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23 de jan. de 2012

Quando vamos aprender?

Há uma urucubaca impestiando as nossas lutas sociais.

As lutas são boas em si porque qualquer tipo de opressão deve ser combatida. Qualquer tipo de exclusão social deve ser eliminada. O problema é: porque não dá pra se conformar com a igualdade? Por quê na primeira chance o oprimido tente a se tornar opressor e repetir tudo de novo?

Os argumentos dos militantes costumam ser bons, mas...   Mas há uma Lei de Murph, uma cabeça-de-burro enterrada nessa coisa toda que acaba estragando. Os oprimidos passam uns 15 minutos em posição de igualdade. Só. Depois vem a revanche, a vingancinha social, o "eu me orgulho de", a inversão de posições. E a antiga "classe dominante" passa a ser refém. E o mundo não melhora em nada e tudo continua uma porcaria.

No Brasil já está se delineando a seguinte situação: se você é homem, heterossexual, branco, jovem e ainda por cima não fez nem o favor nem de ser aleijado, então você não tem vez pra nada. 

Para ser visto como digno da proteção do Estado você precisa ter alguma dificuldade de locomoção ou deformidade. Ou ser gay. Ou negro. Ou pelo menos índio! Se for desempregado ótimo. Bandido também tem lá as suas benesses porque agora ele não é mais opressor:  foi alçado à categoria de Classe Oprimida.

Classe Oprimida, no Brasil, equivale à primeira classe nas aeronaves. Quem tem um certificado de Classe Oprimida está com tudo. Vá buscar sua carteirinha agora!

Antigamente, antes das leis trabalhistas, os empregados eram pouco diferentes dos escravos. Era uma vida desgraçada. Hoje, mesmo que um patrão lhe pague todos os direitos, ainda assim ele se verá vez por outra importunado pela "Justiça do Trabalho" na posição de réu pelo simples fato de ser patrão e ter mais dinheiro.

Antigamente, nos filmes, os homens eram sempre mais articulados, protetores e provedores.  O homem era o gênio, o equilibrado, o culto. A mulher era sempre como uma criança, não importava a idade. Hoje em dia a figura masculina é quase sempre ridicularizada em quase tudo que é filme e seriado. Veja Holmer Simpson. Veja Friends. Veja Desperate Housevivers. Veja tudo o mais. Sempre a mulher é a madura, a esperta, a mente aberta, a articulada, a culta e os homens não passam de meninões imbecis.

Não entendo porquê tem que ser assim. E me pergunto: queremos igualdade MESMO? Ou esse discurso é só estratégia de quem acha que agora é a sua vez de oprimir?

Quando vamos aprender a dar as mãos e sermos apenas GENTE? 

Um comentário:

Cristina Faraon disse...

Uma prova do que eu estou falando:

http://www.pavablog.com/2011/10/30/elas-batem-eles-apanham/

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