Vou-me embora para dentro de mim mesma. Lá espero encontrar, quem sabe, as pessoas que já se foram, que ainda são mas não aqui, só lá. Porque lá tudo é possível, até encontrar a mim mesma.
Vou-me embora porque tenho compromissos. Marquei com os meus eus de assistir um filme no único cinema da cidade. Todas as noites fazemos isso mas sempre esqueço quando acordo. Não importa. Importante é o que aconteceu, não o que eu lembro que aconteceu. E na floresta tudo o que eu preciso, acontece.
Nem sempre é agradável caminhar por minha cidade noturna. Às tenho medo, mas passa. Às vezes ouço sons esquisitos, mas eles não me ameaçam. Já me acostumei.
É seguro. Sempre volto sã e salva. Nada de ruim que acontece por la é irremediável. Coisas boas também acontecem mas essa é justamente a parte ruim. Porque assim como o mal não permanece, o bem também não fica comigo.
É seguro. Sempre volto sã e salva. Nada de ruim que acontece por la é irremediável. Coisas boas também acontecem mas essa é justamente a parte ruim. Porque assim como o mal não permanece, o bem também não fica comigo.
Viver é correr riscos. Dormir também. Vou-me embora pra aquele lugar onde o tempo não passa.
Que a noite nos cubra de carinhos e tenha paciência com nossos sobressaltos. E que um pássaro qualquer nos acorde em caso de maus sonhos. E que o dia se atrase caso tudo corra bem.
Que a noite nos cubra de carinhos e tenha paciência com nossos sobressaltos. E que um pássaro qualquer nos acorde em caso de maus sonhos. E que o dia se atrase caso tudo corra bem.
Vou-me. Preciso desse ritual. Quero cruzar o portal por algumas horas. Tudo parece tão trágico! Mas não é. Por alguns momentos serei tudo e retornarei mais conformada.
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