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18 de ago. de 2011

Desmoronar em paz


O sonho das cadeiras gêmeas é um dia poderem desmoronar em paz.

É saber que finalmente chegaram ao fim da linha e ninguém espera mais nada delas. É, são assim as cadeiras.

Vai-se a mesa, as crianças, os velhos, as visitas. Vai-se o café quente, o compadre, as moscas, mas estará tudo bem desde que tenham uma à outra. Cadeiras solitárias são muito tristes quando ficam velhas. Precisam das suas iguais para ainda fazerem sentido.

Os donos se foram. Tomara que tenham conseguido prosseguir juntos, recostados um no outro como se o mundo fosse desnecessário. Tomara que tenham conseguido tornar o mundo, enfim, desnecessário - como as cadeiras abandonadas. Para trás ficaram muitas histórias que vez por outra parecem tão tristes!

Em dado momento as pessoas se levantaram... e partiram. Veio o pó... e o descanso.  Fim da linha, fim do trabalho. Podem agora, finalmente, desmoronar em paz sem reformas, sem marteladas, sem vernizes ridículos.

Às vezes parece-me que os velhos ainda estão alí sentados, invisíveis, vendo o passado como quem vê um filme que não acaba nunca. Porque o passado é um filme que não acaba nunca.  Um filme que roda no espaço, exibe-se perante estrelas confusas, desinteressadas, distantes. Elas não se importam em nos ver novamente vívidos, correndo, chorando, rindo, ou sendo consolados no colo de nossa jovem mãe.  

17 de ago. de 2011

O Pastor - Madredeus

"Ao largo ainda arde
A barca da fantasia
O meu sonho acaba tarde
Deixa a alma de vigia."



15 de ago. de 2011

O problema é o frigobar

Gostei bastante  deste texto da Danuza Leão, com o qual me identifiquei. bem que eu iria escrever sobre isso mas ela o fez primeiro e melhor do que eu faria. Não se trata de uma obra de arte literária, mas é gostoso de ler. Ah: sou fã assumida da Danuza.


"Morar em um hotel é o meu sonho de consumo. Aquela sensação de transitoriedade, de que você não está amarrada a nada, de que está em trânsito pela vida, sem uma só responsabilidade. Tem coisa melhor? Fora o conforto. Se estou em casa e quero comer um queijo quente, nunca tem o queijo ou o pão acabou (e isso é apenas o começo). No hotel, é só pegar o telefone e em segundos chega um sanduíche perfeito, ainda com direito a uma folha de alface e uma rodela de tomate, coisa rara de encontrar, pelo menos na minha geladeira. E a lavanderia? Quando quero usar a camisa que mais adoro e descubro que ela está com uma mancha, é só chamar a arrumadeira e dizer, tranquilamente, que preciso da peça pronta até as 7 da noite. Esses milagres, só em hotel.

Os porteiros, na maior gentileza, me dizem “Bom dia, senhora”, “Boa noite, senhora”, “Pois não, senhora”, sempre com a maior boa vontade, e se precipitam para levar meus embrulhos, como se eu fosse um bibelô de porcelana, frágil, sem condições de carregar um pacotinho com um par de meias, oh, maravilha. E, se às 3 da manhã precisar de uma aspirina, um envelope ou um tubo de cola, nenhum problema: é só pedir e logo aparece alguém com tudo em cima e um grande sorriso de felicidade. Com uma boa gorjeta, então, nem se fala.

Nunca pensar na existência de um bombeiro, de um eletricista, de um carpinteiro ou pintor, nunca mais enfrentar uma lista de compras, que felicidade. Nunca mais ter que ir ao banco para pagar a conta do telefone, da luz, do gás; jamais, jamais ter que providenciar o conserto da televisão. Não é tudo o que um mortal pode almejar? A manutenção cuida de tudo, santa manutenção. E tem mais: quem não quer ter a roupa de cama e as toalhas do banheiro trocadas todo santo dia? E nada de precisar se preocupar com o sabonete, o xampu, o algodão, os lenços de papel e o cotonete. Usou, o hotel repõe. Se existe um paraíso sobre a terra, seu nome é hotel.

Há quem diga que um quarto de hotel é impessoal, mas isso pode ser resolvido. Basta levar umas fotos, uns objetos, um pequeno som, uns CDs e pronto: o quarto vira um lar. E abrir o frigobar e ver aquela perfeição – Coca-Cola, guaraná, água tônica, umas barrinhas de chocolate, pacotinhos de amendoim e castanhas, garrafinhas de uísque, vodca, campari, até de champanhe. Tem melhor?

O frigobar: é exatamente aí que a coisa pega. Uma hora bate uma irritação de saber que ele está lá todos os dias, exatamente igual, e ter certeza de que ele será eternamente o mesmo, que jamais se vai encontrar ali um pedaço de carne assada que sobrou do almoço e um pão de forma para fazer um bom lanche. Isso não é vida.

Um sanduíche bem caseiro, uma cerveja bebida na lata, um banheiro desarrumado porque alguém passou por lá; e saber que na manhã seguinte vai poder dar uma bronca na empregada. Essas podem ser as próprias imagens da felicidade."

7 de ago. de 2011

Eu era infeliz e não sabia


Algumas realidades deveriam manter-se longe dos nossos olhos, para o bem da nossa felicidade.


Na idade da inocência eu batia no peito dizendo que nós, brasileiros, somos um povo livre. Balela! Eu olhava outros povos supostamente oprimidos por governos totalitários e dizia: "coitados, não sabem o que é liberdade" ou "sou livre; eles, não. Tadinhos."    Isso tudo até o dia em que me vi na Europa. Foi uma beleza mas... também foi um choque.

Não sei explicar bem como me senti. Não sei se era sentimento de humilhação ou surpresa ou raiva por viver enganada por tanto tempo.

Em uma noite fria e desocupada de Paris resolvemos ir, à pé, à torre Eiffel. Fui tensa, agarrada à minha bolsa, mantendo-a sempre junto ao corpo. Que coisa mais patética! Custei muito a relaxar. No retorno, lá pela meia-noite, demorei a entender que ninguém iria pular em mim, me arrastar para o muro e roubar minhas coisas. Olhei para um lado e para outro procurando pessoas tensar pela aventura de sair a noite à pé. Tudo o que vi eram pessoas despreocupadas carregando seus bolsas displicentemente. E ninguém me observava.  Que povo estranho! Então ninguém tem medo? Como podem ser tão descuidados?Atrás de cada árvore pode pular um assaltante. Será que eles não assistem os noticiários?

Em todo lugar existem bandidos, mas uma situação esculhambada como a do Brasil é rara.

Londres, centro da cidade. Todo centro de cidade é o terror, principalmente à noite. Fomos a um pub quentinho. Adorei. Era noite e chuviscava quando retornamos a pé para o hotel. Entra aqui, dobra ali, e de repente poderia aparecer um mal encarado para nos esfaquear e levar nossas libras. Não apareceu. Estranho, né?  As pessoas caminhavam encolhidas pelo frio, não pelo medo. Gringo é esquisito mesmo. São meio indefesos, ingênuos, não vêem maldade em nada. Nós é que somos espertos, né?

Por fim, o golpe fatal contra o meu ego de brasileira deu-se em Frankfurt.  Fomos jantar no centro da cidade. O carro não poderia subir o calçadão. Tínhamos que sair do veículo e andar algumas quadras a pé até chegar ao restaurante.  Pense numa mulher com medo. O guia estava conosco. Não me refiro ao Espírito Santo (que também estava) mas ao guia turístico. O tempo todo ele acalmava nossos ânimos dizendo que poderíamos ficar tranquilos, que era normal as pessoas caminharem a noite pela cidade deserta sem serem severamente punidas pela bandidagem; "Podem ficar tranquilos! Eu afirmo a vocÊs que não tem problema. Sou acostumado a andar por aqui e estou vivinho da Silva."   Era mais fácil eu acreditar que o guia já havia morrido. Viver é arriscar-se. Talvez fosse chique ser esfaqueada em Frankfurt.  Passamos por vielas e por uma construção. Todos sabemos que construções no centro da cidade são tocas de bandidos. Eles aparecem do nada, depenam todo mundo e depois vão para outro planeta onde vivem felizes, gozando os bens do nosso trabalho.


Os bandidos europeus são muito legais de deixarem o povo andar livre pela cidade, né?

Amei a Europa, mas nada me impressionou mais do que a liberdade de andar pelas ruas. Como é bom!  Foi o que vi de mais encantador e empolgante. Minha maior saudade é essa. Pena que não dê pra tirar foto da liberdade...  se não eu a fotografaria e colocaria na parede da minha sala.

Queridos patrícios, vocês não sabem como é maravilhosa essa tal "Liberdade de Ir e Vir " que tanto falam.

Isso foi o melhor e o pior da minha viagem. Fiquei chocada ao perceber o quanto somos escravos, o quanto somos oprimidos, o quanto vivemos mal por aqui. Não invejo construções nem museus nem carros. Não invejo o Sena nem os castelos. Invejo sim, com tristeza e revolta, eles terem permissão para andar pelas ruas de seu próprio país sem sentirem o pavor que nós sentimos.

Viajar pode fazer mal. A gente vê, a gente compara.  A liberdade que eu comemorava, simplesmente não existia.

Moro a três quarteirões do meu local de trabalho. Adoro andar a pé mas vou trabalhar de carro por medo de ser agredida. Não sou neurótica. Meu medo é baseado na mais miserável realidade.

Sabem o que eu mais queria? Poder bater pernas  por aí sempre que eu quisesse. Um sonho banal para uns, mas tão complicado para outros.

6 de ago. de 2011

E se...

Quando foi mesmo o dia mais feliz da minha vida?
Consigo lembrar de várias ocasiões nas quais eu exclamei que aquele era o dia mais feliz da minha vida. Lembro de ocasiões tolas, que não mereciam o rótulo, e de outras ocasiões relevantes. Mas tudo passou. E agora?


Acabei de imaginar uma coisa muito incômoda:  e se o dia mais feliz da minha vida já aconteceu? E se, daqui por diante todas as minhas felicidades forem menores?


"Cristina, você já comeu a cereja da sua vida."  E se um ser encapuzado aparecesse para me dizer isso? Eu ia reclamar: pô, deveriam ter me avisado na hora! Pelo menos eu comeria mais devagar.


Será que vivo em função de encontrar de novo "o dia mais feliz da minha vida?" Se vivo, tudo terminaria quando eu descobrisse que ele já foi. É como a gente ir tirando dinheiro do cofre na suposição de que existe muito mais lá dentro. Um dia a gente descobre que não há mais moedas de outro. "Se eu soubesse não gastaria tudo tão rápido."


E se eu já esgotei minha cota?


Chega de perguntas.

5 de ago. de 2011

Transgressão



Levantei da cama cedo
Como se ouvise algum som
Olhei para o dia com medo
Mas fingi que ia ser bom

Tomei o café da manhã
Como se preferisse adoçante
Almocei uma maçã
Tentando ficar elegante


Comi alface sem graça
Rejeitei bacon crocante
Sorri de mentira na praça
Com o coração soluçante

Parecia um sonho maluco
Onde nada combinava
Tomei um copo de suco
Para ver se aliviava
E veio uma pressão no peito
Que nem o suco deu jeito.

Abracei quem me abriu os braços
Pois deles não pude fugir
Mas perdi os doces laços
De quem nunca mais pôde vir

Ajudei quem não amava
Fingi alegria na festa
No enterro eu só pensava
Em coisa nada funesta

Dei atenção mentirosa
A assunto sem sabor
E calei teimosamente
Às coisas que falam de dor

Senti uma pressão no peito
Por tanta contrariedade
Mas disse: "Isso não tem jeito!
Vivemos em sociedade!"

Odiei o calor do sol
E a chuva que me molhou
Mas lembrei que é pecado
Reclamar do que Deus criou

Desejei o que não sei explicar
Expliquei o que nunca entendi
Cansei de me pôr a pensar
Nas incoerências daqui,


Desse mundo desbotado
E suas histórias singelas
Com capítulos misturados
E ideais que a gente anela.


Parecia um sonho maluco
Onde nada combinava
Tomei um copo de pinga
Para ver se aliviava
Mas veio a pressão no peito
Que nem pinga aliviava.

Não sei mais a diferença
Entre ser sincera ou má
Viver pedindo licença
É uma coisa de amargar!

Mas senti pressão no peito
Quando olhei a tarde fria
E admiti pra mim mesma
Que nada disso eu queria.

Corri sem querer chegar
Levantei fora de hora
Fui salva pela transgressão
Daquela última hora:

De tanto pensar deitada
Nas coisas que faria de pé
Caí de noso, cansada,
Pensando em como a vida é

E sonhei sonho tão louco 
Tão cheio de transgressão
Com desaforos, com soco
Em quem merecia prisão!

Vivi amores malucos
Todos bem correspondidos
Havia romances e coitos
Que não eram interrompidos

Um sonho sincero e humano!
Lavei minha alma dormindo
Me apeguei àquele momento
De magia, e muito lindo


  Sonho louco e transgressor
Com liberdade total
De consertar esse mundo
E detonar todo o mal
E rejeitar programa chato
De caráter social


Quis dormir mais umas horas
Pra curtir aqueles fatos
E voltar a ser senhora
Em sociedade de ratos


Acordei aliviada
Pois sonhei tudo o que quis
Ai como eu estava cansada!
Mas bem que eu queria um bis

E tão sinceros eram os sonhos
Que nem posso te contar
No que daria esse mundo
Se eu os pudesse executar?

3 de ago. de 2011

Qual a importância do esporte em sua vida?


1- O esporte é importante para me mostrar como sou acomodada e sem força de vontade. É, portanto, uma lição de humildade.


2- O esporte é importante porque quando eu o pratico sou tomada pela ilusão de que sou jovem e cheia de vida.


3- O esporte é importante em minha vida porque é muito agradável comparar-me com os sedentários e imaginar que eles vão morrer primeiro (ainda que eles estejam mais seguros dentro de casa do que eu, correndo na rua).


4- O esporte é importante porque adoro fazer compras. Só que frequentemente sinto-me culpada pelo consumismo. Adquirir roupas de academia é um tremendo álibi emocional: gasto do mesmo jeito mas estou perdoada porque é por uma boa causa.


5- A importância do esporte é que quando pratico esporte só preciso pensar no esporte. Os problemas vão para debaixo do tapete (e não consigo imaginar lugar melhor para eles).


6- O esporte é importante em minha vida porque quando eu morrer ninguém vai dizer que a culpa foi minha. Eu fiz a minha parte!


7 - O esporte é importante porque dizem que é importante, então deve ser importante mesmo.


8- O esporte é importante porque me faz viver em contagem regressiva esperando chegar o grande dia em que acordarei gostosa e sarada. O dia não chega nunca mas o que seria da vida sem as ilusões?


Essa é a minha contribuição para a campanha Esporte é Vida. 

30 de jul. de 2011

Homenagem - por Fábio Rabin


"... Todos reclamavam
Mas todos queriam ver
Mais uma estrela vir à tona
E se desfazer

Sua morte foi precoce
E por mais que você cause
Lembraremos pra sempre de você,
Amy Winehouse."

Indizível

Acho que uma das piores indelicadezas que se pode cometer contra uma pessoa é rir da sua sensibilidade. É fazer piadinha da sua emoção.

O pior dessa atitude troglodita é que as pessoas pensam ser uma brincadeira sem consequências. Não é. Faz mal até para o coração.Vivemos cercados de pessoas que renegaram a si mesmas, que não se abrem, não se deixam levar. 

Lágrimas não foram feitas para serem engolidas. Se forem, viram veneno.   Chorar é deixar a alma gozar em paz aliviando-se de si mesma.

Uma coisa que nos diferencia dos irracionais é a capacidade de nos emocionarmos. É isso que mostra que somos gente, que estamos abertos para a vida e podemos ser tocados. Quando ficamos com os olhos "alagados" é sinal de que existe uma alma lá dentro, uma alma que ainda não foi mutilada.

É muito triste nos tornarmos pessoas que se envergonham do que têm de mais bonito. Sensibilidade é o que nos liga à tudo que realmente vale a pena. Mas algumas pessoas tem um temor horrível de serem flagradas nesse estado de graça. Há algo de maligno em confundir sensibilidade com fraqueza.  

Tenho medo de quem nunca se emociona. E tenho pena de quem tem vergonha de chorar.

Sou uma dessas que sempre teve vergonha de chorar. Eu me sentia uma fraca quando chorava e eu queria tanto ser forte! Então engolia lágrimas para ser "poderosa". Que bobagem!  Hoje entendo que só os que choram estão aptos a fazer alguma relevante no mundo.  

É fato que ainda não estou totalmente curada. Às vezes ainda fico embaraçada com minha emoção mas já deixo fluir.  Às vezes olho para os lados, mas já estou melhorando.

Por tudo isso lamento imensamente quem olha para os lados para flagrar os que tem o coração mole e que lagrimam por causa do luar, da orquestra, da poesia do jardim de infância ou do passarinho que morreu.  Lamento imensamente que eles não tenham sido também tocados, que estejam tão imunes à vida a ponto de acharem engraçado um rompante de emoção. 

Seria muito triste se um dia eu me visse na praia, olhasse tudo azulado pelo luar, ouvisse as ondas e sentisse o vento  nos meus cabelos mas não sentisse mais aquele aperto que dá no peito quando somos tocados pela beleza.  Sabe quando a gente se deslumbra, dá um nó na garganta e a gente só consegue dizer "Meu Deus... que coisa mais lindaaaa!"  Sabe?   Sabe quando a gente chora porque aquilo tudo é demais para o nosso coração? Pois é, não quero perder isso nunca porque aí está o centro da vida.

Você já se emocionou hoje?

29 de jul. de 2011

Aquele Pensamento - J. G. de Araújo Jorge



" Aquele Pensamento "

É um pensamento que irrompe, em dado instante
numa hora incerta,
como uma borboleta negra, esvoaçante
por uma janela aberta.

Uma tristeza cinzenta
se apodera do coração
e o encobre como uma nuvem ameaçadora
de tormenta
num céu de verão.

E por instantes ( que parecem sem fim)
o dia vira noite para mim...

...

(Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro
"Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"
Vol. IV - 1a edição 1965)

14 de fev. de 2011

Roupinha barata

Segundo a Sílvia   "o amor não vem fácil. Geralmente requer dedicação, trabalho, paciência...Tou sentindo falta dele."  É.


O amor faz falta e se faz de difícil. Quanto ao cultivo, não tenho muita certeza de que ele o requeira. Com cultivo você vive um amor feliz e ensolarado. Sem cultivo você curte um amor triste, nublado, que se arrasta pela vida tossindo mas nunca faz o favor de morrer.

Sim, ele faz falta e se faz de difícil e tanto faz falta e tanto se faz de difícil que a gente acaba flertando com a paixão.

A paixão é como roupa da C&A:  bonitinha mas ordinária. Depois da primeira lavada perde todo o charme e é aí que você vai descobrir por quê roupa cara é cara. Mas sabe como é, na hora parece griffe e acaba quebrando o maior galho. 

Toda paixão tem cara de amor. A gente só saca a diferença quando ela acaba.

Quanto ao amor... Por experiência de vida a gente desconfia dele sempre achando que pode ser C&A   paixão.  A gente só percebe a diferença quando ele NÃO acaba.

REALIDADES BRASILEIRAS