Meu deus, é você?" Ela abre um sorriso gigante junto com uma gargalhada e começa a pedir desculpas.
Ele sorri junto e parece mais relaxado. Eram amigos de infância! Mas senti um clima de romance no ar...Quem sabem não foram namorados? Ela fica tão surpresa com o encontro que esquece de descer... Os dois se dão conta algumas estações depois. Ele se oferece para levá-la até o destino. Ela aceita. Então, os dois saem do vagão juntinhos, cheios de nostalgia.
Me perdoem os headphones, os jornais, tablets, smartphones e toda tecnologia do mundo... A vida é mais interresante se olharmos ao redor.
"Meu deus, é você?" Ela abre um sorriso gigante junto com uma gargalhada e começa a pedir desculpas.
Ele sorri junto e parece mais relaxado. Eram amigos de infância! Mas senti um clima de romance no ar...Quem sabem não foram namorados? Ela fica tão surpresa com o encontro que esquece de descer... Os dois se dão conta algumas estações depois. Ele se oferece para levá-la até o destino. Ela aceita. Então, os dois saem do vagão juntinhos, cheios de nostalgia.
Me perdoem os headphones, os jornais, tablets, smartphones e toda tecnologia do mundo... A vida é mais interresante se olharmos ao redor.
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