.

.

22 de set. de 2014

Bom samaritano

DICAS:

Se uma dia você tiver notícia de que uma pessoa conhecida sofre com alguma doença grave, anote aí:

1- Não lhe pergunte quanto tempo de vida ainda lhe resta. Melhor dar logo um tiro.

2- Não pergunte se ela ficará deformada, na cadeira de rodas, vegetando, se um dia ainda vai poder voltar a trabalhar ou coisas assim. Ninguém merece.

3- Evite brindá-la com histórias de terror sobre pessoas que já morreram daquilo, que se alimentam por sonda, que definharam terrivelmente. Tenha sensibilidade pra não encher a cabeça da pessoa com historias de desgraça. Se você  não consegue ajudar com otimismo, mantenha distancia.

4- Tente já chegar informado. Antes da visita converse primeiro com parentes e amigos próximos a respeito dos detalhes da situação. Tente entender que a pessoa doente já repetiu a mesma história alguns zilhões de vezes e simplesmente não aguenta mais. Poupe-a da tortura.

5- Ao encontrá-la evite olhares de dó, de pena, como se a pessoa já estivesse no caixão ou fosse um bichinho raro. Isso chateia.

6- Apenas bata papo. Pergunte como ela está e se a pessoa responder resumidamente é porque não está a fim de contar novamente toda a ladainha. Deixe o doente direcionar a conversa. Não force confissões nem pormenores. Tente segurar a curiosidade.

7- Pergunte apenas se a pessoa está a fim de comer alguma coisa gostosa, alguma fruta, se topa assistir um dvd, se está precisando de alguma coisa. Ofereça um livro, converse sobre as novidades dos amigos mutuos. Aí já vai um monte de assunto.

8- Se você não tem intimidade com o doente ou com alguém muito próximo da família dele, não o visite. Simplesmente. Vocês nunca foram próximos, mal se falam, mal se conhecem, aí você aparece do nada. Fica parecendo mera curiosidade. Quer mostrar solidariedade? Mande um cesto de frutas, um cartão com mensagem, um recado carinhoso. É suficiente, acredite.

9- Seja BREVE. Não parece, mas receber visita é muito cansativo para quem está doente. Risos altos, perfumes fortes, conversa sem fim,  clima de oba-oba, isso estressa. E as vezes a pessoa precisa fazer suas necessidades mas tem vergonha de dizer. Já soube de casos de um doente que depois confessou que não aguentava mais, que precisava desesperadamente soltar gases mas não conseguiu ter nem um minuto de privacidade! Já pensou?

Nenhum comentário:

Páginas