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8 de out. de 2017

Explorando a fé alheia


Preâmbulo:

Há muitas coisas nessa vida que podem ser exploradas. Praticamente tudo. Seu corpo pode ser explorado. Sua sensibilidade, seus dons, seu trabalho, seus sentimentos, sua fé, sua beleza, sua juventude, sua saúde pode ser explorada.   Há muitas coisas que podem ser exploradas. Há muita gente que se deixa explora. Precisamente por exploradores sempre haverão.

Claro que exploradores não merecem defesa mas não nos esqueçamos: cada pessoa tem que valorizar a si mesma. A maior interessada em mim, sou eu. Se eu descuido de mim, por que esperar que outro tenha mais consideração por mim do que eu mesma?

Sobre pregadores que "exploram a fé alheia": 


1)    Primeiramente a fé alheia sempre foi explorada através dos séculos e não foram os pregadores evangélicos que inventaram isso. Claro que isso não os inocenta mas um é fato.  Alguns deles só fazem, de forma mais desinibida, o que sempre se fez no mundo em TODAS AS RELIGIÕES.   Por exemplo: não vejo diferença entre vender "água do rio Jordão" e vender um santinho. Em ambos os casos tem alguém ganhando dinheiro com a fé de alguém. Uns ganham mais, outros menos... mas em essência não é a mesma coisa?

Fé é fé. Só que a fé dos outros é feia e a nossa é sempre linda. Somos parciais. Somos injusto na maioria das vezes.

2) Em segundo lugar: Tenho um pouco de dificuldade em concordar com essa teoria de que tais líderes religiosos exploram "a inocência das pessoas".    Não sei se estão mesmo explorando a "inocência". Acho que estão explorando mesmo é a cobiça, a PREGUIÇA de pensar. Na idade média as pessoas comuns não tinham acesso a livros A maioria nem mesmo sabia ler. Hoje ninguém tem mais desculpa para ser otário.   Quem rejeita o conhecimento come dos frutos do seu próprio desvario - é o que vemos na Bíblia, no livro de Provérbios.   

Semelhantemente o traficante não está explorando a inocência de ninguém. O viciado não é "vítima das drogas".  Ele é vítima da sua própria arrogância em desafiar leis. Ele é vítima do próprio espírito rebelde, que debocha das autoridades. Ele é vítima da vaidade tola que tem em "desafiar o poder". Aí se estrepa. O traficante só entra aí, cobrando ingresso quando o circo já está todinho armado. Entra nesse vácuo. Esse que é o caminho do lucro. Rebeldia gera riqueza - para uns. E ruína para outros.


Ou seja: o explorador geralmente explora o que as pessoas tem de PIOR, não de melhor. Vaidade, preguiça, indolência, rebeldia, raiva, vontade de aparecer, etc.  Nada disso me parece com essa coisa bonitinha chamada "inocência".


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