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30 de ago. de 2011
Aproveitar
Rapidinho;
Frente ao fim do mundo, existem principalmente três tipos de pessoas:
1) Há aqueles que, sabendo que tudo vai acabar, resolvem fazer a coisa certa. Geralmente têm a idéia de pedir perdão pra todo mundo e, de quebra, contar pro filho que ele é adotado.
2) Há aqueles que, sabendo que tudo vai acabar, a primeira idéia que lhes vem é transgredir. Finalmente transgredir!!! Sem colher os frutos amargos da transgressão. Por algum motivo esse tipo de gente pensa logo em todas as variações possíveis para o sexo, para as drogas e para curtir com a cara dos outros.
3) Há ainda aqueles que, sabendo que tudo vai acabar, não pensam exatamente em transgredir ou em ajeitar nada. Apenas querem "aproveitar". Assim, no genérico.
Para uns "aproveitar" significa consertar. Para outros, significa transgredir. Mas para essa terceira categoria "aproveitar" é apenas fazer coisas agradáveis sem muito drama. Isso envolve tanta reflexão que eu desconfio de que essa categoria de pessoas é justamente a que vai ficar paralisada com a "metralhadora da vida na mão" sem saber ao certo pra que lado atirar.
"Aproveitar" é uma coisa muito relativa, a ponto de ser inquietante. É tão relativa que tem um monte de gente que jura que está aproveitando mas, a gente olhando pra eles do lado de fora, acabamos achando que elas estão vivendo uma vidinha chinfrim de "um e noventa e nove."
"Aproveitar" é tão relativo mas tão relativo que tem gente que acredita de coração que dar a vida por uma causa ou pelo próximo não é perder nada; é aproveitar e dar significado à sua existência.
Pra vocês verem: "dar significado à própria existência" é considerado por alguns justamente como "desaproveitar a vida".
E você? Está "aproveitando"? Ande logo porque o mundo vai mesmo acabar. Só não sei quando.
27 de ago. de 2011
Alberto Caeiro
"...Quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."
26 de ago. de 2011
Sobre o filme Árvore da Vida
Esse filme é excelente... ou uma droga - tudo depende de como sua mente vai processá-lo. Depende do seu "eu espiritual".
Era para ser um filme edificante e direcionado a qualquer um. E é, mas a linguagem escolhida para transmitir a idéia é... digamos... enigmática demais.
Desconfio que raras pessoas vão gostar. Eu mesma só gostei porque já li o livro de Jó e quase pelo meio do filme consegui juntar uma coisa com outra. Nem todos os cérebros no cinema seguiram a mesma linha. Deve ter sido por isso que ouvi umas reclamações e uns risos de deboche no cinema. Quando saí para pagar o estacionamento ouvi um rapaz dizer às amigas: "E eu pensava que só eu fosse doido! Ha ha ha" . Por aí você tira.
O diretor quis passar uma mensagem poderosa. Para isso, palavras seriam insuficientes. Sendo assim ele lançou mão de imagens para nos fazer mergulharmos em nós mesmos e no nosso tal "eu espiritual". Pra mim valeu.
Se a idéia de Deus não é forte em você, se você não tem questões existenciais, se você não se faz perguntas inquietantes, então desista de ver o filme.
Tá, admito que estou me enrolando toda pra falar da história. É que é complicado!
Pra começar: o Brad Pitt já está enchendo o saco com essa mania de fazer papel de feio. Alguém tem que dizer a ele que personagem bonito também pode ser sério, pode ser profundo e pode render Oscar. Não gostei muito desse trabalho dele mas tudo bem. E todos os demais atores foram ótimos.
E a história? É sobre uma família "anos sessenta". Família tradicional, classe média e bem estruturada. O pai, chefão de família, é trabalhador, sério, responsável, carinhoso mas... rígido demais. A educação em sua casa é ao estilo minitar e isso desencadeia uma pré-crise de adolescência em um de seus filhos. Ele vai se tornando rebelde, amargo, questionador e triste. Em dado momento ele odeia o próprio pai.
Pronto, é isso. Agora e a mensagem? Bem, é uma coisa tão subjetiva que o que eu entendi pode não ter nada a ver com o que o diretor quis dizer. Posso fazer um discurso inflamado sobre o filme e no final o diretor se levantar e me perguntar: "Que filme é esse mesmo que você está falando? Não foi o que eu fiz não, né? Nada a ver!"
Pois é.
Eu acho/parece/tenho a impressão de que se trata da história de uma pessoa que trilha um longo e tortuoso caminho emocional até encontrar-se finalmente com Deus. Assim eu percebi. Se você entender o inverso não vou discutir.
Repito: só entendi o filme porque já li o livro de Jó (Bíblia) e a história começa justamente com um trecho que diz mais ou menos o seguinte (na minha linguagem pra lá de coloquial):
"Como é que é? Você quer mesmo que eu responda às suas perguntas? Vem cá, onde você estava mesmo quando eu criei os fundamentos da Terra?"
Essa primeira frase é a base de tudo. Outra frase fundamental eu li certa vez e fiquei matutando:
"Para encontrar Deus é necessário primeiro perdê-lo".
Cara, é isso!
Sussurros, imagens misturadas, simbolismos profundos, frases perdidas, nada parece ter um propósito. Contar uma história desse jeito é bem a propósito!
Fiquei impactada por aquelas imagens de explosões, quedas d'água poderosas, infinito, galáxias, peixes, células... até entender que tudo aquilo remetia à idéia de Deus. Eram imagens metafóricas para nos levar a pensar no indizível. O diretor não falou de Deus mas mostrou o que é a extrema beleza misturada ao medo absoluto; o que é a imensidão, o que é sentir-se um nada perdido no tudo, em meio a um turbilhão de acontecimentos e forças incontroláveis. Como conversar com o cosmos, com o oceano, com o sol? Diante de tudo isso só nos resta dizer que "não está mais aqui quem falou". Dá medo olhar e se imaginar no meio de tudo aquilo. Incompreensível, imenso, indomável. Assim foi passada a idéia de Deus - e é assim que eu imagino, por isso me identifiquei com tudo. E gostei.
O medo só não nos vence porque a beleza nos acalenta em cascatas de deslumbramento.
Tudo a ver com Jó descobrindo o Divino depois de tanta coisa esquisita em sua vida. Ele precisou primeiro sofrer, questionar, se revoltar, querer morrer, querer matar, gritar que nada fazia sentido, brandir o punho, sentir ódio, achar que tudo é mentira.,. para só depois dar de cara com o Amor Profundo.
Pra não me alongar demais - uma vez que o tema me empolga - completo dizendo como percebi as últimas cenas, aparentemente sem sentido: encontrar Deus é também reencontrar-se consigo mesmo e fazer as pazes com o bebê que você foi, com a criança, o adolescente, o adulto, e abraçar todo mundo. É se pacificar, consigo e com o universo. É também reencontrar o jovem pai, o velho pai, a mãe em todas as idades e com os irmãos também em todas as idades e poder abraçá-los em paz com tudo resolvido, sem pendências. É perceber que todos os "despropósitos" tinham um propósitoe tudo foi bom. É reencontrar todo mundo que fez parte da sua história, todos, em um momento mágico, e perceber que por fim tudo era apenas um enigma amoroso.
Quem encontra Deus se encontra também consigo mesmo e faz as pazes com o universo.
Lindo. E estranho. Assim é o filme e assim é a nossa vida.
Era para ser um filme edificante e direcionado a qualquer um. E é, mas a linguagem escolhida para transmitir a idéia é... digamos... enigmática demais.
Desconfio que raras pessoas vão gostar. Eu mesma só gostei porque já li o livro de Jó e quase pelo meio do filme consegui juntar uma coisa com outra. Nem todos os cérebros no cinema seguiram a mesma linha. Deve ter sido por isso que ouvi umas reclamações e uns risos de deboche no cinema. Quando saí para pagar o estacionamento ouvi um rapaz dizer às amigas: "E eu pensava que só eu fosse doido! Ha ha ha" . Por aí você tira.
O diretor quis passar uma mensagem poderosa. Para isso, palavras seriam insuficientes. Sendo assim ele lançou mão de imagens para nos fazer mergulharmos em nós mesmos e no nosso tal "eu espiritual". Pra mim valeu.
Se a idéia de Deus não é forte em você, se você não tem questões existenciais, se você não se faz perguntas inquietantes, então desista de ver o filme.
Tá, admito que estou me enrolando toda pra falar da história. É que é complicado!
Pra começar: o Brad Pitt já está enchendo o saco com essa mania de fazer papel de feio. Alguém tem que dizer a ele que personagem bonito também pode ser sério, pode ser profundo e pode render Oscar. Não gostei muito desse trabalho dele mas tudo bem. E todos os demais atores foram ótimos.
E a história? É sobre uma família "anos sessenta". Família tradicional, classe média e bem estruturada. O pai, chefão de família, é trabalhador, sério, responsável, carinhoso mas... rígido demais. A educação em sua casa é ao estilo minitar e isso desencadeia uma pré-crise de adolescência em um de seus filhos. Ele vai se tornando rebelde, amargo, questionador e triste. Em dado momento ele odeia o próprio pai.
Pronto, é isso. Agora e a mensagem? Bem, é uma coisa tão subjetiva que o que eu entendi pode não ter nada a ver com o que o diretor quis dizer. Posso fazer um discurso inflamado sobre o filme e no final o diretor se levantar e me perguntar: "Que filme é esse mesmo que você está falando? Não foi o que eu fiz não, né? Nada a ver!"
Pois é.
Eu acho/parece/tenho a impressão de que se trata da história de uma pessoa que trilha um longo e tortuoso caminho emocional até encontrar-se finalmente com Deus. Assim eu percebi. Se você entender o inverso não vou discutir.
Repito: só entendi o filme porque já li o livro de Jó (Bíblia) e a história começa justamente com um trecho que diz mais ou menos o seguinte (na minha linguagem pra lá de coloquial):
"Como é que é? Você quer mesmo que eu responda às suas perguntas? Vem cá, onde você estava mesmo quando eu criei os fundamentos da Terra?"
Essa primeira frase é a base de tudo. Outra frase fundamental eu li certa vez e fiquei matutando:
"Para encontrar Deus é necessário primeiro perdê-lo".
Cara, é isso!
Sussurros, imagens misturadas, simbolismos profundos, frases perdidas, nada parece ter um propósito. Contar uma história desse jeito é bem a propósito!
Fiquei impactada por aquelas imagens de explosões, quedas d'água poderosas, infinito, galáxias, peixes, células... até entender que tudo aquilo remetia à idéia de Deus. Eram imagens metafóricas para nos levar a pensar no indizível. O diretor não falou de Deus mas mostrou o que é a extrema beleza misturada ao medo absoluto; o que é a imensidão, o que é sentir-se um nada perdido no tudo, em meio a um turbilhão de acontecimentos e forças incontroláveis. Como conversar com o cosmos, com o oceano, com o sol? Diante de tudo isso só nos resta dizer que "não está mais aqui quem falou". Dá medo olhar e se imaginar no meio de tudo aquilo. Incompreensível, imenso, indomável. Assim foi passada a idéia de Deus - e é assim que eu imagino, por isso me identifiquei com tudo. E gostei.
O medo só não nos vence porque a beleza nos acalenta em cascatas de deslumbramento.
Tudo a ver com Jó descobrindo o Divino depois de tanta coisa esquisita em sua vida. Ele precisou primeiro sofrer, questionar, se revoltar, querer morrer, querer matar, gritar que nada fazia sentido, brandir o punho, sentir ódio, achar que tudo é mentira.,. para só depois dar de cara com o Amor Profundo.
Pra não me alongar demais - uma vez que o tema me empolga - completo dizendo como percebi as últimas cenas, aparentemente sem sentido: encontrar Deus é também reencontrar-se consigo mesmo e fazer as pazes com o bebê que você foi, com a criança, o adolescente, o adulto, e abraçar todo mundo. É se pacificar, consigo e com o universo. É também reencontrar o jovem pai, o velho pai, a mãe em todas as idades e com os irmãos também em todas as idades e poder abraçá-los em paz com tudo resolvido, sem pendências. É perceber que todos os "despropósitos" tinham um propósitoe tudo foi bom. É reencontrar todo mundo que fez parte da sua história, todos, em um momento mágico, e perceber que por fim tudo era apenas um enigma amoroso.
Quem encontra Deus se encontra também consigo mesmo e faz as pazes com o universo.
Lindo. E estranho. Assim é o filme e assim é a nossa vida.
25 de ago. de 2011
A vida já foi mais simples
Li no Blog da Sílvia, uma postagem que fala justamente sobre a perda dos prazeres simples da vida. Pois é... É incrível como, no passado, já nos empolgamos com coisinhas de nada! Coisas que hoje não nos tocam de forma alguma. Não acho que isso seja algum tipo de evolução. Empobrecemos, isso sim, ao perder tantas fontes de prazer.
1- Antigamente eu adorava o reinício das aulas. Eu curtia principalmente o cheiro do material escolar novo dentro da pasta e as meias novas bem branquinhas.
2- Eu adorava quando meu padrinho dizia que eu era uma tremenda cabrocha. Hoje em dia ninguém nem sabe o que é isso!
3- Eu adorava lamber a tigela com a massa crua do bolo que minha mãe fazia.
4- Eu adorava ouvir bilhões de vezes os mesmos discos de histórias. Hoje não temos discos de história, mas DVD's. A coisa piorou. Antigamente eu ouvia o narrador e exercitava incrivelmente a minha imaginação. Era muito mais legal. Hoje eles imaginam tudo no lugar das crianças... Não houve um empobrecimento? Houve.
5- Eu gostava de ouvir a conversa dos adultos e tentar entender o mundo deles. Tudo me parecia misterioso e interessante.
6- Eu adorava dormir no colo da minha mãe na igreja. Era maravilhoso deitar a cabeça na Bíblia que estava em seu colo. Até hoje lembro do cheiro do couro da capa da Bíblia da mamãe.
7- Eu adorava, quando faltava luz. Era muito divertido brincar com a sombra na parede. Ríamos tanto, eu e meus irmãos!
8- Eu adorava brincar de roda. Em todos os aniversários havia brincadeira de roda.
9- Eu adorava, nos aniversários, a hora da distribuição dos balões. Era um para cada criança e ficávamos muito felizes e empolgados em receber um. Passávamos a festa toda escolhendo qual iríamos pedir. "Aquele verde vai ser o meu!" "Ah, vou pedir o branquinho!" Nossa!
10- Eu gostava de colecionar ossinhos de rabada. Depois de comer uma deliciosa rabada nada melhor do que lavar os ossinhos para brincar. Brincar de quê? Ora, a gente dizia que os ossos eram os boizinhos. Era empolgante ter um "rebanho".
11- Eu adorava "fazer bolo". Receita: farinha, água, açúcar. Colocava em uma panelinha, deixava a farinha inchar. Quando virava no pratinho, tínhamos um bolo absolutamente comestível. Eu achava uma delícia! Quando conseguíamos ter acesso à lata de leite em pó era a glória! Aí o bolinho ficava mais gostoso ainda.
12- Eu adorava fazer o contorno das figuras de uma revista furando-as com um alfinete. Depois de tudo furadinho eu colocava a imagem contra a luz e ela se iluminava! Era como se estivesse cheia de estrelinhas!!!!
13- Eu adorava caminhar pela casa com um espelho sob os olhos, de forma que o que enxergava era o teto, não o chão. Eu me confundia toda e isso era muito engraçado. Claro que de vez em quando dava de cara na parede, mas isso é mero detalhe.
14- Eu passava horas muito felizes brincando de ser princesa.
14- Etc, etc.
É, a vida já foi bem mais simples...
1- Antigamente eu adorava o reinício das aulas. Eu curtia principalmente o cheiro do material escolar novo dentro da pasta e as meias novas bem branquinhas.
2- Eu adorava quando meu padrinho dizia que eu era uma tremenda cabrocha. Hoje em dia ninguém nem sabe o que é isso!
3- Eu adorava lamber a tigela com a massa crua do bolo que minha mãe fazia.
4- Eu adorava ouvir bilhões de vezes os mesmos discos de histórias. Hoje não temos discos de história, mas DVD's. A coisa piorou. Antigamente eu ouvia o narrador e exercitava incrivelmente a minha imaginação. Era muito mais legal. Hoje eles imaginam tudo no lugar das crianças... Não houve um empobrecimento? Houve.
5- Eu gostava de ouvir a conversa dos adultos e tentar entender o mundo deles. Tudo me parecia misterioso e interessante.
6- Eu adorava dormir no colo da minha mãe na igreja. Era maravilhoso deitar a cabeça na Bíblia que estava em seu colo. Até hoje lembro do cheiro do couro da capa da Bíblia da mamãe.
7- Eu adorava, quando faltava luz. Era muito divertido brincar com a sombra na parede. Ríamos tanto, eu e meus irmãos!
8- Eu adorava brincar de roda. Em todos os aniversários havia brincadeira de roda.
9- Eu adorava, nos aniversários, a hora da distribuição dos balões. Era um para cada criança e ficávamos muito felizes e empolgados em receber um. Passávamos a festa toda escolhendo qual iríamos pedir. "Aquele verde vai ser o meu!" "Ah, vou pedir o branquinho!" Nossa!
10- Eu gostava de colecionar ossinhos de rabada. Depois de comer uma deliciosa rabada nada melhor do que lavar os ossinhos para brincar. Brincar de quê? Ora, a gente dizia que os ossos eram os boizinhos. Era empolgante ter um "rebanho".
11- Eu adorava "fazer bolo". Receita: farinha, água, açúcar. Colocava em uma panelinha, deixava a farinha inchar. Quando virava no pratinho, tínhamos um bolo absolutamente comestível. Eu achava uma delícia! Quando conseguíamos ter acesso à lata de leite em pó era a glória! Aí o bolinho ficava mais gostoso ainda.
12- Eu adorava fazer o contorno das figuras de uma revista furando-as com um alfinete. Depois de tudo furadinho eu colocava a imagem contra a luz e ela se iluminava! Era como se estivesse cheia de estrelinhas!!!!
13- Eu adorava caminhar pela casa com um espelho sob os olhos, de forma que o que enxergava era o teto, não o chão. Eu me confundia toda e isso era muito engraçado. Claro que de vez em quando dava de cara na parede, mas isso é mero detalhe.
14- Eu passava horas muito felizes brincando de ser princesa.
14- Etc, etc.
É, a vida já foi bem mais simples...
22 de ago. de 2011
Os presos de Palau, da República da Micronésia.
"... As storyboards são vendidas até por 1,500 dólares cada uma. O dinheiro vai para um fundo de restituição. É isto mesmo, cada preso tem que trabalhar para restituir o que roubou da sociedade. Não se paga a dívida social apenas sofrendo. Se paga pagando de verdade o estimado prejuízo que se causou. Se não paga não sai.
Minha amiga e anfitriã trabalhou na cadeia com restauração de destinos por muitos anos. Ela diz que 90% se recuperam e não reincidem. A comida é boa e as acomodações decentes. Me pergunto quais são os abismos que separam as nossas culturas..."
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/08/remoto-e-insignificante.html#ixzz1VlSs5Qsn
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Gostei da pergunda
Li no Twitter: Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?
21 de ago. de 2011
Não transe mais
Não transe mais.
Se você ouve essa norma e interiormente percebe que pode cumpri-la, então você tem tudo pra ser magro. Sorria! Porque fazer dieta é a mesma coisa. É aquela vontade de cair de boca no sonho mas se contentar com duas torradas secas.
Abrir mão do prazer de comer não é mais fácil do que fazer um voto de castidade. Aliás, é pior. Até porque somos mais pressionados para comer do que para transar. Sério, pode reparar! E olha que a indústria do sexo não está aí pra brincadeira!
Abrir mão da feijoada, do churrasco, da maniçoba, das batatinhas com chope, do biscoito recheado, do sorvete com bolo, da torta alemã... equivale a dizer: "- Não transe mais e você alcançará a glória eterna" - que, no caso, é ser magro.
Tenho pra mim que uma pessoa fiel à uma dieta e que convive com a privação é alguém a um passo da santidade. Porque quem segura a boca, segura todos os outros impulsos naturais, segura qualquer onda! Só não é santo se não quiser porque tem todas as ferramentas. Quem passa fome pra ficar bonito tem condições de abrir mão dos confortos da vida, das riquezas, do sexo, da desonestidade, de falar mal dos outros, tem condições de perdoar infinitamente, de amar incondicionalmente, de trabalhar incessantemente.
Se você tem tendência a engordar mas consegue segurar a fera que existe no seu estômago, saiba: você tem potencial pra figurar, no futuro, em qualquer altar da Igreja Católica. E com distinção, na comissão de frente!
Alface, melão, maçã, abacaxi, requeijão zero... Tudo isso é muito bom. Um dia, dois dias... mas a longo prazo vai dando uma espécie de "atraso interior" e a gente começa a sentir que está gestando um monstro devorador. É igualzinho a sexo. Uma pessoa que você não deseja e que "não resolve" pode ser um bom parceiro por uns tempos. Você aguenta firme. Masss... com o passar dos dias, das semanas, também vai surgindo aquele assustador "atraso interior" que é uma bomba relógio!
Tudo é uma questão de treino. Minha tese é: quer fazer voto de castidade? Comece não comendo. Quer emagrecer? Comece não fazendo sexo.
Você consegue.
18 de ago. de 2011
Desmoronar em paz

O sonho das cadeiras gêmeas é um dia poderem desmoronar em paz.
É saber que finalmente chegaram ao fim da linha e ninguém espera mais nada delas. É, são assim as cadeiras.
Vai-se a mesa, as crianças, os velhos, as visitas. Vai-se o café quente, o compadre, as moscas, mas estará tudo bem desde que tenham uma à outra. Cadeiras solitárias são muito tristes quando ficam velhas. Precisam das suas iguais para ainda fazerem sentido.
É saber que finalmente chegaram ao fim da linha e ninguém espera mais nada delas. É, são assim as cadeiras.
Vai-se a mesa, as crianças, os velhos, as visitas. Vai-se o café quente, o compadre, as moscas, mas estará tudo bem desde que tenham uma à outra. Cadeiras solitárias são muito tristes quando ficam velhas. Precisam das suas iguais para ainda fazerem sentido.
Os donos se foram. Tomara que tenham conseguido prosseguir juntos, recostados um no outro como se o mundo fosse desnecessário. Tomara que tenham conseguido tornar o mundo, enfim, desnecessário - como as cadeiras abandonadas. Para trás ficaram muitas histórias que vez por outra parecem tão tristes!
Em dado momento as pessoas se levantaram... e partiram. Veio o pó... e o descanso. Fim da linha, fim do trabalho. Podem agora, finalmente, desmoronar em paz sem reformas, sem marteladas, sem vernizes ridículos.
Em dado momento as pessoas se levantaram... e partiram. Veio o pó... e o descanso. Fim da linha, fim do trabalho. Podem agora, finalmente, desmoronar em paz sem reformas, sem marteladas, sem vernizes ridículos.
Às vezes parece-me que os velhos ainda estão alí sentados, invisíveis, vendo o passado como quem vê um filme que não acaba nunca. Porque o passado é um filme que não acaba nunca. Um filme que roda no espaço, exibe-se perante estrelas confusas, desinteressadas, distantes. Elas não se importam em nos ver novamente vívidos, correndo, chorando, rindo, ou sendo consolados no colo de nossa jovem mãe.
17 de ago. de 2011
O Pastor - Madredeus
"Ao largo ainda arde
A barca da fantasia
O meu sonho acaba tarde
Deixa a alma de vigia."
A barca da fantasia
O meu sonho acaba tarde
Deixa a alma de vigia."
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