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9 de dez. de 2013

Como se não houvesse amanhã

Não sei se é mesmo necessário amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Estou agora pensando na dor indescritível de amar as pessoas desse jeito, sem ver à frente outra chance de estar com elas, sorrir de novo, ouvir a voz, dar um presente.

Abraçar sempre pela ultima vez... e ter mil vezes o coração partido. Ficar em suspense a cada tchau, ver o mundo desmoronar quando a silhueta se pede na esquina.

Dizem que os bebês não entendem o que é "depois". Eles custam muito a compreender que quando a mãe sai de casa, vai voltar. Eles não sabem nada disso, só sabem do agora. Parte o coração ver os bebês "perderem" as mães tantas vezes. Mil lutos. Pobrezinhos.

Os bebês amam as mães como se não houvesse amanhã.

Como será lançar todos os dias, sobre o ser amado, aquele olhar pesado, cheio de saudades? Ter na garganta um adeus eterno...  Só quem sabe que não haverá amanhâ é quem fica. Quem parte, vai com aquela leveza tocante dos inocentes.

Nada é mais doce que a ilusão da eternidade. Eu não quero te amar como se não houvesse amanha. Meu coração não aguenta.




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