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6 de set. de 2007

Salinópolis


Estou indo para Salinópolis!

Sabia que isso já foi chique? Talvez você ainda não tivesse nascido, mas é verdade.

No Pará, paraíso da água doce, encontramos a salgada Salinas. É uma praia realmente bonita mas...

É onde todos os caboclos do Pará finalmente tem a chance de mostrar o sonzão de seu carro. Quanto ao volume do som, o céu é o limite. Viva a liberdade e o mal gosto!

É onde você pode checar (querendo ou não) os novos sucessos musicais - todos ao mesmo tempo! - e desejar a morte (de quem os compôs).

Salinas... Na praia é fila pra entrar, fila pra sair, banheiros asquerosos. O banheiro é quem mija em você, acredite no que estou falando.

Ah, aquele filete de água doce!
Oh desejado, disputado
E adorado filete de água doce
Das barracas de Salinas
Salve salve!

Se você conseguir se molhar, considere-se um agraciado. Seu corpo pegajoso merece o sacrifício da fila.

Ainda não entendi por que é que no Pará se economiza tanto a água mas no Nordeste os banhistas podem tirar o sal do corpo sem sobressaltos. Estranho, né?

Mas ninguém me segura: estou mesmo indo para a bela Salinópolis - bela e plana. Você caminha 100 km mar adentro e não consegue molhar os ombros, a não ser que se jogue de peito na água. Ainda assim é capaz de voltar com as costas secas.

(Maldade esse exagero, mas hoje estou com a macaca.)

Ah, comer aquelas caríssimas pratiqueiras fritas em óleo noviiiinho! É tão divertido ficar procurando o que comer em meio àquelas espinhas esturricadas!

Observar, sob o sol causticante, que tenho muito mais celulites do que supunha e que esqueci em casa, sim, algum objeto imprescindível.

Bom mesmo é tirar aqueles cochilos rápidos... pelo tempo suficiente para descobrir, sobressaltada, que a maré está quase para levar seu carro para o fundo do mar. Os chinelos já foram!

Lembranças ao Titanic!

Nem penso na possibilidade de ser atropelada na praia por um lindo filhinho-de-papai que se exibe para uma linda patricinha vinte anos mais nova e vinte quilos mais magra do que eu. Por que isso aconteceria? Bem mais provável é ficar menstruada no meio da tarde, dirigir-me aflita à farmácia e só conseguir chegar 2 horas depois por causa do engarrafamento.

Chegar em casa pra tomar banho, ligar a torneira e perceber que toda a cidade teve a mesma idéia naquele exato momento.

Ah... Bater papo com os amigos tomando uma cervejinha...

Finalmente uma coisa boa!

Obs.: Eu sei que já falei sobre isso, mas não resisto. E preciso resistir? O blog é meu!

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