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17 de jun. de 2015
Pelas montanhas
Fico muito, muito emotiva quando ouço a trilha sonora do filme The Sound of Music. Esse filme me traz tantas recordações, tem para mim uma carga emocional tão grande que nunca se esvaiu. Incrivelmente por décadas não se desgastou. Sempre o mesmo enternecimento, o mesmo calor de um abraço antigo e aquela emoção de ter o coração novamente despertado de um longo sono. Como se alguém me trouxesse pela mão, de onde eu estivesse, para as minhas origens, para o meu eu mais simples e verdadeiro. Sinto o mesmo deslumbramento com as canções, as mesmas lembranças - umas vívidas, outras não, mas tudo numa bruma só. E sinto vontade de chorar e choro quando não tem ninguém por perto. Em minha garganta fica aquele resto de lágrima, aquela lágrima de criança que santifica quem chora como uma espécie de água benta. Aflige, mas ainda assim sinto-me melhor. Sinto-me pequena, sinto-me Cristina, conectada a todos os que já amei um dia mas foram embora.
Talvez seja assim. talvez eu sinta assim para sempre, até o final da minha vida. E quem sabe quando eu estiver livre e chegar lá do outro lado, posso até ser saudada com Climb Ev'ry Mountain ou Something Good... ou The Sound of Music.
Um dia vou chegar no meu lugar, correr pelas colinas frescas, vou rir muito e pegar nas mãos das pessoas. Vou encontrar todo mundo de quem já me despedi e nunca mais vou precisar dizer adeus. Vou ser acolhida de novo do jeito que meu coração precisa e dar todos os abraços que não dei. Meus joelhos não vão doer, não vou mais sentir frio ou calor e o vento mais forte vai nos levantar um pouco do chão. Vai ser assim. A natureza se tornará carinhosa para sempre e nunca mais eu terei timidez em dizer "te amo". E vou rir muito e deixar pra lá todas as lembranças ruins.
Fico tão emotiva! Era para eu me sentir uma tola mas disso não me envergonho. Não quero me livrar dessa fragilidade. Quero chorar todas as vezes que meu coração precisar de desafogo. Quero conservar intacto esse pedaço da minha alma porque é a parte mais pura e original do meu eu. É o cordão umbilical que me liga aos meus ancestrais. É a minha essência não tocada pelo pecado. É o que vai afinal sobreviver.
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