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5 de jul. de 2014

E se...?!


E se, no final das contas, os errados estivessem certos e os certos estivessem errados?
E se os indomáveis fossem a única categoria livre e os outros fossem os otários?
E se os "marginais" fossem os únicos capazes de fazer o que nós não conseguimos, que é assustar o poder?
E se não ter CPF for justamente o tapa na cara que "eles" merecem levar?
E se o certo for aquilo, e não isso?
E se a submissão for o erro e o veneno que nos está matando?
E se "sair do sistema" for um ato de coragem?
E se os certos, certos mesmo, forem aqueles que se recusam a dedicar a vida inteira para conseguir um carro ou apartamento? E se eles incomodam justamente porque não se dobram?
E se o sentido da vir for ir em sentido contrário?
E se os esquisitos forem a obra prima de Deus?
E se a gente parar de alimentar o sistema?
E se eu me recusar a dar lucro?

Há uma multidão lá fora, uma multidão de pessoas a margem da sociedade. Não sabemos exatamente seu número. Estão fora de controle.  Talvez seja esta  a resposta, a grande sacada. Cair fora, sair do controle, deixar de ser gado.

E se todos os bens que tanto insistem para que eu consuma, não valerem um décimo de um dia do meu trabalho? 
E se o esforço deles para que nos tornemos "cidadãos" não passar de uma sentença de morte disfarçada? 
E se "cidadão" for apenas o apelido de otário?  
Por que meu país não pode ser eu mesma?
Por que eu tenho que creditar nas necessidades que eles dizem que eu tenho?

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