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24 de nov. de 2015

Como se nada tivesse acontecido

Taí uma coisa que detona sua imagem perante a sociedade: agir como se nada tivesse acontecido. "Acontecido" o que? Nada. Tudo. Qualquer coisa.

Qualquer pessoa que não se deixe abalar por acontecimentos abaláveis e nesse estado de equilíbrio são flagradas pelos demais, ganham de imediato uma imensa interrogação colada nas costas.


Somos seres frágeis que sofrem, que tem medo, que tem ciúmes. Enquanto agirmos assim estaremos alinhados aos demais e contaremos com a simpatia e aceitação alheias. Mas uma postura diferente - ainda que aparentemente - causa desconfiança e até medo. De forma que é bem possível que o sujeito forte seja... apenas um sujeito forte. Ou apenas alguém discreto que não gosta de dar show de sofrimento. Pode ser alguém que só consegue desabar sozinho ou outro esquisitão do tipo. Tudo bem mas... mas ele também pode ser um psicopata!

Pode ser alguém sem alma. Pode ser um perigo!

As pessoas não gostam de quem sofre sozinho. Também não gostam de quem dá show de amargura (como a Joelma) mas alguma prova de humanidade é requerida. Também não importa que a Suzane tenha se debulhado em lágrimas no enterro dos seus pais.   Ainda assim alguma prova de humanidade é necessária. Sempre.

Jamais - eu disse jamais! - se comporte "como se nada tivesse acontecido". Pega mal pra caramba.  Para o seu próprio bem é que lhe dou esse conselho: sangre.

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