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11 de jan. de 2023

Várias coisinhas *


1) Esses dias alguém disse, acertadamente, que as crises são necessárias inclusive para a gente descobrir quem realmente somos. É verdade. Esses dias flagrei em mim uns sentimentos pouco nobres que eu pensava não ser mais capaz de sentir.  Ok Deus! Já pode desligar a crise. Já saquei.

2) Outro dia ouvi uma frase reconfortante sobre MEDO: a maioria dos nossos medos jamais se concretiza.   É muito  bom lembrar disso. E quais são os meus maiores medos?  Obvio que não vou te contar. São poucos mas são meus.

3) Recentemente percebi que eu finalmente venci a depressão das sextas feiras. Um dia alegre pra todo mundo era uma tortura para mim. Foi assim por anos. O motivo provável é que a maioria dos meus sonhos, fantasias e desejos seriam realizáveis de preferencia às sextas e eles simplesmente nunca aconteciam. A esperança se renovava como fênix todas as sextas, teimosamente. Mas o mundo ao meu redor parecia estático e pouco disposto a mudar um pouco para socorrer a minha pobre alma.   As sextas feiras eram um rosário de frustrações e ressentimentos. Mas passou.   O mundo continua estático. As coisas continuam não acontecendo mas isso não me fere mais. Desisti. 

Sim, desistência pode fazer muito bem. Jogue seus sonhos no lixo se eles estiverem te enchendo muito o saco.

Sonho bom é aquele que você não precisa de ninguém para que se realize. Se é algo que dependa apenas do seu esforço, vá em frente. Mas se forem sonhos que precisem de parceiros (tipo sonho romântico) mande às favas essa tranqueira.  

4) Mas tenho outros espinhos emocionais a extirpar:  um deles é a inexplicável  angústia das viagens. Claro que gosto de viajar. Acho que todo mundo gosta.   Mas toda vez que o faço sinto uma angustia, um aperto no coração. É como se eu estivesse me despedindo para sempre de algo.  Como se fosse uma partida eterna, talvez como se eu não fosse voltar nunca mais. Uma espécie de premonição que nunca se realiza mas sempre se anuncia, de forma persistente.  Sinto como se eu estivesse abandonando alguém. A dor é exatamente essa: dor de culpa.

É tudo muito, muito cinza.

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